DINARCO (360 - 290 aC.)
Dinarco (gr: Δείναρχος; ou Dinarcus Corinto, c.
361 - 291 aC)
foi um logógrafo (redator de discursos) na Grécia Antiga. Ele foi o último dos 10 Oradores Áticos incluídos no "Cânon
Alexandrino" compilado por Aristófanes de Bizâncio e Aristarco de
Samotrácia no séc. III aC.
Filho de Sostratus (ou, de acordo com a Suda, Sócrates), Dinarco se estabeleceu em
Atenas cedo, e aos 25 anos já era ativo como um logógrafo - um escritor de
discursos para os tribunais. Como meteco, ele não pôde participar dos debates. Ele
tinha sido aluno tanto de Teofrasto e de Demétrio Falero, e cedo adquirira certa fluência e
versatilidade de estilo. [1]
Em 324, no Areópago, após investigar, relatou que nove homens haviam recebido
propinas de Harpalus, o
tesoureiro fugaz de Alexandre. Dez promotores públicos foram nomeados. Dinarco
escreveu, para um ou mais desses promotores, os três discursos que ainda existem:
Contra
Demóstenes, Contra Aristogeão e Contra Filocles. [1]
As simpatias de Dinarco foram a favor de uma oligarquia ateniense sob o
controle macedônio; mas deve ser lembrado que ele não era um cidadão ateniense.
Ésquines
e Demades não tinham essa desculpa. No caso
Harpalus, Demóstenes, assim como os outros acusados, provavelmente eram
inocentes. No entanto, Hypereides, o
mais ardente dos patriotas, estava do mesmo lado que Dinarco. [1]
Sob a regência de seu antigo mestre, Demétrio
Falero, Dinarco exerceu muita influência política. Os anos 317-307 foram
os mais prósperos de sua vida. Na queda de Demetrius Phalereus e na restauração
da democracia por Demetrius Poliorcetes, Dinarco foi condenado à morte e
retirou-se para o exílio em Cálcis na Eubeia.[1]
Aproximadamente 292, graças a seu amigo Teofrasto,
ele pôde retornar a Ática, e tomou sua residência no país com um ex-sócio,
Proxenus. Depois, ele interpôs uma ação contra Proxenus alegando que ele havia
lhe roubado dinheiro e prata. Dinarco morreu em Atenas, cerca de 291. [1]
Discursos sobreviventes
Segundo Sudas, Dinarco escreveu 160 discursos; e Dionísio sustentou que, de
85 discursos existentes com o seu nome, 58 eram genuínos: 28 relativos a causas
públicas, 30 a
causas privadas. Os discursos sobreviventes mencionados acima são:
Notas
Uma ou
mais das frases anteriores incorpora texto de uma publicação agora em domínio
público: Chisholm, Hugh, ed. (1911). "Dinarchus". Enciclopédia
Britânica. 8 (11a ed.). Cambridge University Press. pp. 274-275.
Referências
·
Minor Attic
Orators, II, Lycurgus. Dinarchus. Demades. Hyperides, trans. J. O. Burtt, Harvard University Press, Loeb Classical Library, 1954.
·
Dinarchus,
Hyperides, & Lycurgus,
trans. Ian Worthington, Craig Cooper, and Edward M. Harris, University of Texas
Press, 2001.
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