Músico lendário, poeta
e profeta na religião e no mito da antiga Grécia. As principais histórias sobre
ele estão centradas em sua capacidade de atrair todos os seres vivos e até
pedras com sua música, na sua tentativa de recuperar sua esposa Eurídice do Submundo e sua morte nas mãos de quem não conseguiu
ouvir sua música divina. Como um arquétipo do cantor inspirado, Orfeu é uma das
figuras mais significativas na recepção da mitologia clássica na cultura
ocidental, retratada ou aludida em inúmeras formas de arte e cultura popular,
incluindo poesia, ópera e pintura. [1]
· Eurídice (mit.) - Uma ninfa do carvalho ou também uma filha
de Apolo (deus da música, da profecia e da luz, que dirige a carruagem do sol,
"domando" o poder como deus primordial do sol Hélios). Foi esposa de
Orfeu e quem ele tentou trazer da morte após ser picada por uma serpente quando
fugia de um Sátiro no dia do seu casamento. Também conhecida como Argiope.
· Submundo (mit.) - mundo mitológico grego após a morte.
Hades (rei do mundo inferior e casado com Perséfone) cujo reino com mesmo nome
possui 5 rios: o Aqueronte (o rio da dor e do barqueiro Caronte), Cócito
(lamento), Flegetonte (fogo), Lete (esquecimento) e Estige ou Styx
(invulnerabilidade), que faziam a fronteira entre os mundos superiores e
inferiores. Também dividido em Tártaro (para injustos e impiedosos), Campos
Elísios (brisa suave e alegria constante para bons), Campo de Asfódelos
(monótona e com árvores sombrias para pessoas sem glórias ou méritos em vida mas
não cometeram crimes). Quando chegasse a Hades o morto deveria oferecer um
óbolo para o barqueiro Caronte.
Orfeu nasceu como um
filho do Muse Kalliope e o rei tracio Oeagrus em uma caverna entre Pimpleia e
Leivithra. [2]
Para os gregos, Orfeu
foi um fundador e profeta dos chamados mistérios
"órficos". Atribui-se a ele a composição dos Hinos Órficos, cuja coleção sobreviveu. Os santuários
contendo supostas relíquias de Orfeu eram considerados oráculos.
Algumas fontes gregas antigas as origens de Orfeu da Trácia.
· Mistérios Órficos, Orfismo – crenças e práticas
religiosas atribuídas à Orfeu encontradas na literatura dos gregos, helênicos e
dos trácios (assim como cultos e mistérios de Eleusis, Dionísio e Pitagorismo).
Evidências podem ser encontradas nas
obras de Heródoto, Eurípides e Platão.
· Papiro de Deverni
- datado do séc. 5 a.C., é um papiro encontrado em Deverni (Macedônia) em
1962, um tratado filosófico em um
poema órfico e se refere à uma
gênese, o conhecimento de Deus, o misticismo e à cerimônias religiosas. É considerado o manuscrito mais antigo da Europa.
· Hinos Órficos - Uma coleção de 87 poemas religiosos
curtos, compostos no início da era romana (séc. I ou II) ou na era helenística
tardia (séc. II ou III). Eles são baseados nas crenças do Orfismo, um culto
misterioso ou uma filosofia religiosa dos ensinamentos do mítico Orfeu. Traduzido
por Thomas Taylor em 1792. Referem-se à uma Teogonia e homenagem de Museu e dos
deuses de Prothyræa até Morte, com certas fumigações para
cada poema.
· Trácia -
região histórica do sudeste da Europa. Antiga região Macedônia, era
habitada pela raça pelásgica. Atualmente é dividida entre a Grécia, Turquia e a
Bulgária.
Contexto
Orfeu
(esquerda, com a lira) entre os Trácios, de Attic red-figure bell-krater (c. 440 aC)
A primeira referência literária para Orfeu é um fragmento de duas
palavras do séc. VI a.C. do poeta lírico Ibico:
onomaklyton Orphen ( "Orfeu famoso-de-nome"). Ele não é mencionado em
Homero ou Hesíodo. [6] A maioria das fontes antigas
aceita sua existência como histórica; Aristóteles
é uma exceção. [7]
[8]
Píndaro chama Orfeu "o pai
das canções" e o identifica como um
filho do rei trácio Éagro e da musa Calíope. [11].
· Ibico (630 - 520 a.C.) – poeta lírico de Regium (Magna
Grécia) e um dos 9 poetas líricos. Inicialmente compôs poemas de temática
mitológica, mas é mais conhecido pelos de tema levemente eróticos. Segundo a
lenda, foi morto por assaltantes perto da cidade de Corinto, mas umas garças,
tendo visto o crime, vingaram-no matando seus assassinos a bicadas.
· Píndaro (522 - 443 a.C.) – poeta lírico de Tebas e um dos 9
poetas líricos. autor de "Epinícios" ou "Odes Triunfais", e
autor também da célebre frase "Homem, torna-te no que és".
Chegaram-nos um total de 45 epinícios, divididos em quatro livros, conforme o
nome dos jogos que celebravam: Olímpicas, Píticas, Neméias e Ístmicas.
· Musa (mit.) - entidades com a capacidade de inspirar a
criação artística ou científica. Eram as 9 filhas de Mnemósine
("Memória") e Zeus. O templo das musas era o Museion, origem à
palavra museu nas diversas línguas como local de cultivo e preservação das
artes e ciências. Calíope ("a de bela voz"), Clio ("a que
celebra"), Erato ("amorosa"), Euterpe ("deleite"),
Melpômene ("cantar"), Polímnia ("muitos hinos"), Tália
("florescer"), Terpsícore ("deleite da dança"), Urânia
("celestial").
· Calíope (mit.) - Foi a musa da poesia épica, da ciência em geral e da eloquência e a mais velha
e sábia das musas, e é considerada por vezes a rainha destas. É representada
por uma figura de donzela de ar majestoso, coroada de louros e ornada de
grinaldas, sentada em atitude de meditação, com a cabeça apoiada numa das mãos
e um livro na outra, tendo, junto de si, mais três livros: a Ilíada, a Odisséia e a Eneida. Em outras representações, traz como
atributo um rolo de pergaminho e uma pena. Com Apolo foi mãe de Lino
e de Orfeu, como também das sereias e dos coribantes.
Os gregos da era
clássica veneraram Orfeu como o maior de todos os poetas e músicos. Dizia-se
que, enquanto Hermes havia inventado a lira, Orfeu a aperfeiçoou. Poetas como Simonides de Ceos disseram que a música e o canto de
Orfeus podiam encantar os pássaros, os peixes e os animais selvagens, persuadir
as árvores e as rochas da dança e desviar o percurso dos
rios. Orfeu foi um dos poucos heróis gregos [13] a visitar o Submundo e
retornar e sua música ainda tinham poder sobre Hades.
· Hermes (mit.) - deus olímpico (filho de Zeus e Pleiade
Maia). Mensageiro dos deuses, deus do comércio, ladrões, viajantes, esportes,
atletas, fronteira, guia para o submundo. É o Mercúrio romano.
· Simonides de Ceos (556 – 468 a.C.) - poeta lírico grego
de Ceos (a mais distante das ilhas Cíclades) e um dos 9 poetas líricos, junto
com Baquilides (seu sobrinho) e Píndaro (seu rival). É o primeiro a fazer da poesia um ofício e receber benefícios por ela.
Ao mesmo tempo situa a função poética a partir de um novo ângulo: o esforço de
reflexão sobre a natureza da Poesia. Atribui-se a ele definição: “A pintura é
uma Poesia silenciosa e a Poesia é uma pintura que fala”. Marca o momento em
que o homem grego descobre a imagem. Ele seria o primeiro testemunho da teoria
da imagem, ou Mimesis (surge com Platão sobre a natureza da arte
e depois em Aristóteles “Poética” significa 1.imitação e 2. emulação). A
tradição também lhe atribui a invensão da Mnemotécnica.
Algumas fontes atribuem
a Orfeu mais presentes para a humanidade: a medicina, que normalmente se
encontra sob a égide de Esculápio ou Apolo; a Escrita [14que geralmente é atribuída a Cadmus e a Agricultura, onde Orfeu assume o papel
eleusiano de Triptólemo como doador do
conhecimento de Deméter para a humanidade. Orfeu
era um augur e vidente; teria praticado artes mágicas e astrologia, fundou
cultos para Apolo e Dionísio [15] e prescreveu os ritos
misteriosos preservados em textos órficos. Píndaro
e Apolônio de Rodes [16] colocam Orfeu como o harpista e companheiro de Jasão e dos Argonautas. Orfeu tinha um irmão chamado Lino, que foi a Tebas e
se tornou um tebano [17] Ele é referenciado por Aristófanes e Horácio
por ter ensinado aos canibais a subsistir por frutos, e ter feito leões e
tigres obedientes a ele. Horácio acreditava, no entanto, que Orfeu só havia
introduzido a ordem e a civilização para os selvagens. [18]
· Esculápio ou Asclépio (mit.) - Deus de medicina e da Cura. Filho de Apolo e Coronis (de
Larisa Talassia que traiu Apolo com Isquis). Seu símbolo é um cajado com uma
serpente enrolada, as vezes confundido com o caduceu de Hermes com duas
serpentes enroscadas e asas no alto. Hoje está no símbolo da OMS. Também
chamado Asclépio teria aprendido a arte da cura com Quíron, um centauro
inteligente, civilizado, bondoso e conhecedor das artes da medicina.
· Apolo (mit.) - Deus da música, poesia, arte,
oráculos, tiro com arco, praga, medicina, sol, luz e conhecimento. Filho de
Zeus e Leto. Símbolos da lira, grinalda de louro, Píton, corvo, cisne,
arco e flechas.
· Cadmus (mit.) – Neto de Poseidon (deus do mar, terremotos, tempestades) e Lybia. Filho de Agenor e Telephassa. Foi um
herói lendário, fundador da cidade grega de Tebas e introdutor do alfabeto fenício na Grécia. Era filho do rei Agenor de Tiro
e irmão mais velho de Europa, Cílix e Fênix.
Após uma derrota de um dragão, sob conselho de Atena,
semeou os dentes do dragão morto, dos quais nasceram diversos guerreiros,
armados e ameaçadores. Instado por Atena, Cadmo lançou, sem
ser visto, uma pedra sobre eles. A pedra desencadeou uma violenta disputa e, no
fim da luta, restaram apenas cinco guerreiros vivos, os espartanos (i.e., "os semeados").
· Triptólemo (mit.) - Sempre conectado com Deméter (deusa
da agricultura e colheita) dos Mistérios Eleusinos, pode ser considerado o filho
do Rei Celeus de Eleusis na Ática, ou, de acordo com o Pseudo-Apolodoro
(Bibliotheca IV2), filho de Gaia e Oceano - outra maneira de dizer que ele era
" Homem primordial ". Ajudou-o a completar sua missão de educar
toda a Grécia na arte da agricultura.
· Deméter (mit.) -
Deusa da agricultura, da colheita, da fertilidade e da lei sagrada. Filha de
Cronos e Reia. Símbolos: Cornucópia, trigo, tocha, pão. Festival e nome que lhe
é atribuído é o Thesmophoria. Em romano é
Ceres.
· Apolônio de Rodes (c. 320 – 250 a.C.) – poeta épico, bibliotecário, estudioso de Rodes (ou
Alexandria). Autor da Argonautica, um poema épico sobre Jasão e os Argonautas e
sua busca pelo Velo dourado. Influenciou os poetas romanos Virgílio (70 – 10 a.C.) e Caio Valério Flaco
(c. 90), não confundir com o cônsul romano de mesmo nome de 93 a.C.
· Lino (mit.) –
Irmão de Orfeu, que veio de Tebas e tornou-se tebano, ...segundo pseudo-
Apolodoro (biblioteca de séc. I ou II d.C).
· Aristófanes (447 - 385 a.C.) – dramaturgo grego, considerado o maior
representante da comédia antiga.
· Horácio (065 - 08 a.C.)
- Quintus Horatius
Flaccus, foi um poeta lírico e satírico romano, além de filósofo. É conhecido
por ser um dos maiores poetas da Roma Antiga.
Bertrand Russell observou: [19]
Os Órficos foram uma seita ascética; o vinho, para eles, era apenas um
símbolo, como, mais tarde, no sacramento cristão. A intoxicação que eles
procuravam era a de "entusiasmo", de união com o deus. Eles
acreditavam que, dessa forma, poder adquirir conhecimento místico não obtido
por meios comuns. Este elemento místico entrou na filosofia grega com
Pitágoras, que era um reformador do orfismo como Orfeu era um reformador da
religião de Dionísio. De Pitágoras, os elementos órficos entraram na filosofia de Platão, e de Platão até a filosofia mais tardia que
era de qualquer forma religiosa.
· Bertrand Russell (1872 –
1970) – inglês e um
dos mais influentes matemáticos, filósofos e lógicos que viveram no século XX. Na referência do livro História da
Filosofia Ocidental.
· Dionísio (mit.) – filho de Zeus e da princesa Sêmele (filha de Cadmus e Harmonia). Hera
com ciúmes concede â Sêmele um pedido, e a influencia a pedir a presença real
de Zeus, que vem como raio e trovões e mata Sêmele. Então Zeus pega o bebê e o
cria em sua coxa. Deus dos vinhos, das festas, teatro, ritos religiosos e do
êxtase (da intoxicação que funde o
bebedor com a deidade). Cônjuges: Ariadne (princesa de Creta
filha do rei de Minos e também apaixonada por Teseu) e outras. Símbolos:
videira, o leopardo, leão e o delfim. É o Baco Romano e Zagreu na religião
órfica (Zeus e Perséfone como pais)
Estrabão [19] (64 a.C. - 24 d.C.) apresenta
Orfeu como um mortal, que morava e morreu em uma aldeia próxima ao Olímpo.
"Alguns, é claro, o receberam de bom grado, mas outros, já que suspeitavam
de uma trama e violência, combinaram contra ele e o mataram". Ele ganhou
dinheiro como músico e "mago" - Estrabão usa agurteúonta
(αγυρτεύοντα), [20] também usado por Sófocles em Édipo Rei para caracterizar Tirésias
como um malandro com um desejo excessivo de bens. Agúrtēs (αγύρτης) significava
mais frequentemente charlatão [21] e sempre teve uma conotação
negativa. Pausânias escreve sobre um egípcio sem
nome que considerou Orfeu um mágouse (μάγευσε), ou seja, mágico. [22]
· Estrabão (064 -
24 d.C.) - historiador, geógrafo e filósofo grego. Foi o autor da monumental Geografia, um tratado de 17 livros
contendo a história e descrições de povos e locais de todo o mundo que lhe era
conhecido à época. O nome dados pelos romanos devido ao estrabismo.
· Tirésias (mit.) - do grego Teiresias, foi um profeta
cego de Apolo em Tebas, famoso pela clarividência e por ser transformado em
mulher (por Hera) por sete anos após ter golpeado 2 cobras. Ele era o filho do
pastor Everes e a ninfa Chariclo. Participou plenamente de sete gerações em
Tebas, começando como conselheiro do próprio Cadmus.
· Pausânias (115 - 180 d.C) - foi um geógrafo e viajante grego, autor da Descrição
da Grécia (em grego clássico: Periegesis
Hellados), obra que presta um importante contributo para o conhecimento da Grécia Antiga, graças às suas descrições de
localidades da Grécia central e do Peloponeso.
Mitologia
Vida
De acordo com Apolodoro
[24] e um fragmento de Píndaro
[25], o pai de Orfeu era Éagro,
um rei trácio; ou, de acordo com outra versão da história, o deus Apolo. Sua mãe era a musa Calíope; ou, uma filha de Pierus, [26] filho de Makednos.
Seu lugar de nascimento e local de residência estava em Pimpleia, [27]
[28] [29] Olímpo. Em Argonáutica,
a localização do casamento de Éagro e Calíope é perto de Pimpleia,
[30] do Olímpo. [29]
[31] Enquanto
morava com sua mãe e suas oito lindas irmãs em Parnassus,
[32] conheceu Apolo, que estava cortejando a musa do
riso Thalia. Apolo, como deus da música, deu a
Orfeu uma lira de ouro e ensinou-o a tocá-la. A mãe de Orfeu ensinou-o a fazer
versos para cantar. Estrabão menciona que ele morava em Pimpleia. [29] Ele também disse que ele teria estudado
no Egito. [33]
· Pseudo Apolodoro, Biblioteca (Séc. I ou II d.C) - grande sumário da mitologia
grega tradicional e de suas lendas heroicas, abrangendo desde as
origens do universo até a Guerra de
Troia.
· Pimpleia – cidade grega antig onde nasceu Orfeu (próxima â Olímpo e
Dion, segundo Estrabão). Monumentos e memoriais dedicados à Orfeu, cultos
órficos e às musas. Também citada por Apolônio de rodes em Argonáutica.
· Parnasus – montaha próxima de Delfos, ao norte do Golfo de Corinto, e
oferece vistas panorâmicas sobre os olivais circundantes e o campo. Na
mitologia grega era sagrada para Dionísio e os mistérios dionisíacos; para
Apollo e para as ninfas Corycianas, e era o lar das Musas.
· Thalia (mit.) - uma das 9 musas filhas de Zeus e Mnemósine
(titânide filha de Urano e Gaia e personifica a memória). Deusa da comédia e a
poesia idílica. Aparece em estátuas com cornetim, trombeta (usados para apoiar
as vozes dos atores na comédia antiga ou com uma máscara cômica e por vezes com
uma coroa de Hera.
De acordo com Diodoro
Sículo, Museu de Atenas foi filho
de Orfeu. [34]
· Diodoro Sículo, ou da Sicília (c 90 – 30 a.C) - historiador
grego,
viajou para Egito e Roma. Sua obra é a Biblioteca Histórica ou "História
Universal", 40 livros em grego, só sobreviveram os livros 1-5 e 11-20 os
outros, apenas fragmentos. É o mais extenso relato sobre a história da Grécia e
de Roma que chegou até nós, desde as origens míticas até as últimas décadas da República Romana. Uma compilação contraditória,
confusa e repetitiva de fontes mais antigas.
· Museu (mit.) – Foi um poeta e música lendário e também
filósofo, historiador, profeta, vidente, padre. Teria fundado da poesia
sacerdotal na Ática. Ele compôs hinos dedicatórios, de purificação, tratados de
prosa, e respostas oraculares. Citado por Herótodo, Eurípides (Rhesus)Platão
(Íon, rotágoras, Aologia), Diodoro Sículo, Pausânias, Eusébio e Virgílio (A
Eneida).
Dizem que Orfeu estabeleceu o culto de Hecate na Aegina. [35] Em Laconia,
dizem que Orfeu trouxe a adoração de Demeter Chthonia [36] e a da Kores Sōteiras (Grego, Κόρες
Σωτείρας). [37] Também em Taigeto dizem
que uma imagem de madeira de Orfeu fora mantida pelos pelasgos
no santuário eleusiano de do Deméter. [38]
· Hecate (mit.) - naturalizada na Grécia micénica ou na Trácia,
mas oriunda da de Anatólia, onde era vista como Grande Deusa
das terras selvagens, partos, encruzilhadas, entradas, fogo, luz, a lua, magia, bruxaria, o
conhecimento de ervas e plantas venenosas, fantasmas, necromancia e feitiçaria
mãe dos Anjos e a Alma do Mundo Cósmico. Adorada nos lares atenienses como
deusa protetora e como a que conferia prosperidade e bênçãos diárias à família.
Lugar de culto: Egina. Símbolos: Tochas emparelhadas, chaves, adagas, lua.
Filhos: Circe, Pã, Cila. Em romano: Trivia.
· Egina – Ilha das ilhas sarónicas grega a 27 km de Atenas. Potência
naval, citada por Plutarco, Vidas Paralelas Tomístocles. Pela mitologia, Egina é filha do deus do rio Asopo e da ninfa Metope.
O nome da ilha era Oenone, e passou a se chamar Egina porque Zeus raptou a filha de
Asopo e levou-a para a ilha, onde nasceu Éaco,
que se tornou seu rei. Éaco foi o avô de Aquiles.
Éaco estava sozinho na ilha, e Zeus transformou as formigas em homens para ele.
· Lacônia - ou Lacedemonia, região no sudeste da península do
Peloponeso. Sua capital administrativa é Esparta. A palavra
"lacônico" é derivada do nome da região por analogia.
"Lacônico" significa "falar de maneira concisa", como era a
reputação dos espartanos entre os atenienses.
· Chthonia – Existem outras explicações mitológicas mas uma
delas significa subterrâneo ou relativo à terra, foi um epíteto usado para a
deusa do submundo (chamado ctônico), como Hecate, Nix ou Melinoe. Também se
referiam a ele para Demeter, enquanto guardiã dos campos. Relativo à
terra", "terreno") designa ou refere-se aos deuses ou espíritos
do mundo subterrâneo, por oposição às divindades olímpicas. Por vezes são
também denominados "telúricos" (do latim tellus).
· Taigeto - Cordilheira na península do Peloponeso, sul da Grécia. A
montanha mais alta da cordilheira é o Monte Taygetus, também conhecido como
"Profeta Elias". O nome é um dos mais antigos registrados na Europa,
aparecendo na Odyssey. Na mitologia clássica, foi associada à ninfa Taigete
(uma das Plêiades, 7 filhas de Atlas e da ninfa Pleione).
Ela e Zeus
são os pais de Lacedaemon, rei de Esparta.
· Pelasgos – termo usado por escritores gregos clássicos
para suas populações antepassadasa, antes dos grego, aos indíginas
pré-clássicos da Grécia. Depois passou a significar aos habitantes indígenas da
região do Mar Egeu.
Viajando como um Argonauta - Main article: Argonautica
A Argonáutica
é um poema épico grego escrito por Apolônio de Rodes
no séc. III a.C. Orfeu participou dessa aventura e usou suas habilidades para
ajudar seus companheiros. Quíron disse a Jasão que, sem a ajuda de Orfeu, os Argonautas nunca
poderiam passar as Sirenes - as mesmas Sirenes
encontradas por Odisseu no poema épico de Homero, a Odisséia. As Sirenes
moravam em três pequenas ilhas rochosas chamadas lt.
Sirenum Scopuli (Rochosa) e cantavam belas músicas que atraíam os
marinheiros para chegarem a eles, o que resultou na queda de seus navios nas
ilhas. Quando Orfeu ouviu suas vozes, ele sacou sua lira e tocou música que era
mais alta e mais bonita, afugentando as canções feiticeiras das Sirenes. De
acordo com o poeta elegíaco helenístico Fanócle
do séc. III a.C., Orfeu amou o jovem Argonauta Calais,
"O filho de Boreas, com todo seu coração,
foi muitas vezes em bosques sombreados ainda cantando seu desejo, e seu coração
não estava em repouso.
Mas sempre, os cuidados sem sono desperdiçavam seus espíritos
enquanto olhava Calais fresco." [39] [40]
· Apolônio de Rodes (c. 320 – 250 a.C.) – poeta épico,
bibliotecário, estudioso de Rodes (ou Alexandria). Autor da Argonautica, um poema épico sobre Jasão e os Argonautas e sua busca pelo Velo
dourado. Influenciou os poetas romanos Cátulo (84 – 54 a.C), Virgílio (70 – 10 a.C.), Ovídio (43 a.C – 18 d.C) e Caio
Valério Flaco (c. 90), não confundir com o cônsul romano de mesmo nome de 93 a.C.
· Quíron (mit.) – um centauro,
considerado superior ao resto dos centauros que, como os sátiros,
eram beberrões e indisciplinados, delinquentes sem modos
e propensos à violência quando ébrios. Era inteligente, civilizado, bondoso e célebre por seu
conhecimento e habilidade com a medicina. Altamente reverenciado como professor e tutor. Entre
seus pupilos estavam diversos heróis, como Asclépio,
Aristeu,
Ajax, Enéas,
Actéon, Ceneu, Teseu, Aquiles,
Jasão,
Peleu,
Télamon,
Héracles,
Oileu,
Fênix, e em algumas
versões do mito, Dioniso.
· Jasão (mit.) - filho de Esão. O trono de Iolco (Talassia) passou de
seu avô Creteu
para seu tio Pélias
(filho de Tiro e Poseidon). Temendo a profecia de que seria morto por Jasão, o
rei Pélias envia o herói, como condição para lhe restituir o trono, para uma
missão impossível: trazer o Velocino de
Ouro da distante ilha Cólquida.
Em Argos, constrói a nau Argo e reúne uma
tripulação de heróis, daí os argonautas, para acompanhá-lo.
· Sirenes (mit.) – metade mulher metade pássaro, atraíram os
navegantes com seus cantos para o naufrágio nos rochedos perto de sua ilha.
Morte de Eurídice - See also: Descent to the underworld
A história mais famosa de Orfeus é a de
sua esposa Eurídice (também conhecida como Argiope). Enquanto caminhava entre o seu povo, os Cícones, antes do seu casamento, foi atacada por um Sátiro. Em seus esforços para escapar do sátiro, ela
caiu em um ninho de víboras e sofreu uma mordida fatal em seu calcanhar. Seu
corpo foi descoberto por Orfeu que, dominado pela tristeza, tocou canções tão
tristes e melancólicas que todas as ninfas e deuses choravam. Em seus conselhos,
Orfeu viajou para o Submundo. Sua música suavizou os corações de Hades e Perséfone, que
concordaram em permitir que Eurídice voltasse com ele para a terra em uma
condição: ele deveria andar na frente dela e não olhar para trás até que ambos
alcançaram o mundo Superior. Ele então partiu com Eurídice seguindo e, com sua
ansiedade, logo que chegou ao mundo superior, ele se virou para olhar para ela,
esquecendo que ambos precisavam estar no mundo superior, e ela desapareceu pela
segunda vez, mas agora para sempre.
· Cícone - tribo
trácia
dos tempos homéricos, de Ismara (ao pé da montanha Ismara), costa
sul da Trácia,
a oeste do rio Hebro. Mencionados no livro II da Ilíada
(aliados dos Troianos
e chefiados por Eufemo) em no livro IX da Odisseia
(Odisseu
e seus homens tomam Ismara, matam a maioria dos homens cícones, queimam as
cidades da Ciconia
e tomam as mulheres. Mais tarde, reforços cícones atacam os aqueus,
matando tantos deles que Odisseu e seus homens são forçados a zarpar em seus
navios, e após a partida, foram desviados do curso por 9 dias, por uma
tempestade violenta).
· Sátiro (mit.) - ser da natureza
com metade humano e metade bode ( fauno da mitologia
romana). Viviam nos campos e bosques e tinham freqüentes relações
sexuais com as ninfas
(principalmente as Mênades ou Bacantes, que a eles se juntavam no cortejo de Dionísio).
Eram-lhes consagrados o pinho e a oliveira e apesar de serem divinos, não eram
imortais.
· Hades (mit.) – Deus do mundo inferior e dos mortos. Filho de
Cronos e Reia. Raptou Perséfone. É Plutão da mitologia romana.
· Perséfone (mit.) - Deusa das ervas, estações do ano, flores,
frutos e perfumes. Filha de Zeus e sua irmã Deméter (Deusa da agricultura,
colheita, grãos, terra cultivada, natureza e estações do ano). Raptada por
Hades e depois ajudada por Hermes, morava metade do ano no Olímpo (primavera e
verão) e outra em Hades (outono e inverno, qdo era chamado de Cora ou Koré,
pelos deuses Ctônicos)
A história desta forma pertence ao tempo
de Virgílio, que introduz o nome de Aristeu (na época das Geórgicas
de Virgílio, o mito tem Aristeu perseguindo Eurídice quando foi mordida por uma
serpente). [41] Outros escritores antigos, no entanto, falam da
visita de Orfeu ao submundo em uma perspectiva mais negativa. De acordo com Fedro no Simpósio de Platão
[42], os deuses infernais apenas
"apresentaram-lhe uma aparição" de Eurídice. Ovídio
diz que a morte de Eurídice não foi causada por fugir de Aristeu, mas dançando
com Náiades no dia do casamento. (?) Na verdade,
a representação de Platão de Orfeu é a de um covarde, em vez de escolher morrer
para estar com aquele que ele amava, ele se zombava dos deuses tentando ir ao
Hades para trazê-la de volta. Como seu amor não era "verdadeiro" -
ele não queria morrer por amor - ele era realmente punido pelos deuses,
primeiro dando-lhe apenas a aparição de sua ex-esposa no mundo subterrâneo e
depois sendo morto por mulheres.
· Náiades (mit.) – ninfas aquáticas que habitam os lagos. Há
outras como Pegeias: das nascentes; Potâmides: dos rios; Eleionomae: dos pântanos
e Crineias:
das fontes.
· Virgílio (70 – 19
a.C.) - Públio Virgílio Maro ou Marão foi um poeta
romano clássico, autor de três grandes obras da literatura latina, as Éclogas,
as Geórgicas, e a Eneida.
· Aristeu (mit.) – Filho de Apolo e Cirene, foi um pastor, com
epítetos de "O melhor" ou "Apicultor". Era protetor dos
caçadores, pastores e dos rebanhos; é, também, considerado o pioneiro da apicultura
e da plantação de oliveiras.
· Ovídio (43 a.C.-
17 d.C.)
- Públio Ovídio Naso, poeta romano, autor de Heroides,
Amores,
e Ars Amatoria
(poesia erótica),
Metamorfoses
(poema hexâmetro mitológico), Fastos (sobre o calendário romano), e Tristia
e Epistulae ex Ponto (2 coletâneas de poemas
escritos no exílio, no mar Negro).
Virgílio escreveu em seu poema que a ninfas Dríades choraram de Epiro
e Hebrus até a terra da Getas
(vale nordeste do Danúbio) e até descreve-o
vagando por Hiperbórea e Tánais (antiga cidade grega no delta do rio
Don) [43] devido à sua dor.
· Dríades (mit.) - ninfas associadas aos carvalhos.
Cada dríade nascia junto com uma árvore, da qual ela exalava e vivia na árvore
ou próxima a ela.
· Hiperbórea - "além"; e bóreia, "norte";
traduzido como "além do bóreas", o vento norte era uma terra mítica
em um lugar ao norte muito distante. Os gregos pensavam que Bóreas,
o deus do vento norte, vivia na Trácia.
A história de Eurídice pode ter sido
adicionada mais tarde aos mitos de Orfeu. Em particular, o nome de Eurudike
("ela cuja justiça se estende amplamente") lembra os títulos de culto
atribuídos a Perséfone. De acordo com as teorias
do poeta Robert Graves, o mito pode ter sido derivado de outra lenda de
Orfeu, na qual ele viaja para o Tártaro e
encanta a deusa Hécate. [44]
· Tártaro - um dos deuses primordiais (nascido ou irmão do Caos) e suas relações com Gaia geraram as mais terríveis bestas da
mitologia grega, entre elas o poderoso filho Tifão.
Assim como Gaia (personifica Terra) e Urano ( Céu), Tártaro é a personificação do
Mundo Inferior. Nele estão as cavernas e grutas mais profundas e os cantos mais terríveis do
reino de Hades,
o mundo dos mortos, para onde todos os inimigos do Olimpo
são enviados e onde são castigados por seus crimes. Lá os titãs
são aprisionados por Zeus
(Júpiter), Hades
(Plutão) e Posídon
(Netuno) após a Titanomaquia.
O tema do mito de não olhar para trás, uma
precaução essencial no levantamento de Jason Chthonic Brimo Hekate sob a orientação de
Medea [45]
reflete-se na história bíblica
da esposa de Ló ao escapar de Sodoma. Mais
diretamente, a história de Orfeu é semelhante aos contos gregos antigos de Perséfone capturados pelo Hades
e histórias semelhantes de Adônis cativo no
Submundo. No entanto, a forma desenvolvida do mito de Orfeu estava entrelaçada
com os cultos órficos do mistério e, mais tarde, em Roma, com o desenvolvimento
do Mitraísmo e o culto do Sol Invictus.
· Ló – Sobriho de Abraão. Yahweh
avisou a Abraão que destruiria Sodoma e Gomorra,
devido os pecados. Abraão intercedeu por seu sobrinho Ló e 2 anjos foram
enviados para tirá-lo e sua família. Quando saíssem não poderiam olhar para a
cidade ou então morreriam. De madrugada, Ló, sua mulher
e suas duas filhas deixaram a cidade. "Então o Senhor fez chover fogo e enxofre
sobre Sodoma e Gomorra”, destruiu as cidades, o vale, os seus moradores e
toda a vegetação. Enquanto fugiam, a mulher de Ló olhou para trás e
foi transformada em uma estátua de sal, que, segundo os antigos israelitas, deu origem a
salinidade do Mar Morto.
· Adônis (mit.) - símbolo da vegetação que morre no inverno
(descendo ao submundo e juntando-se a Perséfone) e regressa à Terra na
primavera (para juntar-se a Afrodite). O jovem de grande beleza despertou o
amor de Afrodite (deusa do amor) e Ares (deus da guerra e amante de Afrodite)
que com ciúmes envia um javali que matá-lo. No submundo, Perséfone também se
apaixona por ele, e no impasse de quem ficaria com ele, Zeus decide: 1/3 do ano
com cada uma delas, mas como ele preferia Afrodite, permanecia com ela 2/3.
Nasce desse mito a ideia do ciclo anual da vegetação, com a semente que
permanece sob a terra por 4 meses.Deus oriental da vegetação, divindade
ctônia (que cumpre o ciclo da semente).
· Mitraísmo – religião de mistérios encontrada no impédio
romano do séc. II a.C. mas com origens na divinvade indo-ariana (2000 a.C) na Índia nos hinos
védicos como um deus da luz, associado a Varuna.
Difundido-se na Pérsia, depois sinais de absorção no zoroastrismo de Zaratustra
(no qual já opunha-se ao sacreifício dos bois). Dário I por motivos
políticos, no Avesta
(escrituras sagradas do zoroastrismo), Mitra surge como um deus benéfico,
colaborador de Ahura Mazda (Deus único do zoroastrismo),
desempenhando funções de juiz das almas. Nos ritos muito se encontram a
abnegação da carne, o batismo, a pão e o vinho, a água santificada, guarda dos
dias santos, incensos, cânticos e o 25 de dezembro.
· Sol Invictus - Deus Sol Invicto, título introduzido pelo imperador
romano Heliogábalo, durante a sua tentativa abortada
de impor o deus Elagabalo Sol Invicto, o deus-sol da sua cidade natal Emesa na Síria.
Com a morte do imperador em 222 d.C., o seu culto esvaneceu-se. Em segundo instante, o
título invicto foi aplicado a Mitra em inscrições de devotos. Também, aparece
aplicado a Marte. O imperador Aureliano
introduziu um culto oficial do Sol Invicto em 270 d.C., fazendo do Deus
Sol a primeira divindade do impérioe com muitas características próprias do mitraísmo,
incluindo a representação iconográfica do jovem deus imberbe. O culto
continuou a ser base do paganismo oficial até a adesão do império ao cristianismo —
antes da sua conversão, até o jovem imperador Constantino
tinha o Sol Invicto como a sua cunhagem oficial. E depois, com o Édito de Milão, que concedia
liberdade religiosa, houve o uso do símbolo do Chi Ro.
Morte
see Thracian Girl Carrying
the Head of Orpheus on His Lyre by Gustave Moreau (1865)
De acordo com um resumo da Antiguidade Tardia da peça perdida de Ésquilo, Bassárides,
Orfeu, no final da vida, desprezou a adoração de todos os deuses, exceto o sol,
a quem ele chamou de Apolo. Uma madrugada, ele foi ao oráculo de Dionísio no
Monte Pangaion [46] para cumprimentar seu deus ao amanhecer, mas foi despedaçado pelas Ménades da Trácia por
não honrar seu patrão anterior (Dionísio) e enterrado em Pieria. [15] [46] Aqui, sua morte é análoga à de Penteu, que também foi despedaçado pelas Ménades; e
especulou-se que o culto do mistério órfico considerava Orfeu como uma figura
paralela ou mesmo uma encarnação de Dionísio. [48] Ambos fizeram viagens semelhantes à Hades, e Dionísio
Zagreus sofreu uma morte idêntica. [49] Pausânias escreve que Orfeu foi enterrado em Dion
e que ele encontrou sua morte lá. [50] Ele escreve que o rio Helicon afundou no
subsolo quando as mulheres que mataram Orfeu tentaram lavar suas mãos manchadas
de sangue em suas águas. [51]
· Mênades (mit.) - 'agitado por transportes furiosos", também
conhecidas como Bacantes, Tíades ou Bassárides eram ninfas seguidoras e
adoradoras do culto de Dioniso (Baco, mit.romana).
Eram selvagens e endoidecidas, de quem não se conseguia um raciocínio claro.
Durante o culto, dançavam livre e lascivamente, em total concordância com as
forças mais primitivas da natureza. Os mistérios que envolviam o deus,
provocavam nelas um estado de êxtase absoluto, entregando-se a desmedida
violência, derramamento de sangue, sexo, embriaguez e autoflagelação.
· Pieria - região grega, na periferia da Macedônia Central. Lá nasceram as nove musas, filhas de Zeus e Mnemosine,
um ano depois que Zeus havia se deitado com Mnemosine por nove noites. E, onde
teria sido enterrado Orfeu, segundo pseudo-Apolodoro.
· Zagreus (mit.) - deus da religião órfica, possivelmente de origem frígia,
cujo culto começou por volta do século VI
a.C.. Píndaro faz alusões a Zagreu, mas conectado à mitologia
grega foi Nono de Panópolis. (séc. IV e V d.C). Filho de Zeus que violou Perséfone
quando ela ainda era virgem, na forma de uma cobra ou de um dragão. Zagreu
nasceu com chifres, e logo subiu ao Olimpo, pegando os raios de Zeus. Hera, porém, cheia de
ressentimento, ordenou que os Titãs o destruíssem. Ele se transformou num touro para fugir,
mas foi pego e destroçado pelos seus inimigos. Em
outras versões aparece como reencarnação de Dionísio, deus do vinho.
· Penteu (mit.) – rei de Tebas, filho de Equionte (um semeado
“espartano2) e Agave (filha de Cadmus e Harmonia). A principal fonte é a peça
As Bacantes, de Eurípides. Na qual Dionísio, após ser preso por Penteu e
conseguido fuigor, o atrai para espiara os ritos báquicos, no qual é descoberto
e destroçado pelas mulheres , incluindo sua mãe. Também aparece na versão de
Metamorfoses de Ovídio.
Ovídio conta que Orfeu...
Se absteve do amor das mulheres, seja
porque as coisas acabaram mal (com a morte de Eurídice), ou porque jurou
fazê-lo. No entanto, muitos sentiram vontade de se juntarem com o poeta, e
muitos sofreram com a rejeição. Na verdade, ele foi o primeiro dos trácios a
transferir seu amor por meninos, e aproveitar a sua breve primavera, e da
floração precoce, esse lado da masculinidade. — Ovid. trans. A. S. Kline, Ovid: The
Metamorphoses, Book X
Sentindo-se desprezadas por Orfeu por ele
ter apenas amantes do sexo masculino, as mulheres Cicônias,
seguidoras de Dionísio, [52] atiraram paus e pedras nele enquanto
tocava, mas como sua música era tão bonita, mesmo as pedras e os paus recusavam
a acertá-lo. Enfurecidas, as mulheres despedaçaram seu corpo em pedaços durante
um frenesi de suas orgias báquicas. [53]
Ver Death of Orpheus, by Dürer
(1494) - No desenho de Albrecht Dürer da morte de Orfeu, baseado
em um original, agora perdido, por Andrea Mantegna, uma fita alta na árvore
acima dele está com letras Orfeus der erst puseran ("Orfeu, o primeiro
pederasta"). [54]
Sua cabeça e sua lira, ainda cantando
músicas lúgubres, flutuavam pelo rápido rio Hebro
para a costa do Mediterrâneo. Lá, os ventos e as ondas os levaram para a costa
de Lesbos, [55] onde os habitantes enterraram a cabeça e um
santuário foi construído em sua honra perto de Antissa;
[56] lá o seu oráculo profetizou, até que foi
silenciado por Apolo. [57] Além dos povos de Lesbos, os gregos de
Jônia e Etólia consultaram o oráculo e sua reputação se espalhou até a
Babilônia. [58]
· Antissa – Cidade no oeste da ilha de Lesbos. Teria sido onde nasceu o
poeta lírico de coral Terpandro e onde, segundo a lenda, teria parado a cabeça
de Orfeu.
A lira foi levada para o céu pelas Musas,
e foi colocada entre as estrelas. As Musas também recolheram os fragmentos de
seu corpo e os enterraram em Leibethra [59] abaixo do Monte Olímpo, onde os rouxinóis cantavam sobre o túmulo. Depois
que o rio Sys inundou [60] Leibethra, os macedônios levaram seus ossos para Dion.
A alma de Orfeu voltou ao submundo, onde finalmente se reuniu com a amada
Eurídice.
· Leibethra - cidade próxima ao Olimpo onde Orfeu foi
enterrado pelas Musas. Seu túmulo foi mais tarde destruído por uma inundação do
rio Sys. Era um lugar onde as ninfas libetrianas eram adoradas. Os restos de
Libethra foram encontrados e existe um sítio arqueológico próximo ao Olimpo.
Segundo Pausânias, ainda o macedônios levaram os resto de Orfeu para Dion,
perto de Pidna (Macedônia).
Outra lenda coloca seu túmulo em Dion, [46] perto de Pydna, na Macedônia. Em outra
versão do mito, Orfeu viaja para Aornum em Thesprotia, Epirus para
um antigo oráculo para os mortos. No final, Orfeu cometeu o suicídio devido seu
sofrimento por perder Eurídice. [61]
· Aornum – oráculo na cidade de Thesprotia, cuja caverna se chama
Charonium ou “Caverna de Caronte” (barqueiro de Hades), refletindo a crença de
que seria a entrada para o submundo e onde Orfeu teria viajado para recuperar
Eurídice do mundo dos mortos.
Outro relato (Diógenes Laércio) diz que ele foi atingido por relâmpagos por Zeus por ter revelado os mistérios dos deuses aos homens. [62]
Poemas e Ritos Órficos - Main article: Orphism (religion)
Uma série de poemas religiosos gregos em
hexâmetros foram atribuídos a Orfeu, como eram para figuras miraculosas, como Bakis, Museu, Abaris, Aristeu, Epimenides e Sibíla. Dessa vasta
literatura, apenas dois exemplos sobreviveram inteiros: um conjunto de hinos
compostos entre o séc. II e III e uma Argonautica
Órfica composta entre os séc. IV e VI. A literatura órfica anterior, que
pode remeter até o séc. VI a.C, sobreviveu apenas em fragmentos de papiro ou em citações. Alguns
dos primeiros fragmentos podem ter sido compostos por Onomácrito.
[62]
· Bakis - Nome para os profetas inspirados de oráculos que floresceram
na Grécia entre séc. 8 e 6 a.C.
· Ábaris - poeta de Cítia semi-lendário. Segundo a lenda, o deus Apolo consagrou-o como seu
sumo-sacerdote, concedendo-lhe o dom da adivinhação.
· Aristeu (mit.) - filho de Apolo com Cirene
(filha de Hipseu), pastor, tendo ainda os epítetos de "O melhor" ou
"Apicultor". Adorado como o protetor dos caçadores, pastores e dos
rebanhos; é, também, considerado o pioneiro da apicultura
e da plantação de oliveiras.
· Epimenides - poeta, filósofo e místico grego, e profeta que viveu em meados dos anos 600 a.C. (apóstolo
Paulo em Tito 1:12, que cita sua
obra "Cretica"). Segundo Diógenes Laertius, esteve em Atenas na época de
Sólon e teria limpado a cidade de uma praga. Diz-se também que já visitara a
cidade dez anos antes das guerras com os persas, sendo que as duas
visitas estão separadas por mais de cem anos. Todavia, várias autoridades
relataram que ele viveu entre 154 e 299 anos. Dito como "homem
estranho" pelo seu povo, era um dos poucos que criam em apenas um Deus e,
segundo conta Diógenes Laertius, quando houve a praga em
Atenas muito se fizeram de holocaustos para "apaziguar a fúria dos
deuses", que passavam de 30 000, ou seja, tinham mais deuses em estátuas
nas ruas do que pessoas vivendo em Atenas, onde foram até chamados sacerdotes
egípcios e babilônicos para tentarem resolver aquela praga, mas sem sucesso
algum. Quando então lembraram o Deus único de Epimênides, então o chamaram. Ele
mostrou-os o erro de adorarem deuses que não poderiam os ajudar em nada, e
mandou que colocassem ovelhas no alto do areópago
que estas iriam lhes mostrar o local onde esse Deus queria ser adorado. Então,
num ato "místico" as ovelhas desceram o areópago
e andaram até um local onde não havia nenhum tipo de idolatria. E ali os
artífices construíram um altar e como não sabiam o "nome" desse Deus,
a mando de Epimênides talharam como "o Deus desconhecido" (assim como
descrito em Atos 17:23) e assim
conseguiram resolver o problema da praga.
· Sibila (mit.) - mulheres que possuem poderes proféticos
sob inspiração de Apolo.
Rafael
pintou sibilas na Capela Chigi, da igreja romana de Santa Maria della Pace cujo tema é a Ressurreição.
· Onomácrito (530 - 480 a. C.)
– foi um
crestómata, khrestos, "útil" e mathein, "saber”, uma coleção de
certas passagens literárias usadas especialmente para auxiliar na aprendizagem
de uma língua estrangeira. Também foi um compilador de oráculos gregos na corte
do tirano Pisístrato em
Atenas. Heródoto o cita como compilador dos oráculos do poeta
Museu algumas coisas falsas inseridas por si mesmo em nome do poeta (como
também relata Pausânias).
· Argonautica Órfica - poema épico de autor anônimo (em 1.377 versos)
baseado no mito da expedição dos Argonautas em busca do Velocino de Ouro. Narrado
na primeira pessoa a partir da perspectiva de Orfeu, um dos heróis
participantes no expedição, com características abundantes do orfismo. Data é
incierta (talvez séc. 6 a
parte do 4 a.C.).
Além de servir como um armazém de dados
mitológicos ao longo das linhas da Teogonia de Hesíodo, a poesia órfica foi recitada em ritos de mistérios
e rituais de purificação. Platão, em particular,
(?)fala de uma classe de sacerdotes vagabundos
de mendigos que ofereciam purificações aos ricos, um falatório sobre livros de
Orfeu e Museu no reboque. [63] Aqueles que eram especialmente dedicados
a esses rituais e poemas costumavam praticar o vegetarianismo e a abstenção do
sexo, e se abstiveram de comer ovos e feijões - que passaram a ser conhecidos
como o Orphikos bios ou "Modo de vida Órfico". [64]
O papiro Derveni,
encontrado em Derveni, Macedônia (Grécia) em 1962, contém um tratado filosófico
que é um comentário alegórico sobre um poema órfico em hexâmetros, uma teogonia
sobre o nascimento dos deuses, produzida no círculo do filósofo de Anaxágoras, escrita na segunda metade do séc. V a.C.
Os fragmentos do poema são citados tornando-se "a mais importante
evidência sobre a filosofia e a religião gregas que veio à luz desde o
Renascimento". [65] O papiro data de cerca de 340 a.C., durante o reinado
de Felipe II da Macedônia, tornando-o o
manuscrito sobrevivente mais antigo da Europa.
· Papiro de Deverni - datado
do século V a.C., é um papiro
encontrado em Deverni (Macedônia) em 1962,
um tratado filosófico em um poema órfico
e se refere à uma gênese, o conhecimento de Deus, o misticismo
e à cerimônias
religiosas. É considerado o manuscrito mais antigo da Europa.
· Felipe II da Macedônia (359 – 336 a.C) – rei da Macedônia,
casado com Olímpia. Filho de Amintas III e Eurídice. Pai de Alexandre, o
Grande.
O historiador William
Mitford escreveu em 1784 que a forma mais antiga de uma elevada e coesa
religião grega foi manifestada nos poemas órficos. [66]
· William Mitford (1744 – 1810) - Foi um deputado inglês
e historiador, mais conhecido por sua História da Grécia, 5 vols. (1784-1810).
W. K. C. Guthrie escreveu que Orfeu era o fundador das religiões
de mistérios e o primeiro a revelar aos homens os significados dos ritos de
iniciação. [67]
· William Keith Chambers Guthrie (1906 – 1981) - escocês historiador e
professor de Filosofia Antiga na Universidade de Cambridge e Diretor do
Downing College, Cambridge. É muito conhecido pela sua "História da
Filosofia Grega" em 6 volumes
Etimologia
Várias etimologias para o nome Orfeu tem
sido propostas. Uma sugestão provável é que ele é derivado de uma hipotética
raiz verbal * orbh-, "colocar à parte, separar". Cognatos incluiriam
o grego ὄρφνη orphne, "travas, escuridão", [68] e do grego ὀρφανός orphanos, [69] "órfão, órfão”. Orfeu, portanto,
seria semanticamente perto de goao, [68] "lamentar, cantar violentamente,
lançar um feitiço", [esclarecer] unindo seus papéis aparentemente díspares
como amante desapontado, músico transgressivo e sacerdote misterioso em um
único léxico. A palavra "órfico" é definida como mística, fascinante
e extasiante e, provavelmente, por causa do oráculo de Orfeu, "
órfico" também pode significar "oráculo". [70] Fulgentius, um mitógrafo do
final do séc. V ao início do séc. VI d.C. deu uma etimologia improvável que
significa "melhor voz", "Oraia-phonos". [71]
· Fabius Planciades Fulgentius (final séc. 5 e começo 6) – escritor, gramático,
retórico latino da antiguidade tardia. Sua mitografia influenciou grande parte
do período medieval.
Interpretação Pós Clássica
O motivo de Orfeu permeou a cultura
ocidental e tem sido usado como tema em todas as formas de arte. Os primeiros
exemplos incluem:
· lai Bretão Sr Orfeu (início do séc. 13)
· Eurídice,
interpretação musical de Jacapo Peri (1600).
Embora intitulado com o nome de sua esposa, o libreto é baseado nos livros X e
XI das Metamorfoses de Ovídio
e, portanto, o ponto de vista de Orfeu é predominante).
· ópera
L'Orfeo de Claudio
Monteverdi (1607),
· ópera
de Christoph Willibald Gluck Orfeo ed Euridice (1762),
· a última
ópera de Joseph Haydn, L'anima
del filosofo, Ossia Orfeo ed Euridice
(1791),
· o
poema sinfônico de Franz Liszt (1854)
· o
bailado de Igor Stravinsky Orpheus (1948)
· 2
óperas de Harrison Birtwistle: The Mask of Orpheus (1973-1984) e The Corridor (2009).
· lai Bretão - lai
narrativo ou simplesmente lai, é uma forma de romance
francês medieval e inglês.
Os lais são curtos (em média, 600-1000 linhas), contos rimados de amor e cavalaria,
freqüentemente envolvendo motivos sobrenaturais
e do mundo das fadas celta.
· Jacopo Peri (Zazzerino) (1561 - 1633) - compositor e cantor
italiano (da transição entre os estilos renascentista e barroco) e muitas vezes
é chamado de inventor da ópera. Ele escreveu o 1.º trabalho a ser chamado de ópera hoje, Dafne (em torno de 1597), e também a
primeira ópera que sobreviveu até hoje, Euridice
(em 1600).
· Ovídio (43 a.C.-
17 d.C.)
- Públio Ovídio Naso, poeta romano, autor de Heroides,
Amores,
e Ars Amatoria
(poesia erótica),
Metamorfoses
(poema hexâmetro mitológico), Fastos (sobre o calendário romano), e Tristia
e Epistulae ex Ponto (2 coletâneas de poemas
escritos no exílio, no mar Negro).
· Claudio Monteverdi (1567 – 1643) - compositor,
maestro,
cantor
e gambista
italiano.
Músico da corte do duque Vincenzo I Gonzaga em Mântua,
e depois assumindo a direção musical da Basílica de São Marcos em Veneza,
destacando-se como compositor de madrigais
e óperas.
O último grande madrigalista.
· Christoph Willibald Gluck (1714 – 1787) - compositor
alemão,
um dos principais responsáveis por uma importante renovação da ópera séria.
Vivendo na passagem do barroco para o neoclassicismo,
e inspirado principalmente na tragédia
grega, na ópera francesa (séria e
cômica) e nos ideais iluministas
· Joseph Haydn (1732 – 1809) - um dos mais importantes compositores
do período clássico. Personifica o chamado "classicismo vienense" ao lado de Wolfgang Amadeus Mozart e Ludwig van Beethoven[1].
A posteridade apelidou este grupo como "Trindade Vienense". Para além
disso é considerado como um dos autores mais importantes e influentes da
história da música erudita ocidental com uma carreira que
cobriu desde o fim do Barroco aos inícios do Classicismo.
· Franz Liszt (1811 – 1886) - compositor,
pianista, maestro e professor húngaro do século XIX (nome húngaro é Liszt Ferenc). Fama na Europa durante
o início do séc. XIX por sua habilidade como pianista virtuoso. Citado por seus
contemporâneos como o pianista mais avançado de sua época, e em 1840 ele foi
considerado por alguns como, talvez, o maior pianista de todos os tempos.
Compositor bem conhecido e influente, professor e maestro. Ele foi um benfeitor
para outros compositores, incluindo Richard
Wagner, Hector Berlioz, Camille Saint-Saëns, Edvard Grieg
e Aleksandr Borodin.
· Igor Stravinsky (1882 – 1971) - compositor,
pianista
e maestro
russo,
um dos mais influentes do séc. XX. Notável pela sua diversidade
estilística. Inicialmente adquiriu fama internacional com três ballets
("O Pássaro de
Fogo") (1910), Petrushka (1911/1947), e s ("A Sagração da Primavera")
(1913). Na sua fase neo-clássica abandona as grandes orquestras exigidas pelos
balés, voltando-se para os instrumentos de sopro, o piano, o coral e s obras de
câmara, nesta fase compões Orpheus.
· Harrison Birtwistle (1934 - ) - compositor
contêmporaneo britânico. Compôs The Mask of Orpheus (1984),
ópera e gravação, vencedor do Grawemeyer Award de 1987 (composição Musical)
entre outras óperas e orquestras.
Devido à omnipresença do mito de Orfeu,
muitas interpretações também estão relacionadas com interpretações anteriores:
a ópera de dança de Pina Bausch, Orpheus und Euridike, mostra a coreografia original
definida no Orfeo ed Euridice de Gluck. Baz
Luhrmann, em comentários de DVD para o filme de 2001, Moulin Rouge !,
caracteriza o filme como, em parte, um conto de um herói órfico (neste caso um
compositor) que embarca em uma visita ao submundo (neste caso, o demi- monde em torno de Paris
Montmartre) em busca de sua fortuna e, finalmente, tenta o resgate de
seu amor condenado. O filme adapta-se a uma peça conhecida da opereta cômica Orphée aux enfers (Orfeu no Submundo) de Jacques Offenbach, identificada com o já popular can-can. O trabalho de ópera de Offenbach já havia parodiado o conto clássico da
tentativa de salvamento de Orpheus de Eurídice de Pluto
(Hades).
Entre outras na música, interpretaçoes
feministas [72] e como a obra de Vinicius de Moraes, Orfeu da
Conceição, mais tarde adaptada por Marcel Camus no filme Orfeu Negro de 1959,
conta a história no contexto moderno de uma favela no Rio de Janeiro durante o
Carnaval. Entre outras... [73]
[74]
Notes
1.
Geoffrey Miles, Classical
Mythology in English Literature: A Critical Anthology (Routledge, 1999), p.
54ff.
2.
Poulaki-Pandermali,
Efi. Leivithra. Greek Ministry of Culture, 2008,
3.
Pausanias, Description of Greece, Corinth,
2.30.1
4.
Fritz Graf and Sarah Iles
Johnston, Ritual Texts for the Afterlife: Orpheus and the Bacchic Gold
Tablets (Routledge, 2007), p. 167, while taking note of depictions in Greek
art, particularly vase painting, that show Orpheus
attired as a Greek, often in contrast to those in Thracian dress around him.
5.
"Attributed to the Painter of London E
497: Bell-krater (24.97.30) – Heilbrunn Timeline of Art History – The
Metropolitan Museum of Art". metmuseum.org.
6.
Ibycus, Fragments 17
(Diehl); M. Owen Lee, Virgil as Orpheus: A Study of the Georgics State University of New York
Press, Albany
(1996), p. 3.
7.
Kathleen Freeman, Ancilla to the Pre-Socratic Philosophers, Harvard University Press (1948), p. 1.
8.
Aristotle; W. D. Ross; John
Alexander Smith (1952). The Works of Aristotle. XII – Fragments. Oxford: Clarendon Press.
p. 80.
10. Pindar fragment 126.9.
11. Pseudo-Apollodorus, Bibliotheke 1.3.2, Argonautica 1.23, and the Orphic
Hymn 24,12.
12. Pseudo-Apollodorus, Bibliotheke 1.3.2; Euripides, Iphigeneia
at Aulis, 1212 and The Bacchae, 562; Ovid, Metamorphoses 11: "with his songs, Orpheus, the bard of Thrace, allured the
trees, the savage animals, and even the insensate rocks, to follow
him>"
13. Others to brave the nekyia were Odysseus, Theseus and Heracles; Perseus also overcame Medusa in a chthonic setting.
14. A single literary epitaph, attributed to the sophist Alcidamas, credits Orpheus with the invention of writing. See Ivan
Mortimer Linforth, "Two Notes
on the Legend of Orpheus", Transactions and Proceedings of the American
Philological Association 62, (1931):5–17).
15. Apollodorus (Pseudo Apollodorus), Library and Epitome, 1.3.2. "Orpheus also invented the mysteries of Dionysus, and having been
torn in pieces by the Maenads he is buried in Pieria."
16. Apollonius, Argonautica, passim.
17. Apollodorus, Library and Epitome,
2.4.9, This Linus was a brother of
Orpheus; he came to Thebes
and became a Theban.
18. William Godwin
(1876). "Lives of the Necromancers". p. 44.
19. Bertrand Russell (1947). History of Western Philosophy.
20. Strabo, Geography Book 7, Chapter 7 "The city Dium, in the foot-hills of Olympus, is not on the shore
of the Thermaean Gulf, but is at a distance of as much as
seven stadia from it. And the city Dium has a village near by, Pimpleia, where
Orpheus lived. At the base of Olympus is a
city Dium. And it has a village near by, Pimpleia. Here lived Orpheus, the
Ciconian, it is said — a wizard who at first collected money from his music,
together with his soothsaying and his celebration of the orgies connected with
the mystic initiatory rites, but soon afterwards thought himself worthy of
still greater things and procured for himself a throng of followers and power.
Some, of course, received him willingly, but others, since they suspected a
plot and violence, combined against him and killed him. And near here, also, is
Leibethra."
21. Archaic Period (Greek Literature, Volume 2) by Gregory Nagy, ISBN 0-8153-3683-7, p. 46
22. Index in Eustathii commentarios in Homeri Iliadem et Odysseam by
Matthaeus Devarius, p. 8
23. Pausanias,
The Description of
Greece, 6.20.18 "A man of Egypt said that Pelops received something from Amphion
the Theban and buried it where is what they call Taraxippus, adding that it was
the buried thing which frightened the mares of Oenomaus, as well as those of
every charioteer since. This Egyptian thought that Amphion and the Thracian
Orpheus were clever magicians, and that it was through their enchantments that
the beasts came to Orpheus, and the stones came to Amphion for the building of
the wall. The most probable of the stories in my opinion makes Taraxippus a
surname of Horse Poseidon."
24. son of Oeagrus or Apollo and Calliope: Apollod. 1.3.1
25. Pindar, frag. 126, line 9, noted in Kerenyi 1959:280.
26. of Muse Calliope or of daughter of Pierus: Paus. 9.30.4
27. Orpheus and Greek Religion (Mythos Books) by William Keith Guthrie and
L. Alderlink, 1993, ISBN 0-691-02499-5, p. 62
28. Orpheus and Greek Religion (Mythos Books) by William Keith Guthrie and
L. Alderlink, 1993, ISBN 0-691-02499-5, p. 61, "...is a city Dion. Near it is a village called
Pimpleia.It was there they say that Orpheus the Kikonian lived..."
29. Prolegomena to the Study of Greek Religion (Mythos Books), Jane Ellen
Harrison, 1991, ISBN 0-691-01514-7, p. 469, "...and ‘near the city of Dium is a village called Pimpleia where
Orpheus lived..."
30. The Argonautica, book I (ll.
23–34), "First then let us name Orpheus whom once Calliope bare, it is
said, wedded to Thracian Oeagrus, near the Pimpleian height."
31. Strabo, Geography Book 7, Chapter 7 "The city Dium, in the foot-hills of Olympus, is not on the shore
of the Thermaean Gulf, but is at a distance of as much as
seven stadia from it. And the city Dium has a village near by, Pimpleia
32. The Greek Gods, Hoopes And Evslin
, ISBN 0-590-44110-8, ISBN 0-590-44110-8, 1995, p. 77: "His father was a Thracian king; His mother the muse
Calliope. For a while he lived on Parnassus
with his mother and his eight beautiful aunts and there met Apollo who was
courting the laughing muse Thalia. Apollo was taken with Orpheus, gave him his
little golden lyre and taught him to play. And his mother taught him to make
verses for singing."
34. Diodorus Siculus, 4.25.1–2.
35. Pausanias, Description of Greece, Corinth, 2.30.1 [2] Of the gods, the
Aeginetans worship most Hecate, in whose honor every year they celebrate mystic
rites which, they say, Orpheus the Thracian established among them. Within the
enclosure is a temple; its wooden image is the work of Myron,1 and it has one
face and one body. It was Alcamenes,2 in my opinion, who first made three
images of Hecate attached to one another, a figure called by the Athenians
Epipurgidia (on the Tower); it stands beside the temple of the Wingless
Victory.
36. Pausanias, Description of Greece, Laconia,
3.14.1,[5] but the wooden image of Thetis is guarded in secret. The cult of
Demeter Chthonia (of the Lower World) the Lacedaemonians say was handed on to
them by Orpheus, but in my opinion it was because of the sanctuary in Hermione4
that the Lacedaemonians also began to worship Demeter Chthonia. The Spartans
have also a sanctuary of Serapis, the newest sanctuary in the city, and one of
Zeus surnamed Olympian.
37. Pausanias, Description of Greece,
Laconia,
3.13.1, Opposite the Olympian Aphrodite the Lacedaemonians have a temple of the
Saviour Maid. Some say that it was made by Orpheus the Thracian, others by
Abairis when he had come from the Hyperboreans.
38. Pausanias, Description of Greece, Laconia, 3.20.1,[5] Between Taletum
and Euoras is a place they name Therae, where they say Leto from the Peaks of
Taygetus ... is a sanctuary of Demeter surnamed Eleusinian. Here according to
the Lacedaemonian story Heracles was hidden by Asclepius while he was being
healed of a wound. In the sanctuary is a wooden image of Orpheus, a work, they
say, of Pelasgians
39. Katherine Crawford
(2010). The Sexual Culture of the French
Renaissance. Cambridge
University Press.
p. 28. ISBN 978-0-521-76989-1.
40. John Block Friedman
(2000-05-01). Orpheus in the Middle Ages. Syracuse University
Press. p. 9. ISBN 978-0-8156-2825-5.
41. M. Owen Lee, Virgil as Orpheus: A Study of the Georgics, State University
of New York Press, Albany (1996), p. 9.
42. Symposium 179d.
43. Virgil
"The Georgics of Virgil: Fourth Book".
www.sacred-texts.com. Retrieved 11 July 2017.
44. Robert Graves, The
Greek Myths, Penguin Books
Ltd., London
(1955), Volume 1, Chapter 28, "Orpheus", p. 115.
45. Apollonius
of Rhodes, Argonautica, book III: "Let no footfall or barking of dogs cause you to turn
around, lest you ruin everything", Medea warns Jason; after the dread
rite, "The son of Aison was seized by fear, but even so he did not turn
round..." (Richard Hunter, translator).
46. Orpheus and Greek Religion by William Keith Guthrie and L. Alderlink, ISBN 0-691-02499-5, p. 32
47. Wilson, N., Encyclopedia of Ancient Greece, Routledge, 2013, ISBN 113678800X, p. 702: "His grave and cult belong not to Thrace but to Pierian Macedonia, northeast of Mount Olympus,
a region that the Thracians had once inhabited
48. Classical Mythology, p. 279, Mark P. O. Morford, Robert J. Lenardon.
49. Harvard Studies in Classical Philology, volume 88, p. 211
50. Pausanias, Description of Greece,
Boeotia, 9.30.1,[7]The Macedonians
who dwell in the district below Mount Pieria and the city of Dium say that it
was here that Orpheus met his end at the hands of the women. Going from Dium
along the road to the mountain, and advancing twenty stades, you come to a
pillar on the right surmounted by a stone urn, which according to the natives
contains the bones of Orpheus.
51. Pausanias, Description of Greece,
Boeotia, 9.30.1,[8] There is also
a river called Helicon. After a course of
seventy-five stades the stream hereupon disappears under the earth. After a gap
of about twenty-two stades the water rises again, and under the name of Baphyra
instead of Helicon flows into the sea as a
navigable river. The people of Dium say that at first this river flowed on land
throughout its course. But, they go on to say, the women who killed Orpheus
wished to wash off in it the blood-stains, and thereat the river sank
underground, so as not to lend its waters to cleanse manslaughter
52. Patricia Jane
Johnson (2008). Ovid Before Exile: Art and Punishment in the
Metamorphoses. University
of Wisconsin Press.
p. 103. ISBN 978-0-299-22400-4. "by the Ciconian women."
53. Ovid, trans. A. S.
Kline (2000). Ovid: The Metamorphoses. Book XI.
54. Heinrich Wölfflin
(2013). Drawings of Albrecht Dürer. Courier Dover Publications.
pp. 24–25. ISBN 978-0-486-14090-2.
55. Carlos Parada "His head fell into the sea and was cast by the waves upon the island of Lesbos where the Lesbians buried it, and
for having done this the Lesbians have the reputation of being skilled in
music."
56. Recently a cave was identified as the oracle of Orpheus nearby the
modern village of Antissa; see Harissis H. V. et al. "The Spelios
of Antissa; The oracle of Orpheus in Lesvos"
Archaiologia kai Technes 2002; 83:68–73 (article in Greek with English abstract)
58. William Godwin
(1876). "Lives of the Necromancers". p. 46.
59. The Writing of Orpheus: Greek Myth in Cultural Context by Marcele
Detienne, ISBN 0-8018-6954-4, p. 161
60. Pausanias, Description of Greece,
Boeotia, 9.30.1 [11] Immediately
when night came the god sent heavy rain, and the river Sys (Boar), one of the
torrents about Olympus, on this occasion threw
down the walls of Libethra, overturning sanctuaries of gods and houses of men,
and drowning the inhabitants and all the animals in the city. When Libethra was
now a city of ruin, the Macedonians in Dium, according to my friend of Larisa, carried the bones
of Orpheus to their own country.
61. Pausanias, Description of Greece,
Boeotia, 9.30.1,[6] Others have
said that his wife died before him, and that for her sake he came to Aornum in
Thesprotis, where of old was an oracle of the dead. He thought, they say, that
the soul of Eurydice followed him, but turning round he lost her, and committed
suicide for grief. The Thracians say that such nightingales as nest on the
grave of Orpheus sing more sweetly and louder than others.
62. Freeman, Kathleen. Ancilla to the Pre-Socratic
Philosophers, Harvard University
Press (1948), p. 1.
63. Plato. The
Republic 364c–d.
64. Moore, p. 56: "the use of eggs and beans was forbidden, for these
articles were associated with the worship of the dead".
65. Janko, Richard (2006). Tsantsanoglou, K.; Parássoglou,
G.M.; Kouremenos, T., eds. "The Derveni
Papyrus". Bryn Mawr Classical Review. Studi e testi per il 'Corpus dei
papiri filosofici greci e latini'. Florence: Olschki. 13.
66. Mitford, p. 89: "But the very early inhabitants of Greece had a
religion far less degenerated from original purity. To this curious and
interesting fact, abundant testimonies remain. They occur in those poems, of
uncertain origin and uncertain date, but unquestionably of great antiquity,
which are called the poems of Orpheus or rather the Orphic poems [particularly in
the Hymn to Jupiter, quoted by Aristotle in the seventh chapter of his Treatise on the World: Ζευς πρωτος γενετο, Ζευς υςατος, x. τ. ε]; and they are found scattered among the writings of the philosophers
and historians." The idea of a religion "degenerated from original
purity" expressed an Enlightenment idealisation of an assumed primitive state that is one connotation of
"primitivism" in the history of ideas.
67. Guthrie, pp. 17–18. "As founder of mystery-religions, Orpheus was
first to reveal to men the meaning of the rites of initiation (teletai).
We read of this in both Plato and Aristophanes (Aristophanes, Frogs,
1032; Plato, Republic, 364e, a passage which suggests that literary
authority was made to take the responsibility for the rites)". Guthrie
goes on to write about "This less worthy but certainly popular side of
Orphism is represented for us again by the charms or incantations of Orpheus
which we may also read of as early as the fifth century. Our authority is Euripides. We have already noticed the 'charm on the Thracian tablets' in the Alcestis
and in Cyclops one of the lazy and frightened Satyrs, unwilling to help
Odysseus in the task of driving the burning stake into the single eye of the
giant, exclaims: 'But I know a spell of Orpheus, a fine one, which will make
the brand step up of its own accord to burn this one-eyed son of Earth'
(Euripides, Cyclops 646 = Kern, test. 83)."
68. Cobb, Noel. Archetypal Imagination, Hudson,
New York: Lindisfarne
Press, p. 240. ISBN 0-940262-47-9
69. Freiert, William K.
(1991), Pozzi, Dora Carlisky; Wickersham, John M., eds., "Orpheus: A Fugue
on the Polis", Myth and the Polis, Cornell University
Press: 46, ISBN 0-8014-2473-9
70. "Orphic", Macmillan Dictionary for Students, Simon
& Schuster Books For Young Readers, 1984, p. 711. ISBN 0-02-761560-X
71.
Miles, Geoffrey. Classical
Mythology in English Literature: A Critical Anthology, London: Routledge, 1999, p. 57. ISBN
0-415-14755-7
72. Isherwood, Charles (2007-06-19). "The Power of Memory to Triumph
Over Death". New York Times.
73. Gaiman, Neil. The
Sandman #50
74. Rousse
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Premiere of the opera "Orpheus" by Canadian composer John
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Bibliography
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Poetae Epici Graeci. Pars II. Fasc. 1. Bibliotheca Teubneriana, München/Leipzig:
K.G. Saur, 2004. ISBN
3-598-71707-5. review
of this book
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Guthrie, William Keith Chambers, Orpheus and Greek Religion: a Study of the Orphic Movement,
1935.
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Kerenyi,
Karl (1959). The Heroes of the Greeks. New York/London: Thames and Hudson.
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Mitford, William, The History of Greece,
1784. Cf.
v.1, Chapter II, Religion of the Early Greeks.
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Christoph Riedweg,
"Orpheus oder die Magie der musiké. Antike Variationen eines
einflussreichen Mythos", in: Th. Fuhrer / P. Michel / P. Stotz (Hgg.), Geschichten
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Segal, Charles (1989). Orpheus : The Myth of the
Poet. Baltimore: Johns Hopkins
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Smith, William; Dictionary of Greek and Roman Biography and
Mythology, London (1873). "Orpheus"
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West,
Martin L., The Orphic Poems, 1983.
There is a sub-thesis in this work that early Greek religion was heavily
influenced by Central Asian shamanistic practices. One major point of contact
was the ancient Crimean city of Olbia.
·
Wise, R. Todd, A
Neocomparative Examination of the Orpheus Myth As Found in the Native American
and European Traditions, 1998. UMI. The thesis explores Orpheus as a single
mythic structure present in traditions that extend from antiquity to
contemporary times and across cultural contexts.
·
Wroe, Ann, Orpheus:
The Song of Life, The Overlook Press, New York, 2012.
External links
·
The Life and Theology of Orpheus by Thomas
Taylor, including several Orphic Hymns and
their accompanying notes by Taylor
·
Leibethra – The Tomb of Orpheus (in Greek)
·
Greek Myth Comix: The Story of Orpheus A detailed comic-strip retelling of Orpheus by Greek Myth Comix
·
Orphicorum fragmenta, Otto Kern (ed.), Berolini apud Weidmannos, 1922.
Ver também
Era um
oráculo na Grécia antiga, localizado em Thesprotia em uma caverna chamada
Charonium que produzia vapores venenosos (1). O nome da caverna, "Charon's
Cave", reflete a crença de que era uma entrada para Hades, o submundo
grego (2). Em uma versão do mito, Orfeu viaja para Aornum para recuperar sua
esposa, Eurídice, do Hades.(3)
(1) The Oracles of the Ancient World: A Comprehensive
Guide (Duckworth Archaeology) by Trevor Curnow, 2004, page 184,"...
outside it, to the N, there is a place called Aornum, with a sacred cave called
the Charonium which emitted deadly vapours...""
(2) The Greek Myths (Volume 1) by Robert Graves,
1990),page 112: "... He used the passage which opens at Aornum in
Thesprotis and, on his arrival, not only charmed the ferryman Charon..."
(3)
Pausanias, Description of
Greece,Boeotia9.30.1,[6]
Others have said that his wife died before him, and that for her sake he came
to Aornum in Thesprotis, where of old was an oracle of the dead. He thought,
they say, that the soul of Eurydice followed him, but turning round he lost
her. The Thracians say that such nightingales as nest on the grave of Orpheus
sing more sweetly and louder than others.
É um poema
épico grego que data dos séc. V-VI d.C.. É narrado em primeira pessoa em nome
de Orfeu e conta a história de Jason e dos Argonautas. Não se sabe quem é o
verdadeiro autor. O poema é encontrado em manuscritos por conta própria ou em
conjunto com os Hinos Órficos e outros hinos como os Hinos Homéricos e os de Proclus
e Callimachus. Outro trabalho relacionado é o Lithica (descrevendo as
propriedades e o simbolismo de diferentes pedras). A narrativa é basicamente
semelhante à de outras versões da história, como a Argonautica de Apolônio
Rodes (séc III a.C), na qual provavelmente se baseia. As principais diferenças
são a ênfase no papel de Orfeu e uma técnica de narração mais mitológica, menos
realista. Na Argonautica Órfica, ao contrário da de Apolônio, afirma-se que o
Argo foi o primeiro navio já construído. (1)
(1) M. L. West, The Orphic Poems (Oxford:
Oxford University Press, 1983. ISBN 0-19-814854-2)
pp. 37–38.
Libethra ou Leibethra
foi uma cidade próxima ao Olimpo onde Orfeu foi enterrado [1] [2] pelas Musas.
[3] Seu túmulo foi mais tarde destruído por uma inundação do rio Sys. [4] Era
um lugar onde as ninfas libetrianas eram adoradas. Os restos de Libethra foram
encontrados e existe um sítio arqueológico próximo ao Olimpo. [5]
1. Orpheus and Greek Religion
(Mythos Books) by William Keith Guthrie and L. Alderlink, ISBN 0-691-02499-5, 1993, page 34: "... O túmulo
estava perto da cidade de Leibethra no Olimpo ..."
2. The Dictionary of Classical
Mythology by Pierre Grimal and A. R. Maxwell-Hyslop, ISBN 0-631-20102-5, 1996, page 333,"... túmulo. Diziam que
este ficara uma vez em Leibethra e que um oráculo do Dioniso de Thracio havia
previsto ..."
3. Orpheus: Ancient Greek History
by Gregory Zorzos, ISBN 1-4414-6777-7, 2009, page 10: "... As musas os coletaram e os enterraram no
lugar chamado Leibethra: ..."
4. Pausanias, Descrição da
Grécia Booétia, 9.30.1: "Imediatamente quando a noite chegou o deus enviou
fortes chuvas, e o rio Sys (Boar, Javali), uma das torrentes sobre o Olimpo,
nesta ocasião derrubou as paredes de Libethra, derrubou Santuários de deuses e
casas de homens e afogou os habitantes e todos os animais da cidade. Quando
Libethra era agora uma cidade de ruína, os macedônios em Dium, segundo meu
amigo de Larisa, levavam os ossos de Orfeu para o seu próprio país "
5.
Leibethra
A localização de Libethra foi considerada um lugar favorito das Musas, daí
o seu epíteto Libethrides. [6]
6.
Plínio o Velho, a História Natural. “A Tessália Magnésia
se junta, na qual é a fonte de Libethra1. Suas cidades são Iolcos2, Hormenium,
Pyrrha3, Methone4 e Olizon5. O Promontório de Sepias6 está aqui localizado. Em
seguida, chegamos às cidades de Casthanea7 e Spaathathra8, o Promontório de
Æantium9, as cidades de Melibea10, Rhizus e Erymnæ11; A foz do Peneus, as
cidades de Homolium12, Orthe, Thespiæ, Phalanna13, Thaumacie14, Gyrton15,
Crannon16, Acharne17, Dotion18, Melitæa, Phylace19 e Potniæ20. O comprimento de
Epirus, Achaia, Ática e Tessália é dito ter um total de 490 milhas e 287 de
largura. 1 Perto de Libethrum; dizem ser um dos locais prediletos das Musas, de
onde o nome deles "Libethrides". Isto é perto da Goritza moderna.
Em Larisa, ouvi uma outra história, como que sobre o Olimpo está uma cidade
de Libethra, onde a montanha se encontra na Macedônia, não muito longe de que
cidade está o túmulo de Orfeu. Os libterenses dizem ter recebido da Trácia um
oráculo de Dioniso, afirmando que, quando o sol ver os ossos de Orfeu, a cidade
de Libethra seria destruída por um javali. Os cidadãos deram pouca atenção para
o oráculo, pensando que nenhum animal seria grande ou poderoso o suficiente
para levar sua cidade, enquanto um javali era mais ousado do que poderoso.
7.
Pausanias, Descrição da
Grécia Booétia, 9.30.1:
As
Musas também recolheram os fragmentos de seu corpo e os enterraram em
Leibethra, abaixo do Monte Olimpo, onde os rouxinóis cantavam sobre o túmulo.
Os cultos das Musas também estavam localizados em Leibethra. [8] Mundos bem
conhecidos e memorials dedicados a Orfeu estavam lá em grande número. (9)
8.
Jennifer Larson (2001).
Greek Nymphs: Myth, Cult, Lore. p. 169. ISBN 0-19-514465-1.
... had cults of the Muses at several sites in Pieria:
Pimpleia, Olympos, Leibethra, and perhaps Thourion. Leibethra and Pimpleia were
also ...
9.
Jennifer Larson (2001).
Greek Nymphs: Myth, Cult, Lore. p. 169. ISBN 0-19-514465-1.
Quando Alexandre, o Grande, partiu contra a Pérsia, a estátua de cipreste
de madeira [10] de Orfeu diziam que suava.
10. Plut. Alex. 14 “A imagem de Orfeu em Leibethra (feita
de madeira de cipreste) suava profusamente naquela época. A maioria das pessoas
temeu o sinal, mas Aristander pediu que Alexander fosse de bom grado, assegurou
que ele deveria realizar obras dignas de canção e história, o que custaria aos
poetas e músicos muito trabalho e suor para comemorar.”
Operas based on the Orphean myths, and especially the story of Orpheus' journey
to the underworld to rescue his wife, Eurydice, were amongst the earliest examples of the art
form and continue to be written into the 21st century. Orpheus, the Greek hero whose songs could charm both gods
and wild beasts and coax the trees and rocks into dance, has achieved an
emblematic status as a metaphor for the power of music.[1] The following is an annotated list
of operas (and works in related genres) based on his myth. The works are listed
with their composers and arranged by date of first performance. In cases where
the opera was never performed, the approximate date of composition is given.
17th century
·
1600 – Jacopo Peri – Euridice, the first
genuine opera whose music survives to this day.[2]
·
1602
– Giulio
Caccini – Euridice
·
1607 – Claudio
Monteverdi – Monteverdi's L'Orfeo,
widely regarded as the first operatic masterwork.[3]
·
1616 – Domenico Belli – Orfeo dolente, a set of
intermedi
presented between the acts of Tasso's Aminta
·
1619
– Stefano
Landi – La morte d'Orfeo
·
1638 – Heinrich
Schütz – Orpheus und Euridice (music lost)
·
1647 – Luigi Rossi – Orfeo, one
of the first operas to be performed in France. Rossi's own wife died while
he was composing the score.
·
1654
– Carlo d'Aquino – Orfeo
·
1659
– Johann Jakob Löwe von Eisenach – Orpheus von Thracien
·
1672
– Antonio Sartorio – Orfeo
·
1673 – Matthew Locke – Orpheus and Euridice, a masque presented
between the acts of Elkanah Settle's The
Empress of Morocco
·
1676
– Giuseppe di Dia – Orfeo
·
1677
– Francesco della Torre – Orfeo
·
1683 – Johann
Philipp Krieger – Orpheus und Eurydice
·
1683
– Antonio
Draghi – La lira d'Orfeo
·
c 1685 – Marc-Antoine
Charpentier – La descente d'Orphée aux enfers
·
1689
– Bernardo Sabadini – Orfeo
·
1690
– Louis
Lully – Orphée
·
1698
– Reinhard Keiser – Die sterbende Eurydice oder
Orpheus
·
1699
– André
Campra – Orfeo nell'inferni, Italian-language intermedio of Le carnaval de Venise[4]
18th century
·
1701
– John Weldon – Orpheus and Euridice
·
1715
– Johann
Fux – Orfeo ed Euridice
·
1722
– Georg Caspar Schürmann – Orpheus
·
1726
– Georg Philipp Telemann – Orpheus
·
1740 – John
Frederick Lampe – Orpheus and Eurydice
·
c. 1740 – Jean-Philippe
Rameau – (unfinished project)
·
1749
– Giovanni Alberto Ristori – I lamenti
d'Orfeo
·
1750
– Georg Christoph Wagenseil – Euridice
·
1752
– Carl Heinrich Graun – Orfeo
·
1762 – Christoph Willibald Gluck – Orfeo ed Euridice
(French version, Orphée et Euridice, 1774)
·
1767 – François-Hippolyte Barthélémon – The
Burletta of Orpheus
·
1775
– Antonio
Tozzi – Orfeo ed Euridice
·
1776 – Ferdinando
Bertoni – Orfeo ed Euridice (to the same libretto as Gluck's more
famous work)
·
1781
– Luigi
Torelli – Orfeo
·
1785
– Friedrich Benda – Orpheus
·
1786
– Johann Gottlieb Naumann – Orpheus og
Eurydice
·
1788 – Carl Ditters von Dittersdorf – Orpheus der
Zweyte
·
1788
– Johann Friedrich Reichardt – Orpheus
·
1789
– Vittorio Trento – Orfeo negli Elisi
·
1791 – Joseph Haydn – L'anima
del filosofo, ossia Orfeo ed Euridice
·
1791
– Ferdinando Paer – Orphée et Euridice
·
1792
– Yevstigney Fomin – Орфей и Эвридика
·
1792
– Peter
Winter – Orpheus und Euridice
·
1793
– Prosper-Didier Deshayes – Le petit
Orphée (parody of Gluck's opera)
·
1796
– Luigi
Lamberti – Orfeo
·
1796
– Francesco Morolin – Orfeo ed Euridice
·
c.1796, before 1797 – Antoine
Dauvergne – Orphée (not performed)
·
1798 – Gottlob Bachmann – Der Tod des
Orpheus/Orpheus und Euridice
19th century
·
1802
– Carl Conrad Cannabich – Orpheus
·
1807
– Friedrich August Kanne – Orpheus
·
1813 – Ferdinand Kauer – Orpheus
und Euridice, oder So geht es im Olympus zu
·
1814
– Marchese Francesco Sampieri – Orfeo (cantata?)
·
1858 – Jacques Offenbach – Orpheus in the Underworld
·
1860
– Gustav Michaelis – Orpheus auf der Oberwelt
·
1867
– Karl Ferdinand Konradin – Orpheus im Dorfe (operetta)
20th century
·
1907
– Fernando de Azevedo e Silva – A morte de Orfeu
·
1907–16
– Claude
Debussy – (unfinished project)
·
1913 – Jean
Roger-Ducasse – Orphée, premiered at the Palais Garnier in a
production mounted by Ida Rubinstein.
·
1925 – Gian Francesco Malipiero – L'Orfeide,
cycle in 3 parts: I. La morte delle
maschere, II. Sette
canzoni, III. Orfeo
·
1925 – Darius Milhaud – Les
malheurs d'Orphée, chamber opera with
a libretto by Armand Lunel
·
1926
– Ernst
Krenek – Orpheus und Eurydike
·
1932
– Alfredo Casella – La favola d'Orfeo, chamber
opera after Poliziano's
L'Orfeo
·
1951
– Pierre Schaeffer – Orphée 51
·
1953
– Pierre Schaeffer, Pierre
Henry – Orphée 53
·
1978 – Hans Werner Henze – Orpheus
(Viennese version 1986)
·
1986 – Harrison
Birtwistle – The
Mask of Orpheus
·
1993 – Philip Glass – Orphée,
chamber opera with a libretto adapted by the composer from Jean Cocteau's film of the same name
·
1996 – Lorenzo Ferrero – La
nascita di Orfeo, musical action in one act, libretto by Lorenzo Ferrero
and Dario Del Corno, premiered at the Teatro
Filarmonico
21st century
·
2001 – Jonathan Dove – L'altra
Euridice, a 30-minute opera in one act for baritone and ensemble, based on
a story by Italo Calvino,
which retells the Orphean myth from the perspective of Pluto, god
of the underworld.[5]
·
2009 – Harrison
Birtwistle – The
Corridor, a 48-minute chamber opera for
two singers and small ensemble.
·
2015 - John Robertson – Orpheus, an hour-long masque in 6 scenes
commissioned and performed by Rousse
State Opera[6]
References
Notes
1.
Agnew (2008) pp. 7–10
2.
Rosand, "Opera: III. Early opera,
1600–90"
3.
Whenham (1986) p. xi
4.
Le carnaval de Venise, Le
magazine de l'opéra baroque , performance details (French)
6.
Rousse
State Opera. ("World Premiere of the opera
"Orpheus" by Canadian composer John Robertson"). Retrieved 22
February 2016 (Bulgarian).
Sources
·
Agnew, Vanessa, Enlightenment Orpheus: The Power of
Music in Other Worlds, Oxford University
Press, 2008, ISBN 978-0-19-533666-5.
·
Rosand, Ellen,
"Opera: III. Early opera, 1600–90", Grove Music Online, ed. L. Macy (accessed via subscription 27
April 2010)
·
Spencer, Neil, "Anais Mitchell:
Hadestown", The Observer, 25
April 2010 (accessed 27 April 2010)
·
Sternfeld, Frederick W., "Orpheus", Grove
Music Online, ed. L. Macy (accessed via subscription 15 August 2007)
·
Whenham, John, Claudio Monteverdi, Orfeo, Cambridge University Press, 1986. ISBN
0-521-28477-5
External links
·
Reinhard
Kapp, Chronological list of theatrical,
musical, literary, and film works based on the Orpheus myth (in German)
In Greek mythology, the Pierian Spring of Macedonia was sacred to the Muses. As the metaphorical source of knowledge of art and science, it was popularized by a couplet in Alexander Pope's poem "An
Essay on Criticism"
(1709): "A little learning is a dang'rous thing; / Drink deep, or taste
not the Pierian spring."
The Pierian spring is sometimes confused with
the Castalian
Spring.
Classical sources
The sacred spring was said to be in Pieria, a region of ancient Macedonia, also the location of Mount Olympus, and believed to be the home and
the seat of worship of Orpheus.[1] The Muses "were said to have
frolicked about the Pierian springs soon after their birth".[2] [3] The spring is believed to be a
fountain of knowledge that inspires whoever drinks from it.
Ovid provides the tale of the origin of the
Pierian Spring in Metamorphoses V.[4] The Muses – in particular
Urania – tell Minerva how Pegasus struck the earth with his hoof,
from whence the spring arose:
"And where a path, high over the deep sea,
leads the near way, she winged the air for Thebes,
and Helicon haunt of the Virgin Nine. High on
that mount she stayed her flight, and with these words bespoke those
well-taught sisters; “Fame has given to me the knowledge of a new-made
fountain – gift of Pegasus, that fleet steed, from the blood of dread
Medusa sprung – it opened when his hard hoof struck the ground.—It is
the cause that brought me. – For my longing to have seen this fount,
miraculous and wonderful, grows not the less in that myself did see the swift
steed, nascent from maternal blood." To which Urania thus; "Whatever
the cause that brings thee to our habitation, thou, O goddess, art to us the
greatest joy. And now, to answer thee, reports are true; this fountain is the
work of Pegasus," And having said these words, she gladly thence conducted
Pallas to the sacred streams. And Pallas, after she had long admired that
fountain, flowing where the hoof had struck, turned round to view the groves of
ancient trees; the grottoes and the grass bespangled, rich with flowers
unnumbered – all so beautiful she deemed the charm of that locality a
fair surrounding for the studious days of those Mnemonian Maids."[5]
The name of the spring comes from the Pierides,
the gaggle of girls (daughters of King Pierus) who sought a contest with the
Muses. When they lost, they were turned into magpies. Ovid tells this tale
after explaining the origin of the spring in Metamorphoses V.
The metamorphoses into magpies comes at the end of the book:
[662] "The greatest of our number ended
thus her learned songs; and with concordant voice the chosen Nymphs adjudged
the Deities, on Helicon who dwell, should be proclaimed the victors. But the
vanquished nine began to scatter their abuse; to whom rejoined the goddess;
'Since it seems a trifling thing that you should suffer a deserved defeat, and
you must add unmerited abuse to heighten your offence, and since by this
appears the end of our endurance, we shall certainly proceed to punish you
according to the limit of our wrath.' But these Emathian sisters laughed to
scorn our threatening words; and as they tried to speak, and made great
clamour, and with shameless hands made threatening gestures, suddenly stiff
quills sprouted from out their finger-nails, and plumes spread over their
stretched arms; and they could see the mouth of each companion growing out into
a rigid beak. – And thus new birds were added to the
forest. – While they made complaint, these Magpies that defile our
groves, moving their stretched-out arms, began to float, suspended in the air.
And since that time their ancient eloquence, their screaming notes, their
tiresome zeal of speech have all remained."[6]
An early reference to the Pierian spring is
found in the Satyricon of Petronius, from the 1st century AD, at the
end of section 5
[7] Come! Gird up thy soul! Inspiration will then
force a vent
And
rush in a flood from a heart that is loved by the muse! —Translated (by W.C. Firebaugh [8]
Sappho, too, refers to the roses of the Pierian
spring, in her poem "To One Who Loved Not Poetry," in the mid-600
B.C.
[9] But thou shalt ever lie dead,
nor shall there be any remembrance
of thee then or thereafter,
for thou hast not of the roses of Pieria;
but thou shalt wander obscure even
in the house of Hades,
flitting among the shadowy dead.
Pope
Lines 215 to 232 of Pope's
poem read:
"A little learning is a dang'rous thing;
Drink deep, or taste not the Pierian spring:
There shallow draughts intoxicate the brain,
And drinking largely sobers us again.
Fir'd at first sight with what the Muse imparts,
In fearless youth we tempt the heights of Arts,
While from the bounded level of our mind
Short views we take, nor see the lengths behind;
But more advanc'd, behold with strange surprise
New distant scenes of endless science rise!
So pleas'd at first the towering Alps
we try,
Mount o'er the vales, and seem to tread the sky,
Th' eternal snows appear already past,
And the first clouds and mountains seem the last;
But, those attain'd, we tremble to survey
The growing labours of the lengthen'd way,
Th' increasing prospects tire our wand'ring eyes,
Hills peep o'er hills, and Alps on Alps
arise!"
In Greek mythology, it was believed that
drinking from the Pierian Spring would bring you great knowledge and
inspiration. Thus, Pope is explaining how if you only learn a little it can
"intoxicate" you in such a way that makes you feel as though you know
a great deal. However, when "drinking largely sobers" you, you become
aware of how little you truly know.
Later references
The opening stanza also appears in Ray Bradbury's Fahrenheit 451, as Fire Captain Beatty chastizes
Guy Montag, the protagonist, about reading books, which are forbidden in the
society of the novel.
In his poem "Hugh Selwyn Mauberley," Ezra Pound refers to Pierian "roses"
in a critique of the cheap aesthetic of his time, which in his opinion has
replaced a true appreciation of art and knowledge:
"Conduct,
on the other hand, the soul
'Which the highest cultures have nourished'
To Fleet St. where
Dr. Johnson flourished;
'Which the highest cultures have nourished'
To Fleet St. where
Dr. Johnson flourished;
Beside
this thoroughfare
The sale of half-hose has
Long since superseded the cultivation
Of Pierian roses."
The sale of half-hose has
Long since superseded the cultivation
Of Pierian roses."
Sir William Jones (1746–1794) also made reference to
"the fam'd Pierian rill" (a brook or rivulet) in his poem about the
origin of chess, "Caissa".
Henry Miller also made mention of it in his
MOLOCH.
In the David Cronenberg remake of The
Fly, the
protagonist Seth Brundle succumbs to madness and disease as the result of a
hubristic science experiment. During his descent into fanaticism in the movie's
second act, he rants at the short-sightedness of his lover, proclaiming
"drink deep, or taste not the plasma spring!". The usage is ironic;
Brundle's inability to recognise the shortcomings of his knowledge – and
his experiment – ultimately leads to his destruction.
References
1.
Orpheus and Greek Religion (Mythos Books) by
William Keith Guthrie and L. Alderlink, 1993, ISBN 0-691-02499-5, page 62
2.
Classical Mythology in Literature, Art, and
Music (Focus Texts: For Classical Language Study) by Philip Mayerson,2001, page
82: "... the Muses who were said to have frolicked about the Pierian
springs soon after their birth. The Castalian spring on Mount Parnassus
..."
3.
E.C. Marchant, Commentary on Thucydides: Book
2,Πιερίας—between Mt.
Olympus and the Thermaic Gulf,
the original home of the muses and birth-place of Orpheus.
7.
(available online)
8.
[1]
9.
(Available online
*[2])
Pimpleia (Ancient Greek: Πιμπλεία) was a city in Pieria in Ancient Greece, located near Dion and Mount Olympus.[1] Pimpleia is described as a "κώμη" ("quarter, suburb")
of Dion by Strabo.[2] The location of Pimpleia is possibly to be
identified with the modern village
of Agia Paraskevi near Litochoron.[3]
It was renowned as the birthplace and early
abode of Orpheus.[4][5][6] Many springs and memorials dedicated to
Orpheus and Orphic cults.[7] Cults of the Muses were also celebrated,[8] under the epithet Pimpleids (Πιμπληίδες).[9]
References
1.
The Greeks and Greek Civilization by Jacob
Burckhardt, Oswyn Murray, and Sheila Stern, 1999, ISBN 0-312-24447-9, page
137, "... epic, or Pieria, and once lived in the village of Pimpleia, near
Dion. Then the northwestern corner of Asia Minor,
with ..."
2.
Strabo, Geography VII.7
3.
An Inventory of Archaic and Classical Poleis:
An Investigation Conducted by The Copenhagen Polis Centre for the Danish
National Research Foundation by Mogens Herman Hansen, 2005, page 797
4.
Orpheus and Greek Religion (Mythos Books) by
William Keith Guthrie and L. Alderlink, 1993, ISBN 0-691-02499-5, page 62
5.
Orpheus and Greek Religion (Mythos Books) by
William Keith Guthrie and L. Alderlink, 1993, ISBN 0-691-02499-5, page
61, "... is a city Dion. Near it is a village called Pimpleia.It was there
they say that Orpheus the Kikonian lived ..."
6.
Prolegomena to the Study of Greek Religion
(Mythos Books) by Jane Ellen Harrison, 1991, ISBN 0-691-01514-7, page
469, "... and `near the city of Dium
is a village called Pimpleia where Orpheus lived.... ..."
7.
Greek Nymphs: Myth, Cult, Lore by Jennifer
Larson,2001,ISBN 0-19-514465-1,page 169
8.
Greek Nymphs: Myth, Cult, Lore by Jennifer
Larson, 2001, ISBN 0-19-514465-1, page
169: "... had cults of the Muses at several sites in Pieria:
Pimpleia, Olympos, Leibethra, and perhaps Thourion. Leibethra and Pimpleia were
also ..."
9.
Argonautica. Apollonius Rhodius.
George W. Mooney. London. Longmans, Green. 1912. Πιμπληίδος:
Pimpleia in Pieria, a mountain (in later times
a fountain) sacred to the Muses, who were hence called Πιμπληίδες, cf.
Hor. C. 1. 26. 9, “Pimplei dulcis.”
Sir Orfeo is an anonymous Middle English narrative poem, retelling the story of Orpheus as a king rescuing his wife from the fairy king.[1]
History and manuscripts
Sir Orfeo is preserved in three manuscripts: the oldest,
Advocates 19.2.1, known as the Auchinleck
MS. is dated at
about 1330; Harley 3810, is from about the beginning of the fifteenth century;
and Ashmole 61, compiled over the course of several years, the portion of the
MS. containing Sir Orfeo dating around 1488. The beginning of the poem
describes itself as a Breton lai, and says it is derived from a no
longer extant text, the Lai d'Orphey.
The story contains a mixture of the Greek myth of Orpheus with Celtic mythology and folklore concerning fairies, introduced into English via the Old French Breton lais of poets like Marie de France. The Wooing of Etain bears particular resemblance to the
romance and was a probable influence.[2]
The fragmentary Child Ballad 19 "King Orfeo" is
closely related to this poem, the surviving text containing only portions of
the known story.[3]
Synopsis
Sir Orfeo, king in England, loses his wife Heurodis (i.e. Eurydice) to the fairy king, who steals her away from
under an ympe-tre (a tree propagated by grafting), probably an apple or cherry tree. Heurodis
had visited the orchard the day before, accompanied by two maidens, to sleep
beneath the shade of its branches, but when she had awoken from her midday nap,
she was so distressed that they had to call for the help of knights to restrain
her. In her sleep, she had been visited by the king of the Otherworld, she claimed, who was intent upon
taking her to his underworld kingdom. Now, a day later, she is
in the orchard again, as the king of the Otherworld has instructed her to be,
and despite a posse of armed knights surrounding and protecting her, she
vanishes away.
Orfeo, distraught by this, leaves his court and
wanders alone in a forest. He has left his steward in charge of the kingdom and
seems to have no intention of returning to his capital city of Winchester (in southern England, the old capital of the Anglo-Saxon kingdom of Wessex). Winchester
was called Thrace
in those days, we are assured. Sir Orfeo leaves instructions that when they
learn of his death, they should convene a parliament and choose a new king.
Sir Orfeo wanders in the forest for many years,
sleeping on the bare earth and living on berries and fruits in summer, roots
and the bark of trees in winter, until after ten years, he sees Heurodis riding
past in the company of a fairy host. She is riding with sixty ladies, with not
a man among them, hawking by a river. He follows these ladies into a cliff and
travels for three miles through the rock until he emerges into a fairy kingdom,
a flat expanse of countryside presided over by a magnificent castle, built from
gold and crystal and glass. He is allowed into the castle by the gatekeeper and
looking all about, he sees, lying inside these castle walls, people who had
been thought to be dead, but who were not:
"Than he gan bihold about al,
And seighe liggeand within the wal
Of folk that were thider y-brought
And thought dede, and nare nought." [4]
Some were headless, others had been
drowned or burned:
"Sum stode withouten hede...
And sum were in water adreynt,
And some with fire al forschreynt." [5]
Amongst these bodies he sees his dear wife
Heurodis, asleep again. Despite suffering a rebuke by the king for being the
only person ever to have entered this castle without having been summoned, Sir
Orfeo entertains the fairy king by playing his harp and the fairy king, pleased with Orfeo's
music, offers him the chance to choose a reward: he chooses Heurodis. Despite
initial protestations by the king, Sir Orfeo reminds him that he gave him his
word and Sir Orfeo returns with Heurodis to Winchester:
"To Winchester
he is y-come,
That was his owhen cité,
Ac no man knewe that it was he." [6]
Sir Orfeo arrives in Winchester, his own city, but nobody knows
who he is. He takes lodgings with a beggar and, leaving Heurodis safely there,
travels into the city wearing the beggar's clothes, where he is insulted by
many people for his unkempt looks. The steward, however, for the love of Sir
Orfeo, invites this unknown musician into the castle to play his harp. The
final action of the story is the testing of the steward's loyalty upon Sir
Orfeo's return with Heurodis to reclaim his throne. Quickly, the harp is
recognized and Sir Orfeo explains that he found it ten years ago beside the
mutilated body of a man who had been eaten by a lion. Upon hearing this, the
steward faints in distress and grief. The beggar then reveals to the court that
it is Sir Orfeo himself who is speaking to them and when the steward recovers,
he is assured by Sir Orfeo that, if he had been pleased to learn of his death,
he would have had him thrown out of his kingdom. As it is, however, he will
make him his heir. Heurodis is brought to the castle and all the people weep
for joy that their king and queen are alive and well.
Manuscript differences
The three preserved manuscripts Auchinleck
MS., Harley 3810,
and Ashmole 61, each have striking differences present throughout the texts.
The three manuscripts are very similar in the content of the story, however,
there exists a small discrepancy between the Auchinleck and Ashmole
manuscripts: Sir Orfeo's wife is called Meroudys in the Ashmole manuscript, and
is called Heurodus in the Auchinleck Manuscript. While their content is
similar, the manuscripts omit certain lines, and add lines in order to portray
the story more accurately, which may be a result of the time period.
The Auchinleck manuscript was originally
written on 332 Vellum leaves. Most of this manuscript has been mutilated and a
large number of leaves have been cut away. Eight of these missing leaves have
been recovered and the present contents of the volume originally had 52
gatherings of leaves each. This manuscript is the closest to the original
version as it comes and is often known as the "base" text with 604
lines.
The Harley 3180 manuscript was composed of 34
paper folios and only contained six articles: Sir Orfeo and moral and
religious pieces being two of them. The verse on the last folio is written in
sixteenth-century hand with an inscription being: Hic liber olim fuit liber
Wil’mi Shawcler’ et Cur de Badesly Clinton: Eccl’a. The Harleian
Collection version
of Sir Orfeo has only been printed once. It contains only 509 lines
about 100 shorter than the Auchinleck version. Using that as the base text this
Harleian version omits lines 49-50, 166-7, 206-7,241-2,247-50, 293-6, 391-404,
411-12, 439-42, 445-6, 458, 481-2, 485-6, 501-8, 521-2, 527-8, 539-40, 545-52,
555-6, 559-62, 565-82, 585-6, 589-94, 597-602. Passages are also added to this
manuscript: two lines after line 280, two lines after line 468, two lines after
518 and four lines added at the end.
The last manuscript is Ashmole 61, which is a
tall narrow folio containing 162 paper folios. This manuscript contained 41
articles of romance, saints' lives, and various moral and religious pieces. Sir
Orfeo was the 39th article in this manuscript. Using Auchnileck as the base
text, Ashmole omits 19-22, 39-46, 59-60, 67-68, 92-98, 123-4, 177-8, 299-302,
367-79, 394, 397-400, 402-4, 409-10, 481-2, 591-2. Passages are also added: six
lines in the beginning, two after line 104, two after line 120, one before and
after line 132, nine after line 134, one after line 159, two after line 180,
two after line 190, two after line 270, two after line 274, one after line 356,
three after line 296, two after line 416, two after line 468, two after line
476, one before and after line 550, two after line 558, and six at the end. [7]
Folklore elements
The presentation of the Fairies who take
Heroudis here displays Celtic influences in the concept of the space they
inhabit as being a parallel dimension to the everyday world rather than the
Land of the Dead as in the Greek myth of Orpheus and Eurydice. The ability to move between one world and the
other distinguishes the tale as told in its various British versions such as Sir
Orfeo and the Shetland ballad King Orfeo where the captors are
envisaged as inhabitants of a parallel fairy domain rather than as the infernal
region of the Dead ruled over by Hades as in the Greek myth.
Katharine
Briggs sees the
tale as related in British folk narratives as being equally influenced by
Celtic stories such as The
Wooing of Etain as
it is from Classical sources, in particular the version of the story in Ovid’s Metamorphoses which would have been the most
widely available source in Britain in the Middle Ages and for some time after[8]
Commentary
Thrace is identified at the beginning of the poem as
"the old name for Winchester", which effectively announces
that the well-known Greek myth is to be transposed into an English context:
"This king sojournd in Traciens,
That was a cité of noble defens -
For Winchester
was cleped tho
Traciens, withouten no." [9]
The poem's unique innovation, in comparison to
the Orpheus and Eurydice myth, may be that the underworld is not a
world of the dead, but rather a world of people who have been taken away when
on the point of death. In "The Faery World of Sir Orfeo", Bruce Mitchell suggested that the passage was an
interpolation.[10] However, in a seminal article "The Dead
and the Taken" [11] D. Allen demonstrated that the theme of
another world of people who are taken at the point of death (but who are not
dead) is a well-established element in folklore, and thereby shows the complete
folklorisation of the Orpheus story.
Ruth Evans views the lai of Sir Orfeo to be not
just a medieval retelling of Orpheus, but also a work influenced by the
politics of the time; Orfeo has been criticized as a rex inutilis ('useless
king'/roi faneant) a medieval literary motif that links Orfeo with several late
thirteenth- and early fourteenth-century sovereigns, including Edward II and,
in his role as a harpist, as a type of David, the royal figure upon whom many
medieval kings modeled themselves. When Orfeo outcasts himself from society, he
is bringing in the idea of a king being an isolated man. He leaves his kingdom
in the hands of his steward, upsetting the order of things. Orfeo himself is
upset when his wife his taken, and Evans says in her essay that the poem's
narrative syntax, by doubling social order with the classic romance structure
of exile, risk and then reintegration suggests an emotional link to the loss
and recovery of a wife with the loss and recovery of a kingdom. Evans argues
that even if it was not the intention of the author, when read in a cultural
context this interpretation is possible through the concept of the “political unconscious”[12]
Patricia Vicari, in her essay Sparagmos:
Orpheus Among the Christians, says that in Sir Orfeo Orpheus the
hero is very Celticized, and says that the fate of Queen Heurodis is similar to
the fates of other Celtic heroines. Instead of having a Christian take on the
myth, Vicari says, Sir Orfeo sticks to a rather pantheistic view, where
the fairy king of Celtic literature rules over the underworld as neither good
nor bad - as opposed to J. Friedman, who argues that Christian undertones
relate Heurodis to Eve taken away by Satan in the form of a fairy king. This
Christian reading does not translate well overall, however: the Otherworld is
described as attractive as well as menacing, and the fairy king is more a force
of nature than an evil villain. Heurodis is also not being punished for any
kind of sin or transgression, nor is she necessarily the victim of a targeted
attack, but was merely in the wrong place at the wrong time.[13]
Similarities and differences with Orpheus
Sir Orfeo takes the core elements of the myth of Orpheus
and changes them into a more modern setting, giving a happy ending to an
otherwise tragic myth.
Similarities
Very similar to Orpheus of myth is the quality
of singing and playing on a stringed instrument that Sir Orfeo exhibits. His
wife, like Eurydice, showed loyalty by resisting advances. In the myth, Orpheus
goes marching down to Tarutus to ask for Eurydice back while Sir Orfeo exiles
himself for ten years until he chances a glimpse of his wife. Another
similarity between these two stories is found in the name of Orfeo's kingdom,
Traciens (Thrace), which
perhaps for the sake of familiarity for the modern readers has been moved to be
the old name of Winchester,
England. Orfeo
obtains the Fairy King's permission to take his wife home with him by using his
beautiful music playing, much the same as Orpheus did in the original Greek
myth.
Differences
Unlike Orpheus who was actually descended from
Gods, Sir Orfeo's parents were just named after Gods. When Sir Orfeo goes to
take his wife back, no condition is issued to not look back at her. Sir Orfeo
exiles himself for ten years, citing not wanting to see any more women after
suffering the loss of his beautiful wife. For Orpheus, this self-exile occurs
after he has lost Eurydice the second time. The loss of Eurydice, and the
saving of Heurodis is the main difference between the tragedy of the original
myth and the romance lai Sir Orfeo.[14]
Similarity with "The Matter of Rome"
This treatment of elements from Greek mythology
is similar to that of the Old French literary cycle known as the Matter of Rome, which was made up of Greek and Roman mythology, together with episodes from the
history of classical
antiquity, focusing
on military heroes like Alexander
the Great and Julius Caesar – where the protagonists were
anachronistically treated as knights of chivalry, not much different from the heroes of the chansons de geste.
Translations
The German-American poet Paul-Henri
Campbell produced a
German translation of Sir Orfeo, using a technique that interprets the
text in terms of the performance practice of the late Middle Ages. Recognizing
the differences between the languages and their historical transformations, Campbell lengthened the
meter. In order to retain the compelling dramatic force of the piece, he
substituted the antiquated couplet rhyme, which was a function of the recital
practice rather than an aesthetic device, by a more flexible dramatic usage of
rhyme.
Following J.R.R. Tolkien's death, his son Christopher
Tolkien found an
unpolished translation of Sir Orfeo and published it in edited form with
Sir Gawain and the Green Knight and Pearl.
Reception
Critics unanimously call Sir Orfeo one
of the best of the English romances. Though retold in a medieval setting, it
seems to lack the concepts that were apparent in other medieval romances.
"It lacks, however, any sense of chivalric values and ideals, and though
the hero undergoes much suffering in the course of the story, this simply
testifies to the power of his [Orfeo's] devotion and is not related to any
scheme of self-realization." [15] The main contribute of the success of the
story comes from the atmosphere of the storytelling. "...its main success
is usually attributed rather to the potency of the magical atmosphere than to
any particular skill on the part of the author.... the poem is an outstanding
example of narrative skill, and the author's artistry is such that his
technical brilliance may be [at first] mistaken for untutored simplicity."
[16]
See also
Secondary Literature
·
Gibbs, A.C. Middle English Romances. N.p:
Northwestern UP, 1966. Print.
·
Bliss, A. J. Sir Orfeo. Oxford: Oxford University Press. 1966.
·
Briggs,
Katharine, "King Orfeo", p249, An Encyclopedia of
Fairies, Hobgoblins, Brownies, Boogies, and Other Supernatural Creatures,. ISBN
0-394-73467-X
·
Brouland, Marie-Therese. Le Substrat celtique du
lai breton anglais : Sir Orfeo. Paris:
Didier Erudition. 1990.
·
Shuldham-Shaw, Patrick, The Ballad King Orfeo. In: Scottish Studie 20: 124*26.
1976.
·
Sisam, Kenneth, Sir Orfeo. In: Fourteenth
Century Verse and Prose. Oxford:
Oxford University Press. 1921.
·
Tolkien, J.R.R., Sir Orfeo. In: Sir Gawain
and the Green Knight, Pearl,
Sir Orfeo. Translated by
J.R.R. Tolkien. New York, Ballantine, 2003.
·
Mitchell, B., "The Faery World of Sir
Orfeo." Neophilologus,
48 (1964), 156-9.
·
Allen, D., "Orpheus and Orfeo: The Dead and the
Taken." Medium Aevum,
33 (1964), 102-11.
External links
- Transcription from the National Library of Scotland Auchinleck manuscript
- Sir Orfeo, edited by Edward Eyre Hunt, Cambridge : Harvard Co-operative Society, 1909.
- Sir Orfeo, from The Middle English Breton Lays, edited by Anne Laskaya and Eve Salisbury (Kalamazoo, Michigan: Medieval Institute Publications, 1995) [repr. in The Broadview Anthology of British Literature: Volume 1, The Medieval Period, ed. by Joseph Black and others (Toronto: Broadview Press, 2006), pp. 214-21].
- King Orfeo
- Translation of Sir Orfeo into Modern English
- Comparison contrast with the Orpheus myth
References
1.
Laura A. Hibbard, Medieval Romance in
England p196 New York Burt Franklin,1963
2.
Laura A. Hibbard, Medieval Romance in England
p197-8 New York Burt Franklin,1963
3.
Francis
James Child, The English and Scottish Popular Ballads,
v 1, p 216, Dover Publications, New York 1965
4.
TEAMS edition of Sir Orfeo, edited by Anne
Laskaya and Eve Salisbury, lines 387-390
5.
TEAMS edition of Sir Orfeo, edited by Anne
Laskaya and Eve Salisbury, lines 391, 397 and 398
6.
TEAMS edition of Sir Orfeo, edited by Anne
Laskaya and Eve Salisbury, lines 478-480
7.
Bliss, A. J. Sir Orfeo. Oxford:
Oxford University Press. 1966.
8.
Briggs, Katherine, 1977 A Dictionary
of Fairies, s
9.
TEAMS edition of Sir Orfeo, edited by Anne
Laskaya and Eve Salisbury, lines 47-50
10.
Mitchell, B (1964). "The Faerie World of Sir Orfeo".
Neophilologus. 48: 156–9.
11.
Allen, D. "Orpheus and Orfeo: The Dead and
the Taken." Medium Aevum, 33 (1964), 102-11.
12.
Evans, Ruth. "Sir Orfeo and Bare
Life." Medieval Cultural Studies. Ed. Ruth Evans, Helen Fulton, David
Matthews. Wales: University of Wales, 2006 198-212. Print.
13.
Vicari, Patricia. "Sparagmos: Orpheus
Among Christians." Orpheus, The Metamorphoses of a Myth. Ed. John Warden. Canada: University of Toronto
Press, 1982 61-83. Print.
14.
Warden, John. "Introduction" Orpheus,
The Metamorphoses of a Myth. Ed. John Warden. Canada:
University of Toronto Press, 1982. viii-ix
15.
Gibbs, A.C. Middle English Romances.
N.p: Northwestern UP, 1966. Print.
16. Bliss, A.J. Sir Orfeo. Oxford University Press, 1966.
Orpheus: Fragments
Ancilla to the Pre-Socratic Philosophers. A
complete translation of the Fragments in Diels, Fragmente der Vorsokratiker by
Kathleen Freeman. Cambridge, Massachusetts:
Harvard University
Press [1948] This text is in the public domain in the US because its copyright was not
renewed in a timely fashion as required by law at the time. The chapters are
numbered as in the Fifth Edition of Diels, Fragmente der Vorsokratiker. The
numbers in brackets are those of the Fourth Edition.
Orpheus lived probably in Thrace,
in pre-Homeric times. Aristotle believed that he never existed; but to other
ancient writers he was a real person, though living in remote antiquity.
Nothing is known of any ancient Orphic
writings. It was believed that Orpheus taught, but left no writings, and that
the epic poetry attributed to him was written in the sixth century by
Onomacritus.
The Orphic literature current in the time of
the Neo-Platonists (third century A.D.) is now thought to be a collection of
writings of different periods and varying outlook, dating from the sixth
century B.C. to the beginning of the Christian era.
A large number of titles survive. 1
There are also a number of gold plates from
tombs, and a few papyrus fragments, which give Orphic instruction to the dead.
1. (Plato, Philebus 66C): In the sixth generation,
cease the ordered arrangement of your song!
2. (Plato, Cratylus 402B, C): Ocean,
fair-flowing, first began marriage, he who married his full sister on the
mother's side, Tethys.
3. (ib. 400B, C: The Orphics explained the name
'sôma' for the body with reference to the verb 'sôzesthai', to keep safe or
guard, the simile being that of a prison).
4 (Plato, Republic 363C: Orphic doctrine on
rewards and punishments in the next world, ascribed to 'Musaeus and his son':
the just are given a life of feasting and everlasting drunkenness, and some say
they shall leave children and grandchildren behind; the unjust are plunged into
mud or made to carry water in sieves).
5. (ib. 364E: The Orphic books give instruction
on purification, both private and communal, by means of sacrifice both for the
living and the dead. These they call 'Teletai', 'rites of initiation', which if
performed will save us from hurt in the next world, whereas if we fail to
perform them, dire pains await us).
5a. (Plato, Laws 669D: on incompatible elements
in music. Poets who mixed up such elements in their compositions would provoke
the laughter of all men who, as Orpheus says) have come to the time of
enjoyment.
6. (ib. 715E: as the ancient saying goes) God
holds the beginning and end, and the middle of all existing things.
6a. (ib. 829D: Nobody is to sing a song not
approved by the Guardians, not even if it be sweeter than the hymns of Thamyrus
and Orpheus).
7. (Plato, Symposium 218B: Alcibiades bids the
uninitiated depart. Cp. the Orphic command): Ye uninitiated, close the doors!
8. (Plato, Timaeus 40D: the 'descendants of the
gods', as the Orphics 1 call themselves, give the following account of the
origin of the other gods): The children of Earth and Heaven were Ocean and
Tethys, and from these came Phorcys, Cronos and Rhea, and their contemporaries;
and from Cronos and Rhea came Zeus and Hera and all those whom we know, said to
be their brothers and sisters, and others still, their offspring.
9. (Aristotle, Metaphysics 1071b; 1091b: The Theologoi
generate all things from Night. The ancient poets agree that the Ruler is not
Night and Heaven or Chaos or Ocean, but Zeus).
10. (ib. 983B: the ancient Theologoi made Ocean
and Tethys the parents of Creation, and the oath of the gods in Water, or Styx as they called it).
10a. (Aristotle, de gen. anim. 734a: The so-called epic poems of Orpheus say that the various
organs—heart, lungs, liver, eyes, etc.—were formed successively: for he says
therein that the animals come into being in the same way as a net is woven).
11. (Aristotle, de anima, 410b: Discussion on
whether all living things, including plants, have Soul: in the so-called Orphic
poems, the poet says that Soul is borne along by the winds, and enters from the
Whole when the creatures inhale).
12. (Damascius: The Theologia in Eudemus,
attributed to Orpheus, says nothing about the Intelligible. He gave Night as
the original Element. In the current Orphic Rhapsôdiae, the theology concerning
the Intelligible is roughly as follows: for the One original Element, Time; for
the Two, Aether and Chaos; and in the place of Being, the Egg; this triad come
first. At the second stage comes either the Egg Fertilised, as God, or the
Bright Robe, or the Cloud; from these comes Phanês. At the third stage come
Mêtis as Intellect, Erikepaios as Power, Phanês as Father.
(Achilles: The Orphics say that the Sphere is
like an Egg, the vault of Heaven being the shell, and the Aether the skin).
13. (Damascius: The Orphic theogony given in
Hieronymus and Hellanicus is not the same: it gives the first two elements as
Water and Earth. The third Element was begotten of these two, and was a serpent
having the heads of a bull and a lion with the face of a god in between; it had
wings, and was called Ageless Time, or Unchanging Heracles. With him was united
Necessity or Adrasteia, an element having no body, and spread over the whole
universe, fastening it together. Time, the serpent, produced a three fold
offspring: Aether, Chaos and Erebus; in these, Time begat the Egg. At the third
stage came a god without body, with golden wings, and bulls’ heads on his
flanks, and on his head a huge changing serpent. This theogony sings of
Prôtogonos (First-born), and calls Zeus the Marshaller of All Things).
(Athenagoras: Orpheus was the first theologian.
He gave Water as the beginning of the Whole; from Water came Mud, and from both
came a serpent, Heracles or Time. This Heracles produced a huge Egg, which
split into two, forming Gê (Earth) and Ouranos (Heaven). Heaven united with Earth
and produced the female Fates, and the male Giants and Cyclôpês. Ouranos flung
the males into Tartarus, whereat Earth in anger produced the Titans):
Lady Earth produced the sons of Ouranos, who
are also called Titans, 1 because they have been punished by great starry
Ouranos.
14. (Ps.-Demosthenes: Implacable and reverend
Justice, which Orpheus, who revealed to us the most holy rites, says is seated
beside the throne of Zeus and looks upon all mortal happenings).
Is. (Marmor Parium: From the time when . . . 2
son published his poem, the Rape of Persephone and the search of Demeter and
the gift of corn to men).
(Orphic Argonautica: The wandering of Demeter,
her sorrow for Persephone, and her lawgiving).
15a. (Berlin Papyrus: paraphrase of an Orphic
version of the Hymn to Demeter):
Orpheus was the son of Oiagros and the Muse
Calliopê; and the Lord of the Muses, Apollo, nodded towards him so that he
became inspired and wrote his Hymns, which to a slight extent Musaeus corrected
and wrote down, and he gave the sacred rites (orgies) of Orpheus to be revered
by Greeks and barbarians, being deeply concerned with rites, purifications and
oracles. The goddess Demeter . . . whom Orpheus gave as the sister of Zeus,
others as the mother. There is no need to recall these things to the
recollection of the pious.
(Homer's Hymn to Demeter, 418, 420-3 follow.)
(After the Rape of Persephone) Demeter mourns
for her daughter. Calliope and Cleisidicê and Dêmonassa having come with the
queen to get water, inquire of Demeter as if she were a mortal—though Musaeus
says in his poems that she joined them because of some need.
(Demeter nurses Dêmophon, infant son of the
queen Baubô: she anoints him with oil and cradles him in the fire. Baubô sees
this and screams. Demeter says):
'Foolish and wretched mortals, having
foreknowledge neither of the evil nor of the good in prospect for you!'
(The baby is burnt up. The goddess reveals
herself):
'I am Demeter, bringer of seasons, of bright
gifts. What god of heaven, or who among mortal men, has seized Persephone and
reft her dear soul?'
(The homecoming of Celeus, and story of
Triptolemus)
Whence it (the poem) is called 'The Descent'
(into Hades).
16. (Apollonius Rhodius, 'Argonautica', I. 494: Orpheus, having lifted up his lyre, tried his
song. He sang that Earth and Heaven and Sea formerly were fitted together into
one form, and separated through destructive Hate; and that there are, as a
perpetual sign in the Aether, the stars, the moon and the paths of the sun; and
how the mountains rose, and how the singing rivers with their nymphs and all
things that move were created. And he sang how first of all Ophiôn and Eurynomê
daughter of Ocean held sway on snowy Olympus, and one was like Cronos in
honour, with his power and might, and the other like Rhea; but they fell into
the streams of Ocean. These then (Cronos and Rhea) for a while ruled over the
Titans, blessed gods, while Zeus was still young, still thinking as a child,
and was dwelling in the Dictaean cave, and the earth-born Cyclopes had not yet
strengthened him with bolt, thunder and lightning, which give glory to Zeus.
Gold plates from tombs in Italy and Crete.
1
17. (From Petelia, fourth-third century B.C.)
You will find a spring on the left of the halls
of Hades, and beside it a white cypress growing. Do not even go near this
spring. And you will find another, from the Lake of Memory,
flowing forth with cold water. In front of it are guards. You must say, 'I am
the child of Gê (Earth) and of starry Ouranos (Heaven); this you yourselves
also know. I am dry with thirst and am perishing. Come, give me at once cold
water flowing forth from the Lake
of Memory.' And they
themselves will give you to drink from the divine spring, and then thereafter
you shall reign with the other heroes.
17a. (From Eleuthernae (Crete),
second century B.C.)
A
I am dry with thirst and am perishing.
B
Come, drink, I pray, from the ever-flowing spring on the right, where the
cypress is. Who are you, and whence?
A
I am the son of Earth and starry Heaven.
18. (From Thurii, fourth-third century B.C.)
I come from the pure, O pure Queen of the
earthly ones, Euclês, Eubouleus, and ye other immortal gods! I too claim to be
of your blessed race, but Fate and other immortal gods conquered me, (and sent)
the star-smiting thunder. And I flew out from the hard and deeply-grievous
circle, and stepped on to the crown with my swift feet, and slipped into the
bosom of the Mistress, the Queen of the Underworld. And I stepped out from the
crown with my swift feet.
'Happy and blessed one, you shall be a god
instead of a mortal.'
I have fallen as a kid into milk.
19. (From Thurii: for a woman)
I come pure from the pure, Queen of the
Underworld, Euclês, Eubouleus and all other gods! For I too claim to be of your
race. And I have paid the penalty for unjust deeds, whether Fate conquered me .
. . with the thunderbolt and the lightning flash. Now a suppliant I come to
noble Persephone, that she may be kind and send me to the seats of the pure.
19a. (From Rome: for a woman)
I come pure from the pure, Queen of the
Underworld, Euclês, Eubouleus, noble child of Zeus! And I have this gift of
Memory prized by men.
'Caecilia Secundina, come, made divine by the
Law!'
20. (From Thurii)
But whenever a soul leaves the light of the sun—enter
on the right where one must if one has kept all (the laws) well and truly.
Rejoice at the experience! This you have never before experienced: you have
become a god instead of a man. You have fallen as a kid into milk. Hail, hail,
as you travel on the right, through the holy meadow and groves of Persephone!
21. (From the same place).
To Earth, first-born Mother, Cybelian Korê
said: . . . Of Demeter . . . All-seeing Zeus.
O Sun, Fire, you went through all towns, when
you appeared with the Victories and Fortunes and all-wise Fate, where you
increase the brightness of the festival with your lordship, O glorious deity!
By you are all things subdued, all things overpowered, all things smitten! The
decrees of Fate must everywhere be endured. O Fire, lead me to the Mother, if
the fast can endure, to fast for seven nights and days! For there was a
seven-day fast, O Olympian Zeus and all-seeing Sun . . .
22. (Clement of Alexandria: Orphic terms from the poem On
Orpheus by Epigenes).
Shuttles with bent carriages
(ploughs)
Warp-threads (furrows)
Thread (seed)
Tears of Zeus (rain)
Fates clothed in white (phases of
the moon)
Little flower (spring)
Workless (epithet of night)
Gorgonian (epithet of the moon,
because of the face in it.)
Aphrodite (time for seed-sowing)
23. (Papyrus, third century B.C.)
. . . in order that he may find
. . on account of the rite they paid
the penalty of their fathers. Save me, Brimô, Demeter Rhea, and armed Curêtês!
. . .
So that we may perform beautiful
sacrifices . . .
Goat and bull, limitless gifts . . .
And by the law of the river. . .
Of the goat, and let him eat the
rest of the flesh. Let no uninitiated look on!
. . . dedicating to the . . .
. . prayer . . .
I call on . . . and Eubouleus, and
call the (Maenads) who cry Euoi . . .
You having parched with thirst the
friends of (the feast). . .
. . . of Demeter and Pallas for us .
. .
King Irekepaigos, save me, (Phanes)!
(The end is mutilated, but there is a reference
to the toys of Dionysus): top, rattle, dice-bones, or mirror.
Footnotes
1:1 For list and discussion, see Companion, pp. 5-8.
2:1 The Orphics are not named here, but are obviously
meant.
3:1 Τιτῆνες from τίνεσθαι.
3:2 'Orpheus, Oiagros’ and Calliope’s (son)' is
supplied in the blank space here.
5:1 See Harrison,
Prolegomena, Appendix by Gilbert Murray; Guthrie, Orpheus and Greek Religion,
pp. 172-31 Freeman, Companion to the Pre-Socratic Philosophers pp. 16-7.
Katabasis (Descent
to the Underworld)
Katabasis or
catabasis (Ancient Greek: κατάβασις, from κατὰ "down" and βαίνω "go") is a descent of
some type, such as moving downhill, the sinking of the winds or sun, a military
retreat, a trip to the underworld, or a trip from the interior of a
country down to the coast. The term has multiple related meanings in poetry,
rhetoric, and modern psychology.
A trip to the coast
The
term katabasis can refer to a trip from the interior of a country down to the
coast (for example, following a river), in contrast to the term "anabasis", which refers to an expedition from a
coastline up into the interior of a country.
The
main meaning given for katabasis by the Oxford English Dictionary (OED) describes "A going down; a
military retreat, in allusion to that of the ten thousand Greeks under Xenophon, related by him in his Anabasis:
1837
DE
QUINCEY Revolt
Tartars Wks. 1862 IV. 112 The Russian anabasis and
katabasis of Napoleon. 1899 Westm. Gaz. 17 May 4/1 Little space is
devoted to the Anabasis; it is, as in the story of Xenophon, the Katabasis
which fills the larger part.
— Oxford English Dictionary - katabasis
In
the opening of Plato's Republic, Socrates recounts "going down" to the port
city of Piraeus, located south of his native Athens. Several scholars, including Allan Bloom, have read this first word, κατέβην ("I went down") as an
allusion to Odysseus' journey into the underworld.
Arts
In
poetry and rhetoric, the term katabasis refers to a
"gradual descending" of emphasis on a theme within a sentence or
paragraph, while anabasis refers to a gradual ascending in emphasis.
John Freccero notes, "In the ancient world, [the] descent in search of
understanding was known as katabasis",[1] thus endowing mythic and poetic
accounts of katabasis with a symbolic significance.
Modern psychology
In
modern psychology, the term katabasis is sometimes used to describe the depression some young men experience.[2] Author Robert Bly proposes in his book Iron John: A Book About Men several reasons for the "catabasis
phenomenon", amongst them the lack of Western initiation rites and the lack of strong father figures and role models.
Trip into the underworld
The
trip to the underworld is a mytheme of comparative
mythology found in
a diverse number of religions from around the world. The hero or upper-world deity journeys to the underworld or to the land of the dead and
returns, often with a quest-object or a loved one, or with
heightened knowledge. The ability to enter the realm of the dead while still
alive, and to return, is a proof of the classical hero's exceptional status as
more than mortal. A deity who returns from the underworld demonstrates eschatological themes such as the cyclical nature
of time and existence, or the defeat of death and the possibility of immortality.[3]
Katabasis is
the epic convention of the hero's trip into the underworld.[4] In Greek mythology, for example, Orpheus enters the underworld in order to bring Eurydice back to the world of the living.
Most
katabases take place in a supernatural underworld, such as Hades or Hell — as in Nekyia, the 11th book of the Odyssey, which describes Odysseus's descent to the underworld. However, katabasis
can also refer to a journey through other dystopic areas, like those
Odysseus encounters on his 10-year journey back from Troy to Ithaca. Pilar Serrano[4] allows the term katabasis to
encompass brief or chronic stays in the underworld, including those of Lazarus, and Castor and Pollux. In this case, however, the katabasis
must be followed by an anabasis (a going or marching up) in order
to be considered a true katabasis instead of a death.
The Odyssey
Odysseus consults the soul of the prophet
Tiresias in his katabasis during the 11th book of the Odyssey.
In
the 11th book of the Odyssey, Odysseus follows the advice of Circe and
consults Tiresias in the land of the dead.[5] During Odysseus' visit, the souls
of many appear to him. The first to appear to Odysseus is Elpenor, his crew member who died prior to leaving
Circe's island. Elpenor asks Odysseus to give him a proper burial, and Odysseus
agrees.[6] The next to appear to Odysseus is
his mother, Anticlea. As Odysseus has been away fighting
the Trojan War for nearly 20 years, he is surprised and saddened by the sight
of her soul.[7]
Tiresias, the soul whom Odysseus came to
see, next appears to him. Tiresias gives him several pieces of information
concerning his nostos (homecoming) and his life after.
Tiresias details Poseidon's anger at Odysseus' blinding of Polyphemos (and the coming troubles as a
consequence), warns Odysseus not to eat the livestock of the god Helios, and prophesies Odysseus' return home to Ithaca and his eventual death at sea at an old age.[8] After Tiresias instructs Odysseus
to allow the spirits he wants to talk to drink the sacrificial blood he used to
find Tiresias, he is again given the chance to see his mother, and she tells him
of the suffering of his family as they await his return home.[9] As his mother leaves, Odysseus is
then visited by a string of souls of past queens. He first sees Tyro, the mother of Pelias and Neleus by Poseidon.[10]
He
next talks to Antiope, the
mother of Amphion
and Zethus (the
founders of Thebes)
by Zeus.[11] Then, he is visited by Alcmene, the mother of Heracles by Zeus, and Heracle's wife Megara.[12] He is also visited by Epicaste, the mother of Oedipus, and Chloris, the queen of Pylos.[13] Odysseus is then visited by Leda, the mother of Castor and Polydeuces and Iphimedeia, mother of the Aloadae by Poseidon.[14] Odysseus then sees a list of women
whom he only briefly mentions: Phaedra, Procris, Ariadne, Maera, Clymene, and Eriphyle, all also lovers of gods or heroes.[15] Next to visit Odysseus is Agamemnon, the king of Mycenae. Agamemnon tells Odysseus of his death by his
wife, Clytemnestra and her lover Aegisthus. He warns Odysseus to return to Ithaca in secret and be
wary of his own wife.[16]
Odysseus
then encounters Achilles, who asks after the well being of
his father, Peleus, and his son, Neoptolemus. Odysseus reassures Achilles of his
son's bravery in fighting the Trojans.[17] Odysseus then begins seeing figures
of dead souls who do not talk directly to him: Ajax, Minos, Orion, Tityos, Tantalus, and Sisyphus.[18] Odysseus ends his visit with
Heracles, who asks about Odysseus' intention in Hades. Odysseus begins to get
fearful as he waits for more heroes and leaves.[19]
The Cumaean Sibyl leads Aeneas to the
Underworld for his katabasis in the Aeneid.
The Aeneid
The
katabasis of Virgil's Aeneid occurs in book 6 of the epic. Unlike
Odysseus, Aeneas seeks to enter the underworld, rather than bring the spirits
of the dead to him through sacrifice. He begins his journey with a visit to the
Cumaean Sibyl (a priestess of Apollo) and asks for her assistance to journey to
the underworld and visit his father.[20] The priestess tells him to find a
golden branch, and if the branch breaks off in his hands, he is fated to go to
the underworld. She also tells Aeneas to bury his dead friend and prepare
cattle for sacrifice.[21] When Aeneas reaches the forest to
find the golden branch, he is guided by birds to the tree, and the branch
breaks into his hand. The branch, however, does not easily break off as the
Sibyl said would happen to a person fated to go to the Underworld - the branch
is described as "cunctantem" ("hesitant"). The implications
of this have been debated by scholars - some arguing that it means that Aeneas
is not as heroic as he needs to be, others arguing that Aeneas has not yet
fulfilled his destiny, and several arguing that he is still a hero, with this
section added purely for drama. Aeneas buries Misenus and he and the Sibyl
prepare a sacrifice to enter the underworld.[22] Aeneas first encounters several
beings and monsters as he enters: Sorrows, Heartaches, Diseases, Senility,
Terror, Hunger, Evil, Crime, Poverty, Death, Hard Labor, Sleep, Evil Pleasures
of Mind, War, Family Vengeance, Mad Civil Strife, Scylla, Briareus, Hydra, Chimaera, Gorgons, Harpies, and Cerberus.[23] Next, Aeneas encounters Charon, the ferryman who leads souls into
the underworld, and the mass of people who are unburied.[24] His first conversation is with
Palinurus, a man of his crew who fell overboard and died on their journey.
Palinurus begs Aeneas to bury him so he can enter the underworld.[25] The Sibyl convinces Charon to carry
them across the river Styx in exchange for the
golden bough.[26] Aeneas encounters Minos pronouncing
judgment on souls and the souls that died for love: Phaedra, Procris, Eriphyle, Evadne, Pasiphae, Laodamia, Caeneus, and Dido.[27] Next, Aeneas sees heroes of battle:
Tydeus, Parthenopaeus, Adrastus, Glaucus, Medon, Thersilochus, Polyboetes, Idaeus, Agamemnon, and Deiphobus.[28] The Sibyl then leads Aeneas to
Elysium, the place for the blessed. On the way, they pass the place for
tortured souls and the Sibyl describes some of the tortured's fates. Tityos has
his liver eaten by a vulture daily. Pirithous and Ixion have a rock constantly
hanging over them at all times. Many others face the punishment of moving
rocks, being stretched, and being tied to wheels.[29] The two then enter the Estates of
the Blest, where they see a utopian land where heroes and good people reside.
There, Aeneas finds his father, who tells him of the rich history of Rome to come.[30]
The Metamorphoses
In
Ovid's poetic collection of mythological stories, he includes accounts of katabasis
as well. In book 4, he includes an account of Juno's descent to Hades to bring
her perceived justice to Ino.[31] Ovid describes Juno's path to the
underworld, noting Cerberus' presence.[32] Juno seeks the Furies (Tisiphone, Megara, and Alecto) to destroy the house of Cadmus, namely Ino and her husband Athamas. While in the underworld, Juno passes several
souls who are being punished in Hades. Hades is also a person, and he needs to
get rid of those souls because he needs them to fully recover. –Tantalus, Sisyphus, Ixion, and the Belides.[33] When the Furies agree to Juno's
request, she happily returns to the heavens where she is purified by Iris.[34]
Orpheus travels out of the underworld followed
by the shade of his wife, Eurydice.
The
next major katabasis in the Metamorphoses occurs in book 5 by Prosperina, the daughter of Ceres who is kidnapped by Dis. As Prosperina is picking flowers,
Dis falls in love with her and decides to grab her and take her to the
underworld in his chariot. Worried about her now-missing daughter, Ceres
becomes distraught and searches for Prosperina.[35]
When
Ceres discovers the kidnapping, she goes to Jove to attempt to get Prosperina back.
He agrees that she should be returned as long as Prosperina has not touched any
food in the underworld. However, she has eaten pomegranate seeds, and cannot be
returned to Ceres.[36] To ensure compromise between Ceres
and Dis, Jove divides the year into halves and commands that Prosperina must
spend equal parts of the year between her mother and her husband. From that
point on, Prosperina makes annual trips to the underworld, spending half the
year there.[37]
Ovid
also briefly mentions the katabasis of Hercules in book 7. Ovid is
telling the etiological story of Medea's poison for Theseus. When Hercules travelled to the underworld to
capture Cerberus as one of his twelve
Labours, Cerberus
spread white foam from his mouths which grew poisonous plants.[38]
The
katabasis of Orpheus in book 10 is the last major
inclusion of the theme by Ovid in the Metamorphoses. Orpheus is
distraught by the death of his wife, Eurydice. He enters the underworld through the Spartan
Gates and visits Dis and Prosperina to beg for the return of his bride.
Overcome by the heartfelt song of Orpheus, Prosperina calls Eurydice to leave
with her husband–on the condition that he does not look back until he reaches
the exit. When he looks back, his wife disappears, and he is pained by grief
for her death a second time.[39]
Mythological characters who make visits to the underworld include
- Enkidu, in a tablet of the Epic of Gilgamesh, usually considered a later addition to the tale
- Gilgamesh descends to the underworld to meet Utnapishtim in a quest for immortality
- Inanna descends to the underworld with gifts to pass through the seven gates of the underworld
- Osiris (see also Book of the Dead)
- The Magician Meryre in Papyrus Vandier (Posener, 1985)
- The return of Persephone, by Frederic Leighton (1891)
- Dumuzid the Shepherd/Tammuz/Adonis is mourned and then recovered by his consort Inanna/Ishtar/Aphrodite
- The god Dionysus, to rescue Semele from Hades,[40] and again in his role as patron of the theater.
- Heracles during his twelfth labor, on which occasion he also rescued Theseus
- Heracles, to rescue Alcestis from Hades
- Hermes, to rescue Persephone from Hades
- Orpheus, to rescue Eurydice from Hades
- Persephone and Demeter
- Psyche
- Odysseus
- Aeneas, to speak to his father in the Aeneid
- Theseus and Pirithous try to abduct Persephone; they fail, and only Theseus is rescued by Heracles
- Jesus, during the Harrowing of Hell
- Jesus in the Pistis Sophia
- Odin
- Baldr
- Hermóðr
- Helreið Brynhildar
- Lemminkäinen's rescue from Tuonela by his mother
Angel showing hell to Yudhisthira
- Pwyll's descent into Annwn in the Welsh Mabinogion
- Preiddeu Annwfn, King Arthur's expedition to Annwfn as recounted in the Book of Taliesin
Other
- Japanese mythology: Izanagi and Izanami in Yomi
- Maya mythology: the Maya Hero Twins
- Mahayana Buddhism: the bodhisattva Avalokiteśvara's descent into a hell-like region after taking on the bad karma of her executioner in pity
- Vedic religion: Ushas (dawn) is liberated from the Vala by Indra
- Hinduism: Emperor Yudhishthira descends into Naraka
- Ohlone mythology (Native American): Kaknu fights Body of Stone
- Yoruba religion: Obatala, the dying-and-rising god of Ifẹ̀, the Yoruba cultural centre
- Religion of the Mongols: King Gesar launches an invasion into the realm of Erlik to save soul of his mother.
Wind
Main article: Katabatic wind
Air
cooled by a glacier flows down the glacier and generates wind movement known as
a katabatic wind. In Antarctica,
katabatic winds perpetually flow off the Antarctic plateau and are channelled
through mountain passes, descending down steep glaciers to the oceans. They
blow at storm force year round.[41]
Notes
- Freccero 1988, p. 108.
- Jung's 1932 Article on Picasso
- Leeming 2005, p. 98; Edmonds III 2004, passim; Collins & Fishbane 1995, passim; and Louden 2011, pp. 197–221
- Serrano 1999, pp. 129–179.
- Homer 1975, 10: 504 – 11: 50.
- Homer 1975, 11: 51–83.
- Homer 1975, 11: 84–89.
- Homer 1975, 11: 90–137.
- Homer 1975, 11: 145–224.
- Homer 1975, 11: 235–259.
- Homer 1975, 11: 260–265.
- Homer 1975, 11: 266–270.
- Homer 1975, 11: 271–285.
- Homer 1975, 11: 298–320.
- Homer 1975, 11: 321–332.
- Homer 1975, 11: 385–461.
- Homer 1975, 11: 466–540.
- Homer 1975, 11: 550–600.
- Homer 1975, 11: 601–640.
- Virgil 2007, 6: 1–124.
- Virgil 2007, 6: 125–155.
- Virgil 2007, 6: 176–267.
- Virgil 2007, 6: 268–294.
- Virgil 2007, 6: 295–332.
- Virgil 2007, 6: 337–383.
- Virgil 2007, 6: 384–416.
- Virgil 2007, 6: 426–451.
- Virgil 2007, 6: 477–534.
- Virgil 2007, 6: 548–636.
- Virgil 2007, 6: 637–901.
- Ovid 2010, 4: 578–617.
- Ovid 2010, 4: 594–617.
- Ovid 2010, 4: 624–634.
- Ovid 2010, 4: 649–659.
- Ovid 2010, 5: 552–615.
- Ovid 2010, 5: 658–712.
- Ovid 2010, 5: 739–746.
- Ovid 2010, 7: 575–595.
- Ovid 2010, 10: 1–110.
- Graves, p. 27 k cites Pausanias Description of Greece 2.31.2
- Climate: The South Pole Stanford Humanities Lab, Retrieved 2008-10-01 Archived 2008-09-20 at the Wayback Machine.
References
- Collins, John J.; Fishbane, Michae l, eds. (1995), Death, Ecstasy, and Other Wordly Journeys, State University of New York
- Edmonds III, Radcliffe G. (2004), Myths of the Underworld Journey: Plato, Aristophanes, and the 'Orphic' Gold Tablets, Cambridge University Press
- Freccero, John (1988), The Poetics of Conversion, Harvard University Press, p. 108, ISBN 0674192265
- Graves, Robert, The Greek Myths, p. 27. k[full citation needed]
- Homer (1975), The Odyssey of Homer, translated by Lattimore, Richmond, New York: Harper & Row
- Leeming, David (2005), The Oxford Companion to World Mythology (online ed.), Oxford University Press, p. 98
- Louden, Bruce (2011), "Catabasis, Consultation, and the Vision: Odyssey 11, I Samuel 28, Gilgamesh 12, Aeneid 6, Plato's Allegory of the Cave, and the Book of Revelation", Homer's Odyssey and the Near East, Cambridge University Press
- Ovid (2010), Metamorphoses, translated by Martin, Charles, New York: W. W. Norton & Company
- Serrano, Pilar González (1999), "Catábasis y resurrección", Espacio, Tiempo y Forma, Serie II: Historia Antigua, 12, Madrid, pp. 129–179
- Virgil (2007), Aeneid, translated by Ahl, Frederick, Oxford: Oxford University Press
Further reading
- Rachel Falconer, Hell in Contemporary Literature: Western Descent Narratives since 1945, EUP, 2005. On modern examples of katabases, or descents to Hell.
Orpheus: The Hymns of Orpheus
THE ORPHIC HYMNS are a collection of 87 short
religious poems composed in either the late Hellenistic (C3rd or C2nd B.C.) or
early Roman (C1st to C2nd A.D.) era. They are based on the beliefs of Orphism,
a mystery cult or religious philosophy which claimed descent from the teachings
of the mythical hero Orpheus.
The Orphic Hymns are a set of
pre-classical poetic compositions, attributed to the culture hero Orpheus,
himself the subject of a renowned myth. In reality, these poems were probably
composed by several different poets. Reminiscent of the Rig-Veda, the Orphic Hymns contain a rich set of clues
about prehistoric European mythology.
This
translation by Thomas Taylor, a British neo-Platonist classicist, is of
additional interest for its introduction and extensive footnotes, which
discuss in great detail Taylors'
philosophy. Taylor, who was considered a bit outside the pale by contemporary
scholars, was an influence on successive generations of occultists such as the
Theosophists and the Golden Dawn, and in the 20th Century such writers as Manly
P. Hall.
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