quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

HIPÓCRATES (460 - 377 a.C.)



Hipócrates (460 a.C. em Cós; † 370 a.C. em Tessália) é considerado por muitos uma das figuras mais importantes da história da Medicina, frequentemente considerado "pai da medicina", apesar de ter desenvolvido tal ciência muito depois de Imhotep, do Egito antigo. É referido como uma das grandes figuras do florescimento intelectual grego, como Demócrito, Sócrates e Aristóteles. Hipócrates era um asclepíade, isto é, membro de uma família que durante várias gerações praticara os cuidados em saúde.

·    Imhotep (c 2655 - 2600 a.C.) - polímata egípcio, serviu ao faraó Djoser da 3.ª Dinastia como vizir, sumo-sacerdote do deus-sol Rá, em Heliópolis. Considerado arquiteto, astrônomo, astrólogo, mago, escriba, engenheiro e médico, embora dizem que outros médicos (Hesy-Ra e Merit-Ptah), foram contemporâneos. Teria construída a pirâmide de degraus de Sakkara. Teria sido filho de Ptá (deus dos arquitetos e artesãos). É o personagem do filem “A Múmia” de 1932 e 1999.

Nascido numa ilha grega, os dados sobre sua vida são incertos ou pouco confiáveis. Parece certo, contudo, que viajou pela Grécia e que esteve no Oriente Próximo.

Nas obras hipocráticas há uma série de descrições clínicas pelas quais se pode diagnosticar doenças como a malária, papeira, pneumonia e tuberculose.[1] Para o estudioso grego, muitas epidemias relacionavam-se com fatores climáticos, raciais, dietéticos e do meio onde as pessoas viviam. Muitos de seus comentários nos Aforismos são ainda hoje válidos. Seus escritos sobre anatomia contêm descrições claras tanto sobre instrumentos de dissecação quanto sobre procedimentos práticos.

Foi o líder incontestável da chamada "Escola de Cós". O que resta de suas obras testemunha a rejeição da superstição, práticas mágicas da "saúde" primitiva, direcionando conhecimentos na saúde ao caminho científico.

Hipócrates fundamentou a sua prática (e a sua forma de compreender o organismo humano, incluindo a personalidade) na teoria dos quatro humores corporais (sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) que, consoante às quantidades relativas presentes no corpo, levariam a estados de equilíbrio (eucrasia) ou de doença e dor (discrasia). Esta teoria influenciou, por exemplo, Galeno, que desenvolveu a teoria dos humores e que dominou o conhecimento até o séc. 18. Sua ética resume-se no famoso Juramento de Hipócrates. Porém, certos autores afirmam que o juramento teria sido elaborado numa época bastante posterior.

·    Galeno de Pérgamo (c. 129 - 217) – ou lt. Claudius Galenus, proeminente médico e filósofo romano de origem grega. Suas teorias influenciaram a ciência médica ocidental por mais de um milênio. Seus relatos de anatomia eram baseados em macacos, já que a dissecação humana era proibida, mas foram insuperáveis até a descrição impressa e ilustrações de dissecções humanas por Andreas Vesalius em 1543. Galeno é tb um precursor da prática da Vivissecção (de um animal vivo) e experimentação com animais. Chegou a ser médico de Marco Aurélio. Entre suas obras: Comentários a Hipócrates, Sobre as seitas, Sobre a melhor doutrina, Sobre a medicina empírica, De anatomicis administrationibus (em quinze volumes), De usu partium corporis humani, Método terapêutico.

Na filosofia prática da medicina atribuída à Hipócrates, e reunida no Corpus Hippocraticum, as doenças, durante um certo tempo, evoluem de forma silenciosa até alcançarem o momento crucial, chamado krisis (crise), momento em que a doença se define, rumo à cura ou não. O bom médico deve identificar o kairós (momento oportuno) de agir. Esse tempo (kairós) não dura muito tempo (khronos) e, portanto, o médico não tem tempo a perder. [2]

O conjunto das obras atribuídas a Hipócrates constitui o Corpus hippocraticum (em pt, Coleção Hipocrática). 70 escritos são reconhecidos como constituintes do corpus, entre os quais os seguintes são considerados os mais importantes:


  • Aforismos
  • Da Medicina Antiga
  • Da Doença Sagrada
  • Epidemias
  • Da Cirurgia
  • Das Fraturas
  • Das Articulações
  • Dos Instrumentos de Redução
  • Dos Ferimentos na Cabeça
  • Prognósticos
  • Dos Ares, Águas e Lugares
  • Do Regime nas Doenças Agudas
  • Das Úlceras
  • Das Fístulas
  • Das Hemorróidas
  • Juramento
  • Lei


 

Juramento de Hipócrates


Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higia e Panacea e por todos os deuses e deusas, a quem conclamo como minhas testemunhas, juro cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.

·          Apolo (mit.) -  deus do Sol, da Medicina da Música;
·          Asclépio ou Esculápio (mit.) – deus da Medicina e da Cura.
·          Higia (mit.) – ou Salus (romana) filha de Apolo, deusa da saúde, limpeza e sanidade (e posteriormente: a Lua)
·          Panaceia - filha de Apolo, deusa da cura. O termo Panacéia (pan (todo) e akos (remédio) )é utilizado para remédio para todos os males.

Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.

Conservarei imaculada minha vida e minha arte.

Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.
Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.

Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.

Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça.

Referências

·          William Oster, The Principles and Practice of Medicine: Designed for the Use of Practitioners and Students of Medicine (1928?), Chapter IV, Tuberculosis, p.306 [google books]
·          Henrique F. Cairus e Wilson A. Ribeiro Jr., Textos hipocráticos: o doente, o médico e a doença, Fiocruz, p.221-222


Corpus Hippocraticum

O Corpus Hippocraticum é uma coletânea de cerca de 60 tratados principalmente do início da Grécia Clássica que embora tenha muitas vezes sua autoria vinculada a Hipócrates de Cós, em seu conjunto não pode ser atribuído a nenhum autor especifico. A obra é considerada um esforço coletivo que engloba grande diversidade filosófica e pluralidade de práticas médicas de variados autores gregos. [1] Essa diversidade contribuiu para que o Corpus Hippocraticum fosse interpretado por meio de múltiplas perspectivas.[2] Os tratados mais antigos da coleção hipocrática são datados, aproximadamente, de 450 a.C. a 430 a.C., enquanto os mais novos seriam dos séc. 4 e 3 a.C. [3] A coleção de aproximadamente 60 livros escrita no dialeto iônico [4] foi inicialmente compilada e catalogada pela escola médica de Alexandria, durante o período helenístico. [5]

 

Origem: autoria e história da publicação


Além de tratados médicos, o Corpus Hippocraticum possui conferências sobre medicina e filosofia, textos para leigos e notas para orientação de alunos de minutas de discursos. [6] Até o séc. 18 foi considerado uma obra básica no ensino da medicina ocidental, e somente as modernas descobertas da ciência do séc. 19 ultrapassaram sua importância nas escolas médicas. [7] Embora a coleção tenha sido tradicionalmente atribuída à Hipócrates de Cós, não é possível afirmar que nenhum dos escritos seja de sua autoria. [8] Alguns especialistas sugerem que muitos textos do Corpus Hippocraticum foram escritos por Pólibo, seu genro. [9] Os mais antigos textos datam de cerca de 440 a.C., e os mais novos, dos séc. 3 e 4 a.C. [10]

Temas gerais das obras


No período da Grécia arcaica, os gregos, provavelmente, cuidavam dos doentes com métodos religiosos, pois acreditavam que a doença e a saúde eram responsabilidades dos deuses. O que mantinha vivo um organismo era a energia vital, presente em todas as partes do corpo.[12] A energia vital era mantida por fatores externos ao corpo, ou seja, por alimentos, bebidas e o ar. Posteriormente, durante os séc. 5 e 6 a.C.[13], desenvolveu-se a teoria de que os componentes do Universo (a água, a terra, o fogo e o ar) e, portanto, do próprio organismo, eram responsáveis pelas características deste e que suas variações quantitativas representavam o “equilíbrio” e o “desequilíbrio”: a saúde e a doença, respectivamente. Durante a Grécia Clássica surgiu entre os filósofos gregos a convicção de que a natureza humana não era exclusivamente dependente dos deuses e que, por esse motivo, era fundamental o conhecimento da essência natural do homem. Os conhecimentos e as doutrinas dos filósofos e dos médicos da Grécia Clássica sobreviveram até hoje, graças, principalmente, à coletânea dos textos hipocráticos da Biblioteca de Alexandria.[14] O Corpus Hippocraticum foi de grande importância para a medicina, pois, com a mudança na Grécia do período arcaico para o clássico, surgiu uma grande preocupação com a razão, o que resultou em uma mudança na visão da medicina em si, fazendo o médico desprender-se do divino.[15] Todavia, suas informações são mais detalhadas sobre a ética médica e de como o médico deve agir em suas consultas em prol do seu paciente. A fisiologia e a anatomia humanas foram relacionadas ao de plantas e animais devido a sua similaridade em certos aspectos pelos estudos dos autores hipocráticos.[16] O corpo humano na época da Grécia antiga não era estudado a fundo, tendo-se assim pouco entendimento. Apenas existem teorias e esquemas que podem ajudar a entender o comportamento sanguíneo e dos humores em meio a uma busca por conhecer melhor internamente o corpo do ser humano. [17]

·          Humores – da Teoria humoral hipocrática ou galénica, da escola de Kos, segundo as quais a vida seria mantida pelo equilíbrio entre 4 humores: sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra, procedentes, respectivamente, do coração, sistema respiratório, fígado e baço. Cada um destes humores teria diferentes qualidades: o sangue seria quente e úmido; a fleuma, fria e úmida; a bílis amarela, quente e seca; e a bílis negra, fria e seca. Segundo o predomínio natural de um destes humores na constituição dos indivíduos, teríamos os diferentes tipos fisiológicos: o popular sanguíneo, o sereno fleumático, o forte colérico e o perfeito melancólico. As doenças se deveriam a um desequilíbrio entre os humores, cuja causa principal seria as alterações devidas aos alimentos, os quais, ao ser assimilados pelo organismo, dariam origem aos quatro humores ou como podemos dizer Teoria Humoral. Entre os alimentos, Hipócrates incluía a água e o ar.

 

Teoria dos Humores


A descoberta mais famosa conhecida sobre os autores hipocráticos passa pela teoria dos quatro humores corporais, conhecidos como: sangue, fleuma, bile negra e bile amarela. O equilíbrio sobre tais humores designavam saúde em uma pessoa, assim como sua instabilidade, a causa de doenças. [18] Isso foi utilizado como método curativo no período clássico da Grécia, onde teve através do tempo sua consolidação no século de Péricles (444 a 404 a. C) onde pelo uso ou não uso de certos alimentos ou líquidos, era possível ter uma regulação através da falta ou excesso do mesmo, o que resultava na cura do indivíduo. [19] Juntamente de tal conhecimento, os humores estão ligados a um elemento da natureza ou órgão específico e também se diferem um dos outros pela proporção entre os elementos. [20] Como exemplo podemos citar o sangue, que é quente e úmido e tem relação com o ar e coração sendo responsável pela alegria pessoal. [21]

 

Principais obras

 

Da natureza do homem


Atribuída a Pólibo (genro de Hipócrates) e figura como um dos textos dos quais a autoria é mais precisa, pois Aristóteles cita um trecho da obra em seu História dos Animais, atribuindo-o a Pólibo.[22] O livro trata principalmente de observações e defende que as doenças não têm uma causa divina, mas sim são causadas pelo desequilíbrio dos quatro humores existentes no corpo humano (sangue, fleuma, bile amarela e bile escura). Ele também recomenda como método de tratamento a sangria, que é a retirada do sangue que estaria causando a doença por estar em excesso. Ele também explica que doenças específicas, como a disenteria, são mais comuns no verão e na primavera pelo sangue estar mais quente nesta época. [23] Também afirma que se uma doença começou por uma parte forte do corpo, como o coração e o cérebro, tem mais chances de ser fatal pois conseguirá se espalhar para as partes fracas mais facilmente. [24]

 

Ares, Águas e Lugares


Tratado redigido no contexto das fusões de ideias helênicas na cidade de Atenas, entre elas, ideias médicas.[25] A obra é atribuída ao final do século V a.C. Assim como Sobre a doença sagrada, o texto é permeados por valores empíricos e laicos que opõem-se com as praticas tradicionais mitológicas anteriormente empregadas.[26] O livro apresenta a dieta como forma de restauração do equilíbrio da natureza humana nos casos em que não é possível restringir o contato com o elemento causador do desiquilíbrio.[27] Ele também nos mostra os muitos elementos que influenciam na medicina, entre eles estão os fatores geográficos como vento, solos, climas e águas em conjunto com as características humanas, sua tendência para o labor e seus hábitos alimentares.[28] A água é considerada parte fundamental para a saúde por mais que algumas variedades também possam transportar conteúdos danosos.[29] A mistura de elementos naturais diversos, sejam eles águas provenientes de fontes distintas ou ventos de direções contrárias, levam à enfermidade, devido ao fato dessas variedades não se misturarem e gerarem conflito interno no corpo do individuo.[30] As mudanças astrais e sazonais eram comumente associadas à modificações patológicas, datas importantes do calendário solar e astral e eram consideradas pontos de mudança do quadro do paciente.[31] A hereditariedade de características é conhecida pelo autor e usada pra explicar a similaridade entre indivíduos de um mesmo povo.[32] Acredita-se que um povo que se assenta em clima ameno e com pouca variação climática entre as estações tenha por consequência aparência e costumes homogeneizados.[33] Enquanto isso, climas diversificados levam a uma diversidade populacional.[34]

 

O Juramento de Hipócrates


O mais famoso texto de todo o Corpus Hippocraticum por sua utilização como espécie de código de ética médico. Como muitos textos, foi escrito no dialeto iônico, por volta dos séculos V e III a.C. O juramento é ainda hoje a base do sistema ético da medicina e uma versão moderna é geralmente usada como parte do rito de passagem do estudante para tornar-se um profissional.[35] Também não podemos atribuir autoria de forma precisa a ele. O Juramento pode ser dividido em três partes principais: invocação, cláusulas e imprecação.[36] Na invocação, faz-se um apelo a Apolo, Asclépio, Hígia e Panaceia, divindades associadas com a prática médica, seguida de um apelo aos outros deuses. As cláusulas são compromissos apresentados de forma sequencial, que o médico deve seguir tanto na esfera pessoal quanto profissional.[37] A imprecação trata-se de um termo de punição para aqueles que não seguirem o juramento feito aos deuses, conforme estabelecidos nas cláusulas.[38]

O Juramento:[39]

"[1a] Juro por Apolo médico, Asclépio, Hígia, Panacéia e todos os deuses e deusas, e os tomo por testemunhas que, conforme minha capacidade e discernimento, cumprirei este juramento e compromisso escrito:
[1b] considerar igual a meus pais aquele que me ensinou esta arte, compartilhar com ele meus recursos e se necessário prover o que lhe faltar; considerar seus filhos meus irmãos, e aos do sexo masculino ensinar esta arte sem remuneração ou compromisso escrito, se desejarem aprendê-la; compartilhar os preceitos, os ensinamentos orais e todas as demais instruções com os meus filhos, os filhos daquele que me ensinou, os discípulos que assumiram compromisso por escrito e prestaram juramento conforme a lei médica, e com ninguém mais; [2] utilizarei a dieta em benefício dos que sofrem, conforme minha capacidade e discernimento, e além disso repelirei o mal e a injustiça; [3] não darei, a quem pedir, nenhuma droga mortal, nem recomendarei essa decisão; do mesmo modo, não darei a mulher alguma pessário para abortar; [4] com pureza e santidade conservarei minha vida e minha arte; [5] não operarei ninguém que tenha a doença da pedra, mas cederei o lugar aos homens que fazem essa prática. [6] Em quantas casas eu entrar, entrarei para benefício dos que sofrem, evitando toda injustiça voluntária e outra forma de corrupção, e também atos libidinosos no corpo de mulheres e homens, livres ou escravos. [7] O que vir e ouvir, durante o tratamento, sobre a vida dos homens, sem relação com o tratamento, e que não for necessário divulgar, calarei, considerando tais coisas segredo. [8] Se cumprir e não violar este juramento, que eu possa desfrutar minha vida e minha arte afamado junto a todos os homens, para sempre; mas se eu o transgredir e não cumprir, que o contrário aconteça."

 

Da doença sagrada


Este livro é um dos primeiros relatos sobre a epilepsia, que naquela época foi explicada como um acúmulo da fleuma nas veias próximas ao cérebro.[40] O autor do livro reitera mais de uma vez que as doenças não tem causa divina, mas sim humana. O autor atesta isso após notar que os tratamentos utilizados, tais como orações e encantamentos, não mostraram efeito. Este pensamento foi fundamental para o desenvolvimento da medicina nos séculos seguintes.[41] O autor também diz que quanto mais sangue há no paciente, menos afetado pela doença ele será. O texto também fala sobre a anatomia que se conhecia do corpo e principalmente do cérebro naquela época.[42]

 

Do médico


Este é um tratado que cita as características éticas do médico e explica diversos métodos terapêuticos, esclarecendo mais detalhadamente o processo cirúrgico, o uso de instrumentos da forma correta e a explicação deles. Fala também do método de cirurgias em meio a guerras e do tratamento de feridas e abscessos. [43]

 

 

Do decoro


Este livro se dedica a explicar o comportamento correto que um médico deve ter em uma consulta: o texto foi escrito ou no séc. 3 ou 4 d.C, e tem possíveis influência da doutrina filosófica do estoicismo. Tendo a sabedoria médica como um dos grandes tópicos, o livro explica a ética médica e a necessidade de uma escolha correta e coerente para um diagnóstico preciso.[44]

 

A lei


Retrata a formação profissional de um médico juntamente com uma explicação sobre o bom e o mal profissional. Aborda também a falta de preparação de certos profissionais, sua falta de comprometimento e a ausência de punição legal contra eles.[45]

Referências (PT)

Referências





  1. Cairus, 2005 p. 25-26
2.        Rebollo, 2006 p. 45 
3.        Rebollo, 2006 p. 47
4.        Rebollo, 2006 p. 50
5.        Rebollo, 2006 p. 48
6.        Rebeiro Jr., 2000, p.1
7.        Rebollo, 2006, p. 79
8.        Cairus, 2005, p. 25-26
9.        Rebollo, 2006, p. 64
10.     Rebollo, 2006, p. 47
11.     Rebollo, 2006, p. 48
12.     Ribeiro, 2000, p.1
13.     Chauí, 2002, p. 136-177
14.     Barbosa; Lemos, 2007, p. 118
15.     Barbosa; Lemos, 2007, p. 118
16.     Barbosa; Lemos, 2007, p. 118; Chauí, 2002, p. 153
17.     Barbosa; Lemos, 2007, p. 118; Chauí, 2002, p. 158
18.     Boylan, 2009, p.1
19.     Chauí, 2002, p. 136; Michael, 2009, p.1
20.     Chauí, 2002, p. 153; Castro; Fernandes, 2005, p. 803
21.     Chauí, 2002, p. 153; Michael, 2009, p.1
22.     Cairus, 2005, p.39
23.     Cairus, 2005, p. 40
24.     Cairus, 2005, p. 41
25.     Cairus, 2005, p. 92
26.     Cairus, 2005, p. 92
27.     Cairus, 2005, p. 93
28.     Cairus, 2005, p. 94
29.     Cairus, 2005, p. 98
30.     Cairus, 2005, p. 101
31.     Cairus, 2005, p. 103
32.     Cairus, 2005, p. 105
33.     Cairus, 2005, p. 108
34.     Cairus, 2005, p. 110
35.     Ribeiro, 2005, p. 153
36.     Castro, 2011, p. 802
37.     Ribeiro, 2005, p. 153
38.     Ribeiro, 2005, p. 154
39.     Ribeiro, 2005, p. 151-152
40.     Castro, 2011, p. 805
41.     Cairus, 2005, p. 64
42.     Cairus, 2005, p. 65
43.     Ribeiro, 2005, p. 190
44.     Ribeiro, 2005, p. 206
45.     Ribeiro, 2005, p.175



Bibliografia
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·         BOYLAN, Michael. Hippocrates. Internet Encyclopedia of Philosophy. Disponível em: http://www.iep.utm.edu/hippocra/. Acesso em: 04/06/2016.
·         CAIRUS, Henrique F.; RIBEIRO JR, Wilson A. Textos Hipocráticos: o doente, o médico e a doença. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2005. 252 p.
·         CASTRO, Fabiano S.; LANDEIRA-FERNANDEZ, J. Alma, corpo e a antiga civilização grega: as primeiras observações do funcionamento cerebral e das atividades mentais. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 24, n. 4, 2011.
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·         LEFER, Gary. Hippocrates Oath. Arion Journal, Boston University. Disponível em: http://www.bu.edu/arion/hippocrates-oath/. Acesso em: 04/06/2016.
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·         JR., W.A. Hipócrates / Do decoro. Portal Graecia Antiqua, São Carlos. Disponível em: http://www.greciantiga.org/arquivo.asp?num=0357. Acesso em: 04/06/2016.

Referências (Inglês)

References

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External links

English translations and Greek/English bilingual editions

·         Loeb edition (1923–1931): vol. 1, vol. 2, vol. 3, vol. 4
·         Hippocrates: Greek texts and English translations from the Perseus Project
·         English translations by Francis Adams: HTML anthology; 1891 edition via Harvard; earlier editions

Other Greek texts

·         Corpus Medicorum Graecorum edition online (1927–2003)
·         Littré edition (1839–1861) via Collection Medic@ (Greek text and French translation): vols. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10
·         Kühlewein edition (1894–1902): Hathi Trust c. 1, c. 2; archive.org vol. 1, vol. 2

Bibliography

·         Gerhard Fichtner, Hippocratic bibliography (2011) (Berlin Academy)

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