Hipócrates
(460 a.C.
em Cós; † 370 a.C. em Tessália)
é considerado por muitos uma das figuras mais importantes da história da
Medicina, frequentemente considerado "pai da medicina", apesar
de ter desenvolvido tal ciência muito depois de Imhotep, do
Egito antigo. É referido como uma das grandes figuras do florescimento
intelectual grego, como Demócrito, Sócrates
e Aristóteles.
Hipócrates era um asclepíade, isto é, membro de uma família que durante
várias gerações praticara os cuidados em saúde.
· Imhotep (c
2655 - 2600 a.C.)
- polímata egípcio, serviu ao faraó Djoser da 3.ª Dinastia como vizir,
sumo-sacerdote do deus-sol Rá, em Heliópolis. Considerado
arquiteto, astrônomo, astrólogo, mago, escriba, engenheiro e médico, embora dizem
que outros médicos (Hesy-Ra e Merit-Ptah), foram contemporâneos.
Teria construída a pirâmide de degraus de Sakkara. Teria sido filho de Ptá
(deus dos arquitetos e artesãos). É o personagem do filem “A Múmia” de 1932 e
1999.
Nascido
numa ilha grega, os dados sobre sua vida são incertos ou pouco confiáveis.
Parece certo, contudo, que viajou pela Grécia e que esteve no Oriente Próximo.
Nas
obras hipocráticas há uma série de descrições clínicas pelas quais se pode
diagnosticar doenças como a malária, papeira, pneumonia e tuberculose.[1]
Para o estudioso grego, muitas epidemias relacionavam-se com fatores climáticos, raciais,
dietéticos e do meio onde as pessoas viviam. Muitos de seus comentários nos Aforismos são ainda hoje válidos. Seus escritos
sobre anatomia contêm descrições claras tanto sobre instrumentos de dissecação
quanto sobre procedimentos práticos.
Foi
o líder incontestável da chamada "Escola de Cós".
O que resta de suas obras testemunha a rejeição da superstição, práticas
mágicas da "saúde" primitiva, direcionando conhecimentos na saúde ao
caminho científico.
Hipócrates
fundamentou a sua prática (e a sua forma de compreender o organismo humano,
incluindo a personalidade) na teoria dos quatro humores corporais (sangue, fleugma ou
pituíta, bílis amarela e bílis
negra) que, consoante às quantidades relativas presentes no corpo, levariam
a estados de equilíbrio (eucrasia) ou de doença e dor (discrasia). Esta
teoria influenciou, por exemplo, Galeno,
que desenvolveu a teoria dos humores e que dominou o conhecimento até o séc. 18.
Sua ética
resume-se no famoso Juramento de Hipócrates. Porém, certos
autores afirmam que o juramento teria sido elaborado numa época bastante
posterior.
· Galeno de Pérgamo (c. 129 - 217) – ou
lt. Claudius Galenus, proeminente médico e filósofo romano
de origem grega. Suas teorias influenciaram a ciência
médica ocidental por mais de um milênio. Seus relatos
de anatomia
eram baseados em macacos, já que a dissecação humana era proibida, mas foram
insuperáveis até a descrição impressa e ilustrações de dissecções humanas por Andreas
Vesalius em 1543. Galeno é tb um precursor da prática da Vivissecção
(de um animal vivo) e experimentação com animais. Chegou a ser médico de Marco
Aurélio. Entre suas obras: Comentários a Hipócrates, Sobre as seitas, Sobre a
melhor doutrina, Sobre a medicina empírica, De anatomicis administrationibus
(em quinze volumes), De usu partium corporis humani, Método terapêutico.
Na
filosofia prática da medicina atribuída à Hipócrates, e reunida no Corpus Hippocraticum, as doenças, durante um
certo tempo, evoluem de forma silenciosa até alcançarem o momento crucial,
chamado krisis (crise), momento em que a doença se define, rumo à cura
ou não. O bom médico deve identificar o kairós (momento oportuno) de
agir. Esse tempo (kairós) não dura muito tempo (khronos) e,
portanto, o médico não tem tempo a perder. [2]
O
conjunto das obras atribuídas a Hipócrates constitui o Corpus hippocraticum (em pt, Coleção
Hipocrática). 70 escritos são reconhecidos como constituintes do corpus,
entre os quais os seguintes são considerados os mais importantes:
- Aforismos
- Da Medicina Antiga
- Da Doença Sagrada
- Epidemias
- Da Cirurgia
- Das Fraturas
- Das Articulações
- Dos Instrumentos de Redução
- Dos Ferimentos na Cabeça
- Prognósticos
- Dos Ares, Águas e Lugares
- Do Regime nas Doenças Agudas
- Das Úlceras
- Das Fístulas
- Das Hemorróidas
- Juramento
- Lei
Juramento de Hipócrates
Eu juro, por Apolo,
médico, por Esculápio, Higia e Panacea e por
todos os deuses e deusas, a quem conclamo como minhas testemunhas, juro
cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar,
tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e,
se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus
próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de
aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos,
das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os
discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.
·
Apolo (mit.) - deus do Sol, da Medicina da Música;
·
Asclépio ou Esculápio (mit.) – deus da Medicina e da Cura.
·
Higia (mit.) –
ou Salus (romana) filha de Apolo, deusa da saúde, limpeza e sanidade (e
posteriormente: a Lua)
·
Panaceia -
filha de Apolo, deusa da cura. O termo Panacéia (pan (todo) e akos (remédio) )é
utilizado para remédio para todos os males.
Aplicarei
os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para
causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal
nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher
uma substância abortiva.
Conservarei
imaculada minha vida e minha arte.
Não
praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação
aos práticos que disso cuidam.
Em
toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o
dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com
as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.
Àquilo
que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade,
eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei
inteiramente secreto.
Se eu cumprir este juramento
com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão,
honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o
contrário aconteça.
Referências
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William Oster, The
Principles and Practice of Medicine: Designed for the Use of Practitioners and
Students of Medicine (1928?), Chapter IV, Tuberculosis, p.306
[google books]
·
Henrique F. Cairus e Wilson A.
Ribeiro Jr., Textos hipocráticos: o doente, o médico e a doença,
Fiocruz, p.221-222
Corpus Hippocraticum
O Corpus Hippocraticum é
uma coletânea de cerca de 60 tratados principalmente do início da Grécia
Clássica que embora tenha muitas vezes sua autoria vinculada a Hipócrates
de Cós, em seu conjunto não pode ser atribuído a nenhum autor
especifico. A obra é considerada um esforço coletivo que engloba grande
diversidade filosófica e pluralidade de práticas médicas de variados autores
gregos. [1] Essa
diversidade contribuiu para que o Corpus Hippocraticum fosse
interpretado por meio de múltiplas perspectivas.[2] Os
tratados mais antigos da coleção hipocrática são datados, aproximadamente, de 450 a.C. a 430 a.C., enquanto os mais
novos seriam dos séc. 4 e 3 a.C.
[3] A
coleção de aproximadamente 60 livros escrita no dialeto iônico [4] foi
inicialmente compilada e catalogada pela escola médica de Alexandria,
durante o período helenístico.
[5]
Origem: autoria e história da publicação
Além
de tratados médicos, o Corpus Hippocraticum possui conferências sobre medicina e filosofia,
textos para leigos e notas para orientação de alunos de minutas de discursos. [6]
Até o séc. 18 foi considerado uma obra básica no ensino da medicina ocidental,
e somente as modernas descobertas da ciência do séc. 19 ultrapassaram sua
importância nas escolas médicas. [7]
Embora a coleção tenha sido tradicionalmente atribuída à Hipócrates de Cós, não
é possível afirmar que nenhum dos escritos seja de sua autoria. [8]
Alguns especialistas sugerem que muitos textos do Corpus Hippocraticum
foram escritos por Pólibo, seu genro. [9]
Os mais antigos textos datam de cerca de 440 a.C., e os mais novos, dos séc. 3 e 4 a.C. [10]
Temas gerais das obras
No
período da Grécia arcaica, os gregos, provavelmente, cuidavam dos doentes com
métodos religiosos, pois acreditavam que a doença e a saúde eram
responsabilidades dos deuses. O que mantinha vivo um organismo era a energia
vital, presente em todas as partes do corpo.[12]
A energia vital era mantida por fatores externos ao corpo, ou seja, por
alimentos, bebidas e o ar. Posteriormente, durante os séc. 5 e 6 a.C.[13],
desenvolveu-se a teoria de que os componentes do Universo (a água, a terra, o fogo e o ar) e, portanto, do
próprio organismo, eram responsáveis pelas características deste e que suas
variações quantitativas representavam o “equilíbrio” e o “desequilíbrio”: a
saúde e a doença, respectivamente. Durante a Grécia Clássica surgiu entre os
filósofos gregos a convicção de que a natureza humana não era exclusivamente
dependente dos deuses e que, por esse motivo, era fundamental o conhecimento da
essência natural do homem. Os conhecimentos e as doutrinas dos filósofos e dos
médicos da Grécia Clássica sobreviveram até hoje, graças, principalmente, à
coletânea dos textos hipocráticos da Biblioteca de Alexandria.[14]
O Corpus Hippocraticum foi de grande importância para a medicina,
pois, com a mudança na Grécia do período arcaico para o clássico, surgiu uma
grande preocupação com a razão, o que resultou em uma mudança na visão da
medicina em si, fazendo o médico desprender-se do divino.[15]
Todavia, suas informações são mais detalhadas sobre a ética médica e de como o
médico deve agir em suas consultas em prol do seu paciente. A fisiologia
e a anatomia
humanas foram relacionadas ao de plantas e animais devido a sua similaridade em
certos aspectos pelos estudos dos autores hipocráticos.[16]
O corpo humano na época da Grécia antiga não era estudado a fundo, tendo-se
assim pouco entendimento. Apenas existem teorias e esquemas que podem ajudar a
entender o comportamento sanguíneo e dos humores em meio a uma busca por
conhecer melhor internamente o corpo do ser humano. [17]
·
Humores – da Teoria
humoral hipocrática ou galénica, da escola de Kos, segundo as quais a vida seria mantida pelo equilíbrio
entre 4 humores: sangue,
fleuma,
bílis amarela
e bílis negra,
procedentes, respectivamente, do coração,
sistema respiratório, fígado
e baço.
Cada um destes humores teria diferentes qualidades: o sangue seria quente e úmido;
a fleuma, fria e úmida; a bílis amarela, quente e seca; e a bílis negra, fria e
seca. Segundo o predomínio natural de um destes humores na constituição dos
indivíduos, teríamos os diferentes tipos fisiológicos: o popular sanguíneo, o sereno
fleumático, o forte colérico
e o perfeito melancólico. As doenças se deveriam a um desequilíbrio entre
os humores, cuja causa principal seria as alterações devidas aos alimentos,
os quais, ao ser assimilados pelo organismo,
dariam origem aos quatro humores ou como podemos dizer Teoria Humoral. Entre os
alimentos, Hipócrates incluía a água
e o ar.
Teoria dos Humores
A
descoberta mais famosa conhecida sobre os autores hipocráticos passa pela
teoria dos quatro humores corporais, conhecidos como: sangue, fleuma, bile negra
e bile amarela. O equilíbrio sobre tais humores designavam saúde em uma pessoa,
assim como sua instabilidade, a causa de doenças. [18]
Isso foi utilizado como método curativo no período clássico da Grécia, onde
teve através do tempo sua consolidação no século de Péricles (444 a 404 a. C) onde pelo uso ou
não uso de certos alimentos ou líquidos, era possível ter uma regulação através
da falta ou excesso do mesmo, o que resultava na cura do indivíduo. [19]
Juntamente de tal conhecimento, os humores estão ligados a um elemento da
natureza ou órgão específico e também se diferem um dos outros pela proporção
entre os elementos. [20]
Como exemplo podemos citar o sangue, que é quente e úmido e tem
relação com o ar e coração sendo responsável pela alegria pessoal. [21]
Principais obras
Da natureza do homem
Atribuída
a Pólibo (genro de Hipócrates) e figura como um dos textos dos quais a autoria
é mais precisa, pois Aristóteles cita um trecho da obra em seu História
dos Animais, atribuindo-o a Pólibo.[22]
O livro trata principalmente de observações e defende que as doenças não têm
uma causa divina, mas sim são causadas pelo desequilíbrio dos quatro humores
existentes no corpo humano (sangue, fleuma, bile amarela e bile escura). Ele
também recomenda como método de tratamento a sangria, que é a
retirada do sangue que estaria causando a doença por estar em excesso. Ele também
explica que doenças específicas, como a disenteria,
são mais comuns no verão e na primavera pelo sangue estar mais quente nesta
época. [23]
Também afirma que se uma doença começou por uma parte forte do corpo, como o coração
e o cérebro,
tem mais chances de ser fatal pois conseguirá se espalhar para as partes fracas
mais facilmente. [24]
Ares, Águas e Lugares
Tratado
redigido no contexto das fusões de ideias helênicas na cidade de Atenas, entre
elas, ideias médicas.[25]
A obra é atribuída ao final do século V a.C. Assim como Sobre a doença
sagrada, o texto é permeados por valores empíricos e laicos que opõem-se
com as praticas tradicionais mitológicas anteriormente empregadas.[26]
O livro apresenta a dieta como forma de restauração do equilíbrio da natureza
humana nos casos em que não é possível restringir o contato com o elemento
causador do desiquilíbrio.[27]
Ele também nos mostra os muitos elementos que influenciam na medicina, entre
eles estão os fatores geográficos como vento, solos, climas e águas em conjunto
com as características humanas, sua tendência para o labor e seus hábitos
alimentares.[28]
A água é considerada parte fundamental para a saúde por mais que algumas
variedades também possam transportar conteúdos danosos.[29]
A mistura de elementos naturais diversos, sejam eles águas provenientes de
fontes distintas ou ventos de direções contrárias, levam à enfermidade, devido
ao fato dessas variedades não se misturarem e gerarem conflito interno no corpo
do individuo.[30]
As mudanças astrais e sazonais eram comumente associadas à modificações
patológicas, datas importantes do calendário solar e astral e eram consideradas
pontos de mudança do quadro do paciente.[31]
A hereditariedade de características é conhecida pelo autor e usada pra
explicar a similaridade entre indivíduos de um mesmo povo.[32]
Acredita-se que um povo que se assenta em clima ameno e com pouca variação
climática entre as estações tenha por consequência aparência e costumes
homogeneizados.[33]
Enquanto isso, climas diversificados levam a uma diversidade populacional.[34]
O Juramento de Hipócrates
O
mais famoso texto de todo o Corpus Hippocraticum por sua utilização como
espécie de código de ética médico. Como muitos textos,
foi escrito no dialeto iônico, por volta dos séculos V e III a.C. O juramento é
ainda hoje a base do sistema ético da medicina e uma versão moderna é
geralmente usada como parte do rito de passagem do estudante para tornar-se um
profissional.[35]
Também não podemos atribuir autoria de forma precisa a ele. O Juramento
pode ser dividido em três partes principais: invocação, cláusulas e imprecação.[36]
Na invocação, faz-se um apelo a Apolo, Asclépio, Hígia e Panaceia, divindades associadas com a prática médica,
seguida de um apelo aos outros deuses. As cláusulas são compromissos
apresentados de forma sequencial, que o médico deve seguir tanto na esfera
pessoal quanto profissional.[37]
A imprecação trata-se de um termo de punição para aqueles que não seguirem o
juramento feito aos deuses, conforme estabelecidos nas cláusulas.[38]
O Juramento:[39]
"[1a]
Juro por Apolo médico, Asclépio, Hígia, Panacéia e todos os deuses e deusas, e
os tomo por testemunhas que, conforme minha capacidade e discernimento,
cumprirei este juramento e compromisso escrito:
[1b]
considerar igual a meus pais aquele que me ensinou esta arte, compartilhar com
ele meus recursos e se necessário prover o que lhe faltar; considerar seus
filhos meus irmãos, e aos do sexo masculino ensinar esta arte sem remuneração
ou compromisso escrito, se desejarem aprendê-la; compartilhar os preceitos, os
ensinamentos orais e todas as demais instruções com os meus filhos, os filhos
daquele que me ensinou, os discípulos que assumiram compromisso por escrito e prestaram
juramento conforme a lei médica, e com ninguém mais; [2] utilizarei a dieta em
benefício dos que sofrem, conforme minha capacidade e discernimento, e além
disso repelirei o mal e a injustiça; [3] não darei, a quem pedir, nenhuma droga
mortal, nem recomendarei essa decisão; do mesmo modo, não darei a mulher alguma
pessário para abortar; [4] com pureza e santidade conservarei minha vida e
minha arte; [5] não operarei ninguém que tenha a doença da pedra, mas cederei o
lugar aos homens que fazem essa prática. [6] Em quantas casas eu entrar,
entrarei para benefício dos que sofrem, evitando toda injustiça voluntária e
outra forma de corrupção, e também atos libidinosos no corpo de mulheres e
homens, livres ou escravos. [7] O que vir e ouvir, durante o tratamento, sobre
a vida dos homens, sem relação com o tratamento, e que não for necessário
divulgar, calarei, considerando tais coisas segredo. [8] Se cumprir e não
violar este juramento, que eu possa desfrutar minha vida e minha arte afamado
junto a todos os homens, para sempre; mas se eu o transgredir e não cumprir,
que o contrário aconteça."
Da doença sagrada
Este
livro é um dos primeiros relatos sobre a epilepsia,
que naquela época foi explicada como um acúmulo da fleuma nas veias
próximas ao cérebro.[40]
O autor do livro reitera mais de uma vez que as doenças não tem causa divina,
mas sim humana. O autor atesta isso após notar que os tratamentos utilizados,
tais como orações e encantamentos, não mostraram efeito. Este pensamento foi
fundamental para o desenvolvimento da medicina nos séculos seguintes.[41]
O autor também diz que quanto mais sangue há no paciente, menos afetado pela
doença ele será. O texto também fala sobre a anatomia que se conhecia do corpo
e principalmente do cérebro naquela época.[42]
Do médico
Este
é um tratado que cita as características éticas do médico e explica diversos
métodos terapêuticos, esclarecendo mais detalhadamente o processo cirúrgico, o
uso de instrumentos da forma correta e a explicação deles. Fala também do
método de cirurgias
em meio a guerras e do tratamento de feridas e abscessos. [43]
Do decoro
Este
livro se dedica a explicar o comportamento correto que um médico deve ter em
uma consulta: o texto foi escrito ou no séc. 3 ou 4 d.C, e tem possíveis
influência da doutrina filosófica do estoicismo.
Tendo a sabedoria médica como um dos grandes tópicos, o livro explica a ética
médica e a necessidade de uma escolha correta e coerente para um diagnóstico
preciso.[44]
A lei
Retrata
a formação profissional de um médico juntamente com uma explicação sobre o bom
e o mal profissional. Aborda também a falta de preparação de certos
profissionais, sua falta de comprometimento e a ausência de punição legal
contra eles.[45]
Referências (PT)
Referências
- Cairus, 2005 p. 25-26
2.
Rebollo, 2006 p. 45
3.
Rebollo, 2006 p. 47
4.
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Rebeiro Jr., 2000, p.1
7.
Rebollo, 2006, p. 79
8.
Cairus, 2005, p. 25-26
9.
Rebollo, 2006, p. 64
10. Rebollo,
2006, p. 47
11. Rebollo,
2006, p. 48
12. Ribeiro,
2000, p.1
13. Chauí,
2002, p. 136-177
14. Barbosa;
Lemos, 2007, p. 118
15. Barbosa;
Lemos, 2007, p. 118
16. Barbosa;
Lemos, 2007, p. 118; Chauí, 2002, p. 153
17. Barbosa;
Lemos, 2007, p. 118; Chauí, 2002, p. 158
18. Boylan,
2009, p.1
19. Chauí,
2002, p. 136; Michael, 2009, p.1
20. Chauí,
2002, p. 153; Castro; Fernandes, 2005, p. 803
21. Chauí,
2002, p. 153; Michael, 2009, p.1
22. Cairus,
2005, p.39
23. Cairus,
2005, p. 40
24. Cairus,
2005, p. 41
25. Cairus,
2005, p. 92
26. Cairus,
2005, p. 92
27. Cairus,
2005, p. 93
28. Cairus,
2005, p. 94
29. Cairus,
2005, p. 98
30. Cairus,
2005, p. 101
31. Cairus,
2005, p. 103
32. Cairus,
2005, p. 105
33. Cairus,
2005, p. 108
34. Cairus,
2005, p. 110
35. Ribeiro,
2005, p. 153
36. Castro,
2011, p. 802
37. Ribeiro,
2005, p. 153
38. Ribeiro,
2005, p. 154
39. Ribeiro,
2005, p. 151-152
40. Castro,
2011, p. 805
41. Cairus,
2005, p. 64
42. Cairus,
2005, p. 65
43. Ribeiro,
2005, p. 190
44. Ribeiro,
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External links
English translations and Greek/English bilingual editions
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Hippocrates: Greek texts and English translations from the Perseus Project
·
English
translations by Francis Adams: HTML anthology; 1891 edition via Harvard; earlier editions
Other Greek texts
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Corpus Medicorum
Graecorum edition online (1927–2003)
·
Littré
edition (1839–1861) via Collection Medic@ (Greek text and French translation): vols. 1,
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6,
7,
8,
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10
Bibliography
·
Gerhard Fichtner, Hippocratic
bibliography (2011) (Berlin Academy)
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