ÉSOPO (620 - 560 a.C.)
Escritor da Grécia Antiga a quem se
atribuí várias fábulas e a paternidade deste como gênero literário. Embora pouco
se saiba sobre sua vida e quanto à origem de suas obras, seus contos se
disseminaram em muitas línguas pela tradição oral. Em muitos de seus escritos, os animais
falam e têm características humanas. As fábulas de Ésopo serviram como base para
recriações de outros escritores ao longo dos séculos, como Fedro (fabulista romano
séc. 1 d.C) e La Fontaine (fabulista francês séc. 17)
· Fedro (séc. I d.C) - Gaius
Iulius Phaedrus, fabulista romano nascido na Macedônia, Grécia. Filho de
escravos, foi alforriado pelo imperador romano Augusto.
Enriqueceu estilisticamente muitas fábulas de Ésopo, a quem se referia como
criador do gênero da fábula. . A sociedade no seu tempo possuia 3 classes: patrícios,
plebeus e escravos. Assim, suas fábulas normalmente sérias ou satíricas, trata
das injustiças, dos males sociais e políticos, expressando as atitudes dos
fortes e oprimidos, mas ocasionalmente breves e divertidas, explicando-nos.
· La
Fontaine (1621 -
1695) - poeta e fabulista francês. Escreveu: Contos, um romance
"Os Amores de Psique e Cupido" e “Fábulas Escolhidas”. Esteve junto aos
dramaturdos Moliére, Racine e Boileau.
Sepultado no cemitério Père-Lachaise, em Paris, ao lado
do dramaturgo
Molière.
Biografia
Teria
nascido no final do séc. 7 a.C.
ou no início do séc. 6 a.C.[1]. Heráclides do Ponto na obra Acerca dos
Samios, afirmava que Ésopo nascera na Trácia. Certo é que morreu em Delfos,
tendo sido executado injustamente, segundo descreve Heródoto
(Histórias, II, 134) e o Suda. Segundo Heródoto, Ésopo foi escravo do filósofo Janto (Xanto), um cidadão de Samos, juntamente
com uma outra escrava chamada Ródope[2].
As
fábulas de Ésopo e outras possivelmente a ele atribuídas foram reunidas pela
primeira vez por Demétrio de Faleros (discípulo de Teofrasto, um discípulo de Aristóteles) no
início do séc. 3 a.C.[3] [4].
· Heráclides de Ponto (390 - 310 a.C) -
filósofo e astrônomo grego que nasceu em Heraclea Pontica,
agora Karadeniz Ereğli, Turquia, e mudou-se para Atenas. Lembrado por propor
que a Terra gire em seu eixo, de oeste para leste, uma vez a cada 24 horas. E
aclamado como o criador da teoria heliocêntrica, embora isso seja duvidoso.
Diógenes Laércio cita que teria forjado peças sob o nome de Thespis e Sófocles.
Simplicius da Cicília (490-560) diz que ele propôs que os movimentos
irregulares dos planetas podem ser explicados se a terra se move enquanto o sol
permanece imóvel.
Aristóteles afirmou na Retórica que Ésopo teria uma vez discursado
na Assembléia de Samos
em defesa de um demagogo [5]. Platão
cita o nome de Ésopo no diálogo Fédon
(60c-61a), o que faz muitos a concluírem que suas fábulas eram muito conhecidas
nesse momento histórico posterior [6].
Fábulas
Entretanto,
foi-lhe atribuído um conjunto de pequenas histórias, de carácter moral e alegórico,
cujos papéis principais eram desenvolvidos por animais. Na Atenas do séc. 5 a.C., essas fábulas eram
conhecidas e apreciadas. Sugeriam normas de conduta que são exemplificadas pela
ação dos animais (e homens, deuses e mesmo coisas inanimadas). Ésopo partia da cultura
popular para compor seus escritos. Os seus animais falam, cometem erros, são
sábios ou tolos, maus ou bons, exatamente como os homens. A intenção era
mostrar como os seres humanos podiam agir, para bem ou para mal.
Referências
2.
Heródoto, Histórias, II 134.
Apud AVELEZA, Manuel. As Fábulas de Ésopo, p. LIV-LV - (em português)
4.
Diogenes Laertios, Vidas e Doutrinas
dos Filósofos Ilustres (Tradução Mario da Gama Kury), p. 147 - (em português)
5.
ARISTÓTELES. Arte Retórica.
Tradução Antônio Pinto de Carvalho. Rio de Janeiro: Editora Ediouro -
Tecnoprint, 1979. - (em português)
Bibliografia
- AVELEZA, Manuel. As Fábulas de Ésopo (Texto Bilíngüe). Rio de Janeiro: Thex, 1999, ISBN 8585575956.
- (em português) Fábulas de Ésopo - Drummond, Regina. Editora Paulus, ISBN 8534905452.
- Diogenes Laertios. Vidas e Doutrinas de Filósofos Ilustres (trad. Mario da Gama Kury). Brasília: UnB, 1987.
- Platão. Fedão. Tradução Carlos Alberto Nunes. Belém: UFPA, 1973.
- O PENSADOR, site, Pesquisado na Internet. Disponível em <http://pensador.uol.com.br/autor/esopo/biografia/> 05/11/2015, . Acesso em 05/11/2015.
Ligações externas
- Obras de Ésopo no Project Gutenberg USA
- Ésopo no site sitio da Bibliotheca Augustana (Augsburgo) (em grego)
- Aesopi Phrygis fabellae Graece & Latine. Basilea, 1524
- Aesopica.net Mais de 600 fábulas de Ésopo em Inglês, acrescido de textos em latim e grego - (em inglês)
- Fábulas en griego (assuntos em (em espanhol)).
- Aesop's Fables - Introduction and notes by D.L.Ashliman (em inglês)
AESOP (do inglês)
Fabulista grego e contador de histórias
creditado com uma série de fábulas agora conhecidas como Fábulas de Ésopo. Embora sua existência não seja clara
e nenhum de seus escritos sobreviveu, numerosos contos lhe foram atribuídos e
reunidos ao longo dos séculos e em muitas línguas em uma tradição narrativa que
continua até hoje. Muitos dos contos são caracterizados por animais e objetos
inanimados que falam, resolvem problemas e geralmente possuem características
humanas.
Detalhes dispersos da vida de Ésopo podem
ser encontrados em fontes antigas, incluindo Aristóteles,
Heródoto e Plutarco. Uma obra literária
antiga chamada O
Romance de Ésopo conta uma versão episódica, provavelmente ficcional
de sua vida, incluindo sua descrição tradicional como um escravo (δοῦλος, doûlos) surpreendentemente feio que por sua
inteligência adquire liberdade e se torna conselheiro de reis e cidades-estado.
Gafias mais antigas de seu nome incluíram Esop(e) e Isope. As descobertas de
Ésopo na cultura popular nos últimos 2500 anos incluíem muitas obras de arte e
sua aparência como personagem em inúmeros livros, filmes, peças e programas de
televisão.
· doûlos - δοûλος, escravo ou
nascido escravo.
Vida
O nome de Ésopo é tão amplamente conhecido
como qualquer um desde a antiguidade greco-romana [ainda], está longe de ser
certo se um Ésopo histórico já existiu ... na última parte do séc. 5 algo como
uma lenda coerente de Ésopo aparece, e Samos parece ser seu lar. - Martin Litchfield West [1]
· Martin L. West (1937 – 2015) –
Professor e estudioso clássico de Oxford.
As primeiras fontes gregas, incluindo Aristóteles, indicam que Esopo nasceu por volta de 620 a.C na Trácia em um local
na costa do Mar Negro que mais tarde se tornaria a cidade de Mesembria. Um número de escritores posteriores do período imperial romano (incluindo
Fedro, que adaptou as fábulas ao latim) dizem que ele nasceu na Frígia. [2] O poeta Calímaco do séc. 3 o chamou de "Ésopo de
Sardis" [3]
e o escritor mais tarde Maximus
of Tiro o chamou de "o
sábio de Lídia". [4]
· Fedro (séc. 1 d.C) - Gaius
Iulius Phaedrus, fabulista romano nascido na Macedônia, Grécia. Filho de
escravos, foi alforriado pelo imperador romano Augusto.
Enriqueceu estilisticamente muitas fábulas de Ésopo, a quem se referia como
criador do gênero da fábula. . A sociedade no seu tempo possuia 3 classes:
patrícios, plebeus e escravos. Assim, suas fábulas normalmente sérias ou
satíricas, trata das injustiças, dos males sociais e políticos, expressando as
atitudes dos fortes e oprimidos, mas ocasionalmente breves e divertidas,
explicando-nos.
· Calímaco (310 - 240 a.C) - poeta,
bibliotecário, gramático e mitógrafo grego.
· Máximo de Tiro (final do séc. 2 d.C) -
filósofo grego de retórica, viveu na época antonina e de Commodus. Seus
escritos contêm muitas alusões à história grega e pouca referência a Roma, daí
infere-se que viveu mais tempo na Grécia, talvez como professor em Atenas. Embora
nominalmente um Platonista, é realmente um Eclético e um dos
precursores do Neoplatonismo.
Existem 41 ensaios ou discursos sobre assuntos teológicos, éticos e
outros temas filosóficos. O tema central é Deus como o ser supremo, um e
indivisível, embora chamado por muitos nomes, acessível apenas à razão.
De Aristóteles [5] e Heródoto [6], sabemos que Ésopo era escravo em Samos e
que seus mestres eram primeiro um homem chamado Xantus
e depois um homem chamado Iadmon; que ele deve
eventualmente ter sido libertado, porque ele argumentou como um defensor de um
rico Samiano; e que encontrou seu fim na cidade de Delfos. Plutarco [7] nos diz que Ésopo tinha vindo a Delfos em uma missão diplomática do rei Croesus de Lídia, que ele insultou os delfos, foi
condenado à morte por uma acusação falsa de roubo do templo e foi jogado de um
penhasco (depois os delfos sofreram pestilência e fome). Antes deste episódio
fatal, Ésopo se encontrou com Periandro de
Corinto, onde Plutarco o fez jantar com os 7 Sábios da Grécia, sentados ao lado de
seu amigo Solon, a quem conheceu em Sardis. (Leslie Kurke sugere que o próprio
Ésopo "foi um candidato popular para inclusão" na lista dos 7
sábios.) [8]
Problemas de reconciliação cronológica que
datam da morte de Ésopo e do reinado de Croesus levaram o estudioso (e o
compilador do Índice
de Perry) Ben Edwin Perry em 1965 a concluir que "tudo no antigo
testemunho sobre Ésopo que pertence a suas associações com Croesus ou com
qualquer um dos chamados 7 sábios da Grécia deve ser considerado ficção
literária ", e Perry também descartou a morte de Ésopo em Delfos como
lendária; [9] mas uma pesquisa posterior estabeleceu
que uma possível missão diplomática para Croesus e uma visita para Periandro
"são consistentes com o ano da morte de Ésopo". [10] Ainda mais problemática é a história de Fedro, que tem Ésopo em Atenas, contando a fábula dos sapos
que pediram um rei, durante o reinado de Peisistratos, que ocorreu
décadas após a presumida data da morte de Ésopo. [11]
· Índice de Perry - índice
amplamente utilizado nas "Fábulas de Ésopo" ou "Aesopica",
na qual as fábulas foram separadas as gregas das latinos, com os gregos
primeiro; depois organizou cada grupo cronologicamente e por fonte; finalmente,
em ordem alfabética dentro desses grupos.
O Romance de Ésopo
Junto com as referências espalhadas nas
fontes antigas sobre a vida e a morte de Ésopo, há uma biografia altamente
ficcional, comumente chamada de O Romance de Ésopo (também conhecida como Vita ou
A Vida de Ésopo ou O Livro de Xanthus, Filósofo e Ésopo seu Escravo), "uma
obra anônima de literatura popular grega composta em torno do 2.º séc. d.C.
Como O Romance de Alexandre, o romance de Ésopo tornou-se um livro
folclórico, uma obra que não pertencia a ninguém, e o escritor ocasional
sentiu-se livre para modificar como lhe era adequado." [12] Existem versões múltiplas, às vezes
contraditórias, deste trabalho. A primeira versão conhecida provavelmente foi
composta no séc. 1 d.C, mas a história pode ter circulado em diferentes versões
há séculos antes de se comprometer com a escrita [13] e certos elementos podem ser originados no
século 4 a.C.
[14]
Os estudiosos rejeitaram por muito tempo
qualquer validade histórica ou biográfica no Romance de Ésopo; um estudo amplo do trabalho começou apenas no
final do séc. 20.
· O Romance de Alexandre - coleção de lendas sobre as façanhas míticas
de Alexandre, o Grande. Sua 1.ª versão escrita em grego no séc. 3, mas a data de composição pode
ser até mesmo depois da morte de Alexandre, 6 séculos antes. Manuscritos do
séc. 15 atribuem a obra ao historiador Calístenes
(mas este fora executado anos antes da morte do rei), sendo assim, às vezes o
autor da obra é denominado pseudo-Calístenes. O texto conheceu um inúmeras
versões do séc.4 (1.ªversão em latim) ao séc.16 (escrito em grego, latim, armênio, siríaco
e outras línguas européias).
No
Romance de Ésopo,
Ésopo é escravo de origem frígia na ilha de Samos e extremamente feio. Em
primeiro lugar, ele não tem o poder do discurso, mas, depois de demonstrar
bondade com uma sacerdotisa de Isis, a deusa lhe concede não apenas a fala, mas o
presenteia com a inteligência de contador de histórias, que ele usa
alternadamente para ajudar e confundir seu mestre, Xanthus,
constrangindo o filósofo na frente de seus alunos e até mesmo dormindo com sua
esposa. Depois de interpretar um presságio para o povo de Samos, a liberdade é
dada á Ésopo e atua como um emissário entre Samianos e o rei Croesus. Mais
tarde viaja para os tribunais de Lycurgus de
Babilônia e Nectanabo do Egito - ambos os
governantes imaginários - em uma seção que parece emprestar muito do Romance de Ahiqar.[15] A história termina com a jornada de Ésopo
para Delfos, onde ele irrita os cidadãos com fábulas insultantes, é condenado à
morte e, depois de xingar o povo de Delfos, é forçado a saltar para a morte
dele.
· Romance de Ahiqar – um
papiro encontrado entre as ruínas de Efefantina (sul do Egito), sobre a
história de Ahiqar, um sábio assírio conhecido no antigo por sua
extraordinária sabedoria e cujas provas de sabedoria conta ao seu sobrinho.
Algumas das provas são semelhantes às partes do Livro Bíblico dos Provérbios , outras à Sabedoria deuteroconônica de Sirach , e outras ainda aos provérbios
Babilônicos e Persas. Afirmam que há vestígios da lenda, mesmo no Novo Testamento , e há uma semelhança marcante
entre ele e a Vida de Ésopo por Maximus Planudes (cap. Xxiii-xxxii).
Fabulista
Ésopo pode não ter escrito suas fábulas. O
Romance de Ésopo afirma que ele as escreveu e os depositou na biblioteca de
Croesus; Heródoto chama Ésopo um "escritor de fábulas" e Aristófanes fala de "ler" Ésopo, [16] mas nenhum escrito sobreviveu. Os
estudiosos especulam que "provavelmente existiu no século 5 a.C um livro escrito contendo
várias fábulas, como um quadro biográfico". [17] Sófocles em um poema dirigido a Eurípides
fez referência à fábula de Ésopo O Vento Norte e O Sol. [18] Sócrates, na prisão, transformou algumas das fábulas em
versos [19], dos quais Diógenes Laertius registra um
pequeno fragmento [20]. O primeiro dramaturgo romano e poeta Ennius também deve-se pelo menos uma das fábulas
de Ésopo em versos latinos, dos quais as duas últimas linhas ainda existem. [21]
· Quinto Ênio (239 -169 a.C.) – lat.
Quintus Ennius, dramaturgo e poeta épico romano. Compôs duas
peças dramáticas de temática puramente romana: Sabinae e Ambricia e a comédia
Caupuncula. Compôs tragédias inspiradas em Eurípides.
Influiu poetas como Lucrécio e Virgílio.
É considerado como o primeiro grande poeta épico romano pelos seus Annales onde
recolhe em 18 livros de hexâmetros a história de Roma
até a sua época.
O conteúdo da obra identificada como Fábulas de Ésopo foi transmitido por
vários autores escritos em grego e em latim. Demetrius of Phalerum fez uma
coletânea em dez livros, provavelmente em prosa para o uso de oradores, que
foi perdido. [22] Em
seguida, apareceu uma edição em verso elegíaco, citado pelo Suda, mas o nome do autor é desconhecido. Fedro, um liberto de Augusto, traduziu as fábulas em
latim no séc. 1 d.C. Aproximadamente na mesma época Babrius transformou as fábulas em choliambics
gregos. Um autor do séc. 3, Titiano, disse ter
pasado as fábulas em prosa em uma obra agora perdida. [23] Avianus
(de data incerta, talvez o séc. 4) traduziu 42 das fábulas em elegíacos
latinos. O gramático do séc. 4, Dositheus Magister, também fez uma
coleção de fábulas de Ésopo, agora perdida.
· Demétrio de Faleros (350 - 280 a.C) - Dēmétrios
Phalēreus; orador da Grécia Antiga, discípulo de Teofrasto. Foi responsável por
organizar a 1.ª coleção de fábulas chamada de "Coletânea de Discursos
Esópicos". Escreveu extensivamente sobre temas de história, retórica e
crítica literária. Citado por Dióngenes Laércio e Estrabão.
· Fedro (séc. 1 d.C) - Gaius
Iulius Phaedrus, fabulista romano nascido na Macedônia, Grécia. Filho de
escravos, foi alforriado pelo imperador romano Augusto.
Enriqueceu estilisticamente muitas fábulas de Ésopo, a quem se referia como
criador do gênero da fábula. . A sociedade no seu tempo possuia 3 classes:
patrícios, plebeus e escravos. Assim, suas fábulas normalmente sérias ou
satíricas, trata das injustiças, dos males sociais e políticos, expressando as
atitudes dos fortes e oprimidos, mas ocasionalmente breves e divertidas,
explicando-nos.
· Babrius (séc. 2 d.C) -
conhecido como Babrias (Βαβρίας) ou Gabrias (Γαβρίας), foi o autor de uma
coleção de fábulas gregas, muitas das quais são conhecidas hoje como fábulas de
Esopo.
· Choliambic – tipo de
métrica de poesia, também chamado iâmbo coxo ou hesitante, no qual tem a
estrutura: x ¯ ˘ ¯ | x ¯ ˘ ¯ | ˘ ¯ ¯ ¯ (onde ¯ é um longum, ˘ é um breve, e x é
um duvidoso). Originalmente encontrado no poeta lírico grego Hipponax.
· Avianus (séc. 4 d.C) -
escritor latino de fábulas, identificado como pagão.
· Dositheus Magister (séc. 4 d.C) -
gramático grego que floresceu em Roma, destinado a ajudar os habitantes de
língua grega do império a aprender o latim. Em"Interpretamenta", do
3.º livro, conteria uma coleção de palavras e frases da conversa diária foi
preservado. Um outro apêndice consistia em Anedotas, Letras e Rescritos do
imperador Adriano; Fábulas de Esopo; Extratos de Hyginus; Uma história da
Guerra de Tróia, abreviada da Ilíada; E um fragmento legal, ("De
manumissionibus").
As Fábulas de Ésopo continuaram a ser
revisadas e traduzidas nos séculos que se seguiram, com a adição de material de
outras culturas, de modo que o corpo de fábulas conhecido hoje tem pouca
relação com aqueles que originalmente foram. Com um aumento do interesse
acadêmico que começou em direção ao final do séc. 20, algumas tentativas foram
feitas para determinar a natureza e o conteúdo das primeiras fábulas que podem
estar mais intimamente ligadas ao Ésopo histórico. [24]
Aparência Física e a Questão de sua Origem Africana
O
Romance de Ésopo
anonimamente autêntico (geralmente datado do 1 ° ou 2 ° séc. d.C) começa com
uma descrição vívida da aparência de Ésopo, dizendo que ele era "de
aspecto repugnante ... barrigudo, deformado de cabeça, narigudo, moreno, anão,
pernas tortas, de braços curtos, de olhos arregalados, lábios grossos - uma
monstruosidade portentosa "[25] ou como outra tradução," uma criação
defeituosa de Prometheus quando meio adormecida ". [26] O primeiro texto de um autor conhecido que
se refere à aparência de Ésopo é Himerius no séc. 4, que diz que Ésopo "foi
ridicularizado e caçoado, não por causa de algumas de suas histórias, mas por
causa de sua aparência e do som de sua voz". [27] A evidência de ambas as fontes é duvidosa,
uma vez que Himerius viveu cerca de 800 anos após Ésopo e sua imagem de Ésopo
pode ter vindo de O Romance de Ésopo,
que é essencialmente ficção; mas, seja baseado ou não em fatos, em algum
momento a idéia de um Ésopo feio e mesmo deformado tomou conta da imaginação
popular. Os estudiosos começaram a examinar o porquê e como essa "tradição
fisionômica" se desenvolveu. [28]
· Himerius (315 - 386) - sofista
grego e retórico. 24 orações chegaram até nós completas, e fragmentos de outros
12 sobrevivem. Entre seus alunos, estiveram Gregório de Nazianzo (o teólogo) e
Basílio o Grande (bispo de Cesárea).
Uma tradição muito posterior o descreve
como um negro africano da Etiópia. O primeiro promulgador conhecido da ideia
foi Planudes, um estudioso bizantino do séc. 13, que escreveu uma biografia de Ésopo
com base em O Romance de Ésopo e deduziu que ele poderia ter
sido etíope, dado seu nome. [29] Uma tradução em inglês da biografia de
Planudes a partir de 1687 diz que "a sua cútis era negra, da qual a cor
escura lhe originou o nome (Aesopus sendo o mesmo com Aethiops)". Quando
perguntado a sua origem por um novo mestre prospectivo, Ésopo responde:
"Eu sou um negro"; numerosas ilustrações de Francis Barlow acompanham este texto e o descrevem de acordo. [30] Mas, de acordo com Gert-Jan van Dijk, a derivação de "Planudes" de
"Ésopo" de "Etíope" é ... etimologicamente incorreta "[31] e Frank Snowden diz que a citação de Planudes é"
inútil quanto à confiabilidade de Ésopo como 'Etíope.' "[32]
· Máximo Planudes (1260 - 1330) -
humanista, monge, gramático, filólogo, teólogo e tradutor bizantino. Floresceu
durante o reinado dos imperadores Miguel VIII (r. 1259–1282) e Andrônico II Paleólogo (r.
1282–1328). Passou a maior parte da sua vida em Constantinopla, onde dedicou-se
como monge, estudando e ensinando. Ao entrar para o mosteiro em tenra idade,
mudou seu nome original que era Manuel para Máximo. É mais conhecido como
compilador da Antologia Grega.
· Francis Barlow (1626 - 1704) – pintor
e ilustrador inglês. Um dos mais prolíficos ilustradores de livros e gravuras
do séc. 17, trabalhando em vários gêneros: história natural, caça e recreação,
política e decoração e design.
· Frank M. Snowden Jr. (1911 - 2007) -
professor americano emérito de clássicos da Universidade Harvard, conhecido por
estudo de negros na antiguidade clássica.
A tradição da origem africana de Ésopo
continuou na Grã-Bretanha, conforme atestado pela figura animada de um negro da
Fábrica de Porcelana Chelsea, que apareceu nas séries de Ésopo em
meados do séc. 18. [33] Em seguida, continuou para o séc. 19. O
frontispício das Fábulas Antigas e
Modernas de William Godwin (1805) tem uma ilustração de cobre de Ésopo contando suas histórias para
crianças e dando a suas características uma aparência distintamente africana. [34] A coleção inclui a fábula de "
Washing the Blackamoor white ",
embora atualizando-o e tornando o etíope "um andarilho negro". Em 1856,
William Martin Leake repetiu a falsa ligação etimológica de
"Ésopo" com "Etíope" quando ele sugeriu que a "cabeça
de um negro" encontrada em várias moedas na antiga Delfos (com espécimes
datados de 520 a.C)
[35]
poderia retratar Ésopo,
presumivelmente para comemorar (e resgatar) sua execução em Delfos [36], mas Theodor
Panofka supôs que a cabeça fosse
um retrato de Delphos, fundador de Delphi [37], uma visão mais amplamente repetida por
historiadores posteriores. [38]
· Porcelana de Chelsea (criada
por volta de 1743-45) – 1.ª fábrica de fina porcelana na Inglaterra.
· William Godwin (1756 - 1836) -
jornalista inglês, filósofo político e novelista. Expoente no início do utilitarismo
e anarquismo.
Conhecido pelas obras: Inquérito acerca da justiça política
(um ataque às instituições políticas) e As coisas
como elas são ou As Aventuras de Caleb Williams (ataca os
privilégios da aristocracia) mas também é virtualmente o
primeiro romance de mistério. Sua filha, Mary Godwin
(depois como Mary Shelley) foi a autora de Frankenstein.
Escreveu cartilhas e livros infantis utilizando o pseudônimo de Edward Baldwin e teve uma considerável
influência na literatura britânica e na cultura literária européia.
A ideia de que Ésopo era etíope parece ser
apoiada pela presença de camelos, elefantes e macacos nas fábulas, mesmo que
esses elementos africanos tenham mais chances de terem vindo do Egito e da
Líbia do que da Etiópia, e as fábulas com animais africanos podem ter entrado
no Corpo de fábulas de Ésopo muito tempo depois que ele realmente viveu. [39] No entanto, em 1932, o antropólogo J.H.
Driberg, repetindo a ligação Ésopo/ Etíope, afirmou que, enquanto "alguns
dizem que ele era um Phrygian ... a visão mais geral ... é que ele era um
africano" e "se ele não era africano, deveria ter sido "[40] e,
em 2002, Richard A. Lobban citou o número de animais africanos e"
artefatos "nas fábulas de Ésopo como" evidência circunstancial
"de que Ésopo pode ter sido um contista popular nubiano. [41]
A percepção popular de Ésopo como negro
deveria ser encorajada pela comparação entre suas fábulas e as histórias do
traidor Coelho
Brer contadas por escravos
afro-americanos. Na introdução de Ian Colvin
a Ésopo na Política (1914), por exemplo, o fabulista no conjunto com Tio Remu: "Por ambos ser escravos, e
negros". [42]
O papel tradicional do escravo Ésopo
como "um tipo de herança cultural dos oprimidos" é ainda promovido
pela vida ficcional, emergindo "como um manual de instruções para a
manipulação bem-sucedida dos superiores". [43] Essa percepção foi reforçada no nível
popular pela produção de TV de 1971 Fábulas
de Ésopo [44]
em que ator Bill Cosby
reproduziu Ésopo. Naquela mistura de ação ao vivo e animação, Ésopo conta
fábulas que diferenciam entre ambição realista e irreal e sua versão de "A
Lebre e a Tartaruga"
ilustra como aproveitar a excessiva confiança de um oponente. [45]
· O Coelho Brer -
personagem do folclore americano, famoso graças aos livros de Joel Chandler Harris e do
filme da Walt Disney Company "A Canção do Sul" (1946). Caracteriza-se
por usar a esperteza ao invés da força bruta. A Universal
Studios lançou em 2006 o filme de animação baseado nas suas histórias,
intitulado As Aventuras do Coelho Brer.
No Brasil, o personagem adaptado para os quadrinhos nas revistas da Editora Abril
é chamado de "Compadre Coelho" e "Coelho Quincas".
· Tio Remus - personagem de ficção e
narrador de uma coleção de contos populares afro-americanos adaptados e
compilados por Joel Chandler Harris, publicado como livro em 1881. Harris
queria mostrar que a vida no sul dos Estados Unidos e, mais especificamente,
nas plantações.
Em outros continentes, Ésopo ocasionalmente
sofreu um grau de aculturação. Isto é evidente na produção de Isango
Portobello em 2010 da peça Fábulas de Ésopo no Fugard
Theatre em Cape Town,
África do Sul. Com base em um roteiro do dramaturgo britânico Peter
Terson (1983),[46] foi radicalmente adaptado pelo diretor
Mark Dornford-May como um musical usando as técnicas africanas de
instrumentação, dança e atos. [47] Embora Ésopo seja retratado como grego e
vestido com a túnica grega curta, a produção totalmente negra contextualiza-se
com a história recente da África do Sul. O ex-escravo, nos dizem "aprende
que a liberdade vem com responsabilidade como uma jornada para sua própria
liberdade, junto com personagens animais de suas fábulas semelhantes a
parábolas". [48] Pode-se comparar com as Aesop's
Fabulous Fables de Brian
Seward's [49] (2009), que primeiro apresentou em
Cingapura com um elenco de etnias misturadas. Nela, as rotinas teatrais
chinesas são fundidas com as de um musical padrão. [50]
Já havia um exemplo de aculturação
asiática no Japão do séc. 17. Os missionários portugueses introduziram uma
tradução das Fábulas de Ésopo em 1593
que incluiu a biografia de Ésopo. Isso foi retomado por editoras japonesas e
realizado várias edições sob o título Isopo
Monogatari. Mesmo quando os europeus foram expulsos do Japão e o
cristianismo proscrito, este texto sobreviveu, em parte porque a figura de
Ésopo foi assimilada na cultura e retratada em gravuras em madeira vestida com
traje japonês. [51]
[52]
Representações
Arte e Literatura
Fontes antigas mencionam duas estátuas de
Ésopo, uma de Aristodemus e outra de Lysippus,[53] e Philostratus descreve uma pintura de Ésopo cercada
pelos animais de suas fábulas. [54] Nenhuma dessas imagens sobreviveu.
· Lísipo (séc. 4 a.C) - Lysippus,
escultor grego preferido de Alexandre, o Grande, de quem fez as melhores
representações. Juntamente com Scopas
e Praxiteles, é considerado um dos
três maiores escultores da era da Grécia clássica, trazendo transição para o
período helenístico.
· Philostratus de Lemnos (190 - 230 d.C) –
Philostratus, o Velho. Sua obra Eikones (Εiκόνες, Imagens ou Imagines) é
ostensivamente uma descrição de 64 figuras em uma galeria napolitana.
Philostratus, o Jovem, certamente escreveu a 2.ª edição de Eikones. Não
confundir com o provável sobrinho do Velho, o sofista Philostratus de Atenas (e
sua obra Vida de Apolônio de Tyana)
De acordo com Philostratus,
“As fábulas estão reunidas sobre Ésopo,
adorando ele porque se dedica á elas. Para ... ele verifica a ganância e
repreende a insolência e o engano, e em tudo isso, algum animal é o seu
porta-voz - um leão ou uma raposa ou um cavalo ... e nem a tartaruga é burra -
que, por meio deles, as crianças possam aprender as coisas da vida. Assim, as
Fábulas honradas por causa de Ésopo, se reúnem às portas do sábio para amarrar
fitas sobre sua cabeça e coroá-lo com uma coroa de azeitona selvagem. E Ésopo,
em pensamentos, está tecendo alguma fábula; de qualquer forma, o sorriso dele e
os olhos fixos no chão indicam isso. O pintor sabe que, para a composição das
fábulas, é necessário o relaxamento do espírito. E a pintura é inteligente em
representar as pessoas das Fábulas. Pois ele combina animais com homens para
fazer um coro sobre Ésopo, composto pelos atores de suas fábulas; e a raposa é
pintada como líder do coro.” [55]
Com o advento da impressão na Europa,
vários ilustradores tentaram recriar essa cena. Um dos primeiros foi em La
vida del Ysopet con sus fabulas historiadas (1489). Na França, havia as Fables d’Ésope Phrygien ien (1631) de Baudoin
e Matthieu Guillemot Les images ou tableaux de platte peinture
des deux Philostrates (1637). [56] Na Inglaterra, havia o frontispício de Francis Cleyn para John Ogilby The Fables of Aesop [57] e o frontispício muito posterior para as Fables
Ancient and Modern de Godwin,
mencionadas acima, em que o fabulista moreno aponta três de seus personagens
para as crianças sentadas ao seu redor.
No início, surgiu a representação de Esop
como um escravo feio. A tradição posterior que faz de Ésopo um africano negro
resultou em representações que vão desde gravuras do séc. 17 até um retrato de
televisão por um comediante preto. Em geral, a partir do séc. 20, as peças o
mostraram como escravo, mas não feio, enquanto filmes e programas de televisão
(como The Bullwinkle Show [58]) o descreveram como nem feio nem escravo.
Em 1843, o arqueólogo Otto Jahn sugeriu que Ésopo era a pessoa
representada em um copo de figura vermelha grega, [59] c.450 a.C, nos Vatican
Museums.[60] Paul Zanker descreve a figura como um
homem com "corpo emaciado e cabeça superdimensionada ... testa franzida e
boca aberta", que "escuta atentamente os ensinamentos da raposa
sentada diante dele. Ele puxou o manto firmemente em torno de seu corpo magro,
Como se estivesse tremendo ... ele é feio, com cabelos longos, cabeça calva e
barba desgrenhada, e é claramente despreocupado de sua aparência ". [61] Alguns arqueólogos sugeriram que a estátua
helenística de um corcunda barbudo com uma aparência intelectual, descoberta no
séc. 18 também descreve Ésopo, embora já tenham sido apresentadas
identificações alternativas. [62]
Ésopo começou a aparecer igualmente cedo
em obras literárias. O dramaturgo ateniense do séc. 4 a.C, Alexis, colocou Ésopo no palco em sua comédia
"Ésopo", das quais algumas linhas sobrevivem (Athenaeus
10.432);[63]
conversando com Solon, Ésopo adora a
prática ateniense de adicionar água ao vinho. [64] Leslie Kurke sugere que Esop pode ter sido
"um elemento básico do estágio cômico" desta era. [65]
· Aleixo ou Alexis (375 - 275 a.C) - poeta cômico
do período da Comédia Média. Ele nasceu em Thurii, Magna Grécia (atual
Calábria, Itália) e foi levado cedo para Atenas. No Suda (séc.10) é descrito como tio do
dramaturgo Menander e escreveu 245 comédias, das quais apenas fragmentos agora
sobrevivem, incluindo cerca de 130 títulos preservados. Segundo Plutarco,
teria vivido até a idade de 106 anos, e morreu no palco, ao receber uma coroa como prêmio. As
principais fontes dos fragmentos de Alexis são Stobaeus e Athenaeus.
· Athenaeus de Naucratis (séc. 3 a.C) -
retórico e gramático grego séc 3
a.C, sua obra Deipnosophistae ou O banquete dos
sofistas, filósofos.
O poeta do séc. 3 a.C, Poseidippus de Pella, escreveu um poema narrativo intitulado
"Aesopia" (agora perdido), no qual a companheira escrava de Ésopo, Rhodopis
(sob o nome original Doricha) foi freqüentemente mencionada, de acordo com Athenaeus
13.596.[66]
Plínio identificaria mais tarde
Rhodopis como o amante de Ésopo [67], um motivo romântico que seria repetido nas
subseqüentes representações populares de Ésopo.
· Posidippus de Pella (310 - 240 a.C) - poeta
epigramático grego. Nasceu em Pella (capital da Macedônia), viveu em Samos e
depois para a corte de Ptolomeu I Soter e de Ptolomeu II Philadelphus em
Alexandria, no Egito. Citado na Antologia Graeca, por Athenaeus de Naucratis
(em Deipnosophistae) e no Papiro de Milão.
Ésopo desempenha uma parte bastante
proeminente na peça de conversa de Plutarco
"O Banquete dos 7 Sábios" no séc. 1 d.C e é identificado como um
contador de fábulas divertidas, mas moralistas. [68] O fabulista então faz uma aparição no
romance A Verdadeira História do
satirista Luciano do séc. 2 d.C; quando o
narrador chega à Ilha dos Abençoados, ele descobre que "Ésopo, o frígio,
também estava lá, ele age como seu bufão" [69]
· Plutarco (46 - 120) -
historiador, biógrafo, ensaísta e filósofo médio platônico grego, conhecido
principalmente por suas obras Vidas Paralelas (biografias de homens ilustres da
Roma e da Grécia Antiga) e Moralia. Foi sacerdote do templo de Delfos e arconte
de Quironéia (sua cidade natal).
· Luciano de Samósata (125 - 182) –
satírico e ficcionista romano (dito pai da ficção). Nasceu em Samósata,
província romana da Síria. Floresceu no reinado de Marco Aurélio. Teria mais de
80 obras, em conjunto por Corpus Lucianeum, sendo uma dezena apócrifas. As mais
conhecidas são: História Verdadeira (uma fantástica viagem à
Lua, menciona a existência de vida extraterrestre e antecipando temas
popularizados durante o séc. 20 pela ficção científica), O amigo da mentira, Diálogo dos mortos, Leilão de vidas, O burro Lúcio, Hermotimo e A passagem de Peregrino
(abordagem do cristianismo segundo o ponto de vista de um
não-cristão).
Começando com a edição de Heinrich Steinhowel de 1476, muitas traduções das fábulas em línguas
européias, que também incorporaram a Vida de Ésopo de Planudes,
apresentaram ilustrações que o representavam como um corcunda. A edição de 1687
das Fábulas de Ésopo com a Sua Vida: em
inglês, francês e latim [70] incluíram 28 gravuras de Francis Barlow que o mostram como um corcunda anão (veja a seção
acima), e seus traços faciais parecem concordar o texto (p.7), "Eu sou um
negro".
· Heinrich Steinhöwel (1412 - 1479) -
humanista, médico, tradutor e literato alemão. Suas traduções de tratados
médicos e de ficção foram uma importante contribuição ao Humanismo
Renascentista na Alemanha. Sua obramais famosa é a tradução de uma descrição
biográfica e legendária sobre a vida de Esopo e das Fábulas de Esopo, que ele traduziu para uma
versão latino-germânica chamada "Ulmer Aesop". Também traduziu
Boccaccio e Petrarca.
O pintor espanhol Diego Velázquez (1599-1660) pintou Ésopo (c.1640) e agora na coleção do Museo
del Prado (Madri, Espanha). A
apresentação é anacrônica e Ésopo, embora não seja bonito, não apresenta
deformidades físicas. Foi associado a outro retrato de Menippus (séc.
3 a.C), um filósofo cínico satírico igualmente
de origem escrava. Uma série de filósofos semelhantes foram pintados pelo
colega espanhol Jusepe de Ribera,[71] que é creditado por dois retratos de
Ésopo. "Ésopo, poeta das fábulas" está na galeria El Escorial e retrata-o como um autor
apoiado em um báculo por uma mesa que contém cópias de seu trabalho, um deles
um livro com o nome de Hissopo na
capa. [72]
O outro está no Museo de Prado, datado
de 1640-50 e intitulado "Ésopo em
trapos de mendigo". Lá, ele também é mostrado em uma mesa, segurando
uma folha de papel na mão esquerda e escrevendo com a outra. [73] Enquanto o primeiro sugere sua manqueira e
costas deformada, o último apenas realça sua pobreza.
Em 1690, o dramaturgo frances Edmé Boursault com Les Fables d'Épepe (mais tarde
conhecida como Esope à la ville) estreou em Paris. Uma continuação,
Esope à la cour [74] (Ésopo na corte), foi realizada pela
primeira vez em 1701; aproveitando uma menção em Herodoto
2.134-5 [75]
que Ésopo pertencera ao mesmo mestre
que Rhodopis e a declaração em Plínio 36.17 [76] de que ela era concubina de Ésopo também,
a peça introduziu Rhodopis
como amante de Ésopo, um motivo romântico que seria repetido em retratos
populares mais recentes de Ésopo.
A comédia Ésopo" [77] do Sir
John Vanbrugh foi estreada no Theatre Royal em Drury Lane,
Londres, em 1697 e foi freqüentemente apresentada lá nos próximos vinte anos.
Uma tradução e adaptação de Les Fables
d'Esope de Boursault, a peça de Vanbrugh
representava um Ésopo fisicamente feio atuando como conselheiro do Learchus,
governador de Cyzicus sob o rei Croesus e usando suas fábulas para resolver
problemas românticos e acalmar a agitação política. [78]
Em 1780, a noveleta anonimamente autenticada The
History and Amours of Rhodope foi
publicada em Londres. A
história retrata os dois escravos Rhodope e Ésopo como amantes improváveis, um
feio e o outro bonito; Finalmente Rhodope é separada de Ésopo e casa com o
faraó do Egito. Algumas edições do volume foram ilustradas com um registro de Francesco Bartolozzi de uma obra da pintora Angelica
Kauffman. Intitulado "A linda Rhodope apaixonada por Ésopo",
ele retrata Rhodope aprendendo em uma urna; ela estende a mão para Ésopo, que
está sentado debaixo de uma árvore e vira a cabeça para olhar para ela. Seu
braço direito repousa sobre uma gaiola de pombas, para a qual ele gesticula. Há
alguma ambigüidade aqui, pois enquanto a gaiola sugere o estado cativo de
ambos, um corvo empoleirado fora da gaiola pode aludir a sua suposta cor. [79] Na verdade, toda a imagem está prevista
para sugerir o quão diferente é o casal. Rhodope e Ésopo apoiam-se em cotovelos
opostos, fazem gesto com as mãos opostas, e enquanto a mão de Rhodope é mantida
em palma para cima, Aesop é mantida palma para baixo. Ela fica parada enquanto
ele se senta; ele está vestido com roupas escuras, ela de branco. O tema de seu
relacionamento foi retomado em 1844 por Walter Savage Landor (autor de Imaginary Conversations), que publicou dois diálogos de ficção entre
Ésopo e Rhodope. [80]
Mais tarde, no séc.19, a figura de Ésopo
contando seus contos foi popularizado pela pintura com ele entretendo as
criadas de Xanthus por Roberto Fontana
(1844-1907). [81]
Uma representação do fabulista
cercado por jovens rindo, ganhou um prêmio na Academia Brera
Academy em 1876 e foi então
exibido na 1878 International Exhibition e na 11ª exposição da Società di Belle Arti di Trieste em 1879. A última pintura de Julian Russell Story amplia a audiência de Ésopo mostrando pessoas de
ambos os sexos e todas as idades aproveitando sua narração. [82] Embora Ésopo seja representado como feio
em ambos, sua personalidade vencedora é sugerida por seu rosto sorridente e
gestos vivos.
Século 20 e Cultura Popular
O séc. 20 viu a publicação de 3 novelas
sobre Ésopo. A.D. Wintle's Aesop (Londres, 1943) foi uma biografia fictícia que descreveu em uma
revisão do tempo tão chata que faz com que as fábulas embutidas parecem
"complacentes e exasperantes". [83] Os
outros dois, preferindo a "vida" fictícia a qualquer abordagem à
veracidade, são obras de gênero. O mais recente é The Fabulist de John
Vornholt (1993) em que "um
escravo feio e mudo é libertado da miséria pelos deuses e abençoado com uma voz
maravilhosa. [É] o conto de um aventurero muito improvável, despachado para
reinos distantes e perigosos para combater bestas impossíveis e magos terríveis
". [84]
O outro romance foi a Peacock's Feather de George S. Hellman
(publicado na Califórnia em 1931). Sua trama improvável fez dele o meio
perfeito para o espectáculo em Hollywood de 1946, Night
in Paradise. A imagem perene
de Ésopo como um escravo feio é mantida no filme, com um peso do distinto Turhan Bey
no papel. Em um enredo que contém
"alguns dos mais absurdos efeitos da tela do ano", ele se enreda com
a pretendida noiva do rei Croesus, uma princesa persa interpretada por Merle
Oberon, e faz uma tal confisão
que ele deve ser salvo pelos deuses. [85] Em 1953 a telepeça Aesop e Rhodope retoma outro tema de sua história de ficção. [86] Escrito por Helene
Hanff, foi transmitido no Hallmark Hall of Fame com Lamont
Johnson interpretando Ésopo.
O A
Raposa E As Uvas de três atos ("The Fox and the Grapes", 1953)
marca a entrada de Ésopo no teatro brasileiro. A peça de três atos foi
realizada por Guilherme Figueiredo e foi realizada em muitos países, incluindo
uma produção gravada em video na China em 2000 sob o título Hu li yu pu tao. [87] A peça é descrita como uma alegoria sobre
a liberdade e com Ésopo como personagem principal. [88]
Começando em 1959, curtas animados sob o
título Aesop and Son
apareceu como um segmento recorrente na série de TV Rocky and His Friends e seu sucessor, The Bullwinkle Show. [58]
[89] A imagem de Ésopo como escravo feia foi
abandonada; Ésopo (na voz de Charles
Ruggles), um cidadão grego,
contava uma fábula para a edificação de seu filho, Ésopo Jr., que então
entregaria a moral em forma de trova atroz. A aparição de 1998 de Ésopo no
episódio "Hercules and the Kids"
[90]
na série de TV animada Hercules [91] (na voz de Robert
Keeshan).
As ocasiões em que Ésopo é retratado como
negro incluem o show de rádio "Destination Freedom" de Richard Durham [92] (1949), onde o drama "A morte de
Ésopo" [93]
retrata-o como etíope. Em 1971, Bill Cosby apresenta Ésopo na produção de TV Aesop's
Fables.[44]
O musical Aesop's Fables do dramaturgo britânico Peter
Terson foi produzido pela
primeira vez em 1983. [46]
Em 2010, a peça foi encenada
no Teatro Fugard em Cape
Town, África do Sul, com Mhlekahi Mosiea como Ésopo. [94]
Ver também
Notas
1.
West, pp. 106 and 119.
3.
Callimachus. Iambus
2 (Loeb fragment 192)
4.
Maximus of Tyre, Oration 36.1
8.
Kurke 2010,
p. 135.
9.
Perry, Ben
Edwin. Introduction to Babrius and Phaedrus, pp. xxxviii-xlv.
10.
BNP 1:256.
11.
Phaedrus 1.2
12.
William
Hansen, review of Vita Aesopi: Ueberlieferung, Sprach und Edition einer
fruehbyzantinischen Fassung des Aesopromans by Grammatiki A. Karla in Bryn Mawr
Classical Review 2004.09.39.
13.
Leslie Kurke,
"Aesop and the Contestation of Delphic Authority", in The Cultures
Within Ancient Greek Culture: Contact, Conflict, Collaboration, ed. Carol
Dougherty and Leslie Kurke, p. 77.
14.
François
Lissarrague, "Aesop, Between Man and Beast: Ancient Portraits and
Illustrations", in Not the Classical Ideal: Athens and the Construction
of the Other in Greek Art, ed. Beth Cohen (hereafter, Lissarrague), p. 133.
15.
Lissarrague,
p. 113.
16.
BNP 1:257; West, p. 121; Hägg, p. 47.
17.
Hägg,
p. 47; also West, p. 122.
20.
Diogenes
Laertius, Lives
and Opinions of Eminent Philosophers 2.5.42: "He also composed a fable, in the style of
Aesop, not very artistically, and it begins—Aesop one day did this sage counsel
give / To the Corinthian magistrates: not to trust / The cause of virtue to the
people's judgment."
22.
Perry, Ben E. Demetrius
of Phalerum and the Aesopic Fables, Transactions and Proceedings of the
American Philological Association, Vol. 93, 1962, pp.287–346
24.
BNP 1:258–9; West; Niklas Holzberg, The Ancient Fable:
An Introduction, pp. 12–13; see also Ainoi, Logoi, Mythoi: Fables in
Archaic, Classical, and Hellenistic Greek by Gert-Jan van Dijk and History
of the Graeco-Latin Fable by Francisco Rodríguez Adrados.
25.
The
Aesop Romance, translated
by Lloyd W. Daly, in Anthology of Ancient Greek Popular Literature, ed.
William Hansen, p. 111.
26.
Papademetriou,
pp. 14-15.
27.
Himerius,
Orations 46.4, translated by Robert J. Penella in Man and the Word: The
Orations of Himerius, p. 250.
28.
See
Lissarrage; Papademetriou; Compton, Victim of the Muses; Lefkowitz,
"Ugliness and Value in the Life of Aesop" in Kakos: Badness and
Anti-value in Classical Antiquity ed. Sluiter and Rosen.
29.
"... niger,
unde & nomen adeptus est (idem enim Aesopus quod Aethiops)" is one
Latin translation of Planudes' Greek; see Aesopi
Phrygis Fabulae, p. 9.
30.
Tho. Philipott
(translating Planudes), Aesop's
Fables with His Life: in English, French and Latin, pp. 1 and 7.
31.
Gert-Jan van
Dijk, "Aesop" entry in The Encyclopedia of Ancient Greece, ed.
Nigel Wilson, p. 18.
32.
Frank M.
Snowden, Jr., Blacks in Antiquity: Ethiopians in the Greco-Roman Experience
(hereafter Snowden), p. 264.
34.
Godwin
then used the nom de plume of Edward Baldwin. The cover can be viewed online Archived 2012-10-14 at the Wayback Machine.
37.
Theodor
Panofka, Antikenkranz
zum fünften Berliner Winckelmannsfest: Delphi und Melaine,
p. 7; an
illustration of the coin in question follows p. 16.
38.
Snowden, pp.
150-51 and 307-8.
39.
Robert Temple,
Introduction to Aesop: The Complete Fables, pp. xx-xxi.
40.
Driberg, 1932.
41.
Lobban, 2002.
43.
Kurke 2010,
pp. 11-12.
46.
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and Their Stage Works: Peter Terson".
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Retrieved 2012-03-22.
47.
""Backstage
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Town), June 7, 2010".
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51.
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and Imitations: Kirishitan literature in the forest of simple letters", Bulletin of Portuguese Japanese Studies, Lisbon, 2002, pp.13-17
52.
Marceau,
Lawrence. From Aesop to Esopo to Isopo: Adapting the Fables in Late Medieval
Japan,
2009. See abstract at
p. 277.
54.
BNP 1:257.
56.
Antonio Bernat
Vistarini, Tamás Sajó: Imago Veritatis. La circulación de la imagen simbólica
entre fábula y emblema, Universitat de les Illes Balears, Studia Aurea 5
(2007), figures 2 and 1
60.
Lissarrague,
p.137.
61.
Paul Zanker, The
Mask of Socrates, pp. 33-34.
62.
The question
is discussed by Lisa Trentin in "What's in a hump? Re-examining the
hunchback in the Villa-Albani-Torlonia" in The Cambridge Classical Journal
(New Series) December 2009 55 : pp 130-156; available as an academic
reprint online
64.
Attribution of
these lines to Aesop is conjectural; see the reference and footnote in Kurke
2010, p 356.
65.
Kurke 2010,
p. 356.
69.
Lucian, Verae Historiae
(A True Story) 2.18 (Reardon translation).
78.
Mark
Loveridge, A History of Augustan Fable (hereafter Loveridge), pp.
166-68.
80.
The second of
these is included in Selections from the Imaginary conversations of Walter
Savage Landor, New York 1899, archived
online, pp.1-14
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Caxton's Epilogue to the Fables, dated March 26, 1484.
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Compton,
Todd, 1990. "The Trial of the Satirist:
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No. 3 (Autumn, 1990), pp. 330–347. Baltimore: The Johns Hopkins University
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Daly,
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Thomas Yoseloff. Includes Daly's translation of The Aesop Romance.
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Gibbs,
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Ineke and Rosen, Ralph M. (editors), 2008. Kakos: Badness and Anti-value in
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Classical Antiquity; 307. Leiden/Boston: Brill Academic Publishers.
Includes "Ugliness and Value in the Life of Aesop" by Jeremy B.
Lefkowitz.
Links Externos
- Works by Aesop at Project Gutenberg
- Works by or about Aesop at Internet Archive
- Works by Aesop at LibriVox (public domain audiobooks)
- Aesop at DMOZ
- Vita Aesopi Online resources for the Life of Aesop
- Aesopica.net Over 600 fables in English, with Latin and Greek texts also; searchable
- Works by Aesop at Open Library
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